O Retorno Do Passado

4°

Abra os olhos, olhe pro teto e respire...

Já acordada pego um impulso e me levanto da cama. Mas um dia, mas um dia para levantar da minha cama e viver intensamente, mas um dia para esquecer o passado e enfrentar o presente e futuro. Sentada na cama pego meu celular no criado mudo e vejo que tem duas ligações do Bernardo e uma de minha mãe, quando vou retornar, meu celular toca, no visor o nome se destaca : Mãe

- Alô? - atendo

- Filha, graças a Deus você atendeu!!- diz ela preocupada.

-Porque mãe, o que aconteceu? - pergunta já aflita.

-Nada é só que o Bernardo me ligou Perguntando se eu sabia de você, pois não atendia o celular!- se explica.

- Mãe eu tenho um namorado doido - rio com a situação - eu estava dormindo mãe, pois fui me deitar muito tarde ontem, chegou um monte de relatórios para verificação da nova loja e eu quis adiantar tudo pra ficar mais despreocupada hoje. To com a cabeça muito cheia, são 3 lojas em reforma e mais uma sendo aberta. - digo já cansada psicologicamente de tanto trabalhar, graças a Deus tenho o Bernardo que me ajuda bastante.

- Filha, você precisa tirar férias anda trabalhando muito ultimamente, não faz mais nada da vida! - percebo o tom preocupado em sua voz, sei que trabalho muito más eu amo o meu trabalho e me sinto realizada em fazer o que gosto.

-Mãe, preciso desligar e me arrumar para o trabalho - dou um sorriso fraco - tchau!!

-Viu é disso que estou falando Samantha!! - e desligo não querendo ouvir suas lamúrias por eu está trabalhado.

Coloco meu celular na cabeceira da minha cama e me levanto, dando uma leve olhada para o meu grande quarto, observando que escolhi um ótimo designer com a parede preta com desenho singulares bracos aonde se encontra minha a cabeceira da cama que também é bastante grande, acho que até exagerada, mas sou espaçosa e o Bernardo agradece por não ter que ir pro chão,vou até meu espelho e dou uma olhada no meu visual, o meu cabelo com vida própria como sempre e a metade do meu corpo que está tampado com a minha camisola de cetim - Nada mal Samantha- penso.

Sigo em rumo ao meu banheiro e mais uma vez vejo meu reflexo no espelho,mas agora percebo minha grandes olheiras resultado da noite mal dormida por causa do trabalho. Acho que minha mãe tem razão, mas não vou pensar nisso agora pois preciso ter foco no momento. Tomo meu banho quente e deixo o cansaço ser levado pela a água, quando saio do meu banho seco meu cabelo com secador e deixo ele com leves ondas, vou para o meu closet e escolho uma roupa descente para o meu trabalho, acabo por escolher uma saia riscada a giz preta com uma fenda aberta na atrás que o meu namorado de muito bom gosto me deu falando que realçava minha bunda escolho a saia e dou uma risada -Aquele tarado!- penso. Coloco minha lingerie preta com renda e escolho uma blusa azul marinho de mangas compridas e com botões na frente, visto e deixo os três primeiros botões abertos com um decote razoável ja que meus seios não são tão grandes, volto para o banheiro e faço minha higiene e minha maquilagem,passo um leve camada de base e corretivo na minha olheiras, rímel, delineador, blush e por fim um batom nude dou mais um ajeitada em meu cabelo e pronto, perfeito. Voltando para o meu closet escolho o scarpin preto com o salto de 14cm, saio pegando minha bolsa e algumas pastas com croqui's de modelos. Sigo o corredor direto que da em minha sala bastante sofisticada com um designer que Josef fez para mim, com um sofá em formato de L preto e uma poltrona que amo também preta, com meu enorme tapete felpudo branco no meio dos dois de frente para o meu painel de aonde fica minha TV e o meu Home Teather e dois vasos de planta. Minha sala e minha cozinha são conjuntas a única coisa que as separam é o balcão que tenho no meio entre os dois e alguns bancos altos. Passando direto pela sala vou para a cozinha e bebo um pouco de água, meu apartamento e um típico parlamento de solteiro mas com toque feminino. Saio de casa e pego o elevador indo em direção a garagem aonde encontro meu querido vizinho Romero, um senhor de mais o menos 70 anos que é muito sozinho porém muito atencioso comigo, sempre quando nós encontramos ele me enche de história sobre a sua querida falecida Sr. Robinson, a mulher na qual eu ficaria lisonjeada em ter conhecido.