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-Styles? - minha voz não sai como eu queria.

Queria gritar e perguntar, que Styles? Mas minha voz não me obedecia e nem saia da minha boca.E foi, naquele momento que eu ja não sentia mais nada, nem minhas mãos, nem minhas pernas, apenas senti meus olhos queimarem com lágrimas que ameaçam se formar.

-Qua... qual Styles? - pergunto a Pan, gagueijando.

Ela não responde de imediato, percebeu em como esse nome me afetou, em como mudo completamente com a menção do nome.

- Sam, você está bem, ficou pálida?!- disse ela se aproximando de mim.

-Qual Styles, Pan? - pergunto mais um vez.

-Eu... eu vou buscar uma água para você Sam!- diz ela e sai.

Com os olhos queimando, volto ao passado em questão de segundos.

Mais um noite sonhei com ele e acordei aos prantos, não quero mais ter que tomar nenhum calmante, quero dormir por livre e espontânea vontade. Estou cansada, há dias não durmo normalmente e a Universidade está acabando comigo. Ouve momentos que pensei seriamente em desistir, meu coração ainda está despedaçado, as lembranças acabam comigo. O amor não me pertence, meu psicólogo so me receita calmantes e mais calmantes, mas calmantes não tiram essa dor do meu peito, não tiram o vazio e as lágrimas dos meus olhos, acordei varias vezes minha colega de quarto com os meu soluços, atrapalhando não somente o meu sono como também o Dela, ouve um momento que tive que contar tudo a ela, tive que contar em como fui quebrada e destruída não somente por Ricardo mas também pelo meu pai. Que reapareceu depois de dois anos muito bêbado e agrediu fisicamente minha mãe na minha frente a mandando para o hospital, esses sonhos que me atormentam tanto.

Logo depois entrei em uma breve depressão, com remédio, choros, pesadelos e calmantes.

Com o que passei com Ricardo eu soube que o amor não é pra mim, foi o bastante pra saber que ninguém nunca irá me amar, ele destituiu minha alto estima, destruiu meu coração. Ele me destruiu pro completa.

Pan volta me tirando dos meus pensamentos de volta ao passado com um copo cheio d' águas pra mim e me entrega, percebo que pego o copo tremendo, seus olhos estão arregalados e ela está afoita.

-Sam, o que aconteceu? - pergunta.

-Não foi nada Pan, me confundi com alguém. Enfim, qual Styles? - pergunto mais uma vez.

Ela sai da minha frente e vai até a mesa pegando sua agente e verificando.

-Hum, aqui não diz. Somente está Sr. Styles. Tudo bem? - Pergunta.

- Não irei comparecer nessa reunião, mande minha advogada. Estou indisposta. - Digo recolhendo minha bolsa e minhas pastas. -Estou indo para o escritório. Qualquer coisa me ligue.

Recolho minhas coisas e vou diretamente para o meu escritório localizado na Big Apple, preciso ficar sozinha, tento de todas as maneiras  correr para o meu carro, mas meus saltos não facilitam a minha vida e minhas pernas ainda estão tremulas. Quando  finalmente o alcanço depois de quase um século, entro desesperada, sinto como se faltasse ar em meus pulmões.

-Não pode ser ele, não pode!- digo pra mim mesma com meus olhos queimando mas uma vez - Ele não pode aparecer, não agora Deus. Pelo amor da todas as calcinhas furadas do mundo. Não faz isso comigo - e a lágrima rola em meu rosto, rapidamente a seco, não vou me precipitar, pode nem ser ele.

Dirijo em caminho ao meu escritório, pensando em como fiquei com apenas um sobrenome, e mas um vez caio em um profundo abismo de pensamentos.

-Mãe, eu não aguento mais. Tira essa dor de mim, por favor!- choro no colo de Dona Joana, choro como se fosse morrer naquele estante, choro como uma gotinha de 6 anos quando é colocada de castigo e implora para poder sair e ir brincar.

-Samantha minha filha, eu não sei mais o que fazer. Ja tentamos de tudo filha, você precisa seguir em frente. Precisa reconstituir sua vida Samantha.- diz ela alisando meus longos cabelos - Você não pode viver para sempre com esse sofrimento.

-Mãe...ele me humilhou... ele me destruiu!- digo entre soluços.

- Então use isso ao seu favor Samantha, usei isso para ser reerguer. Coloque ele no seu passo, assim como cooloquei seu pai! -  e com a menção de meu pai, choro mais.

Pois não acredito em como o amor pode ser tão forte e tão fraco ao mesmo tempo, em como o amor pode te fazer muito feliz e te destruir.

-Faça seu sofrimento valer a pena Samantha! - e foi essa frase, que tanto marcou a minha visa e me fez vê que sim, eu poderia viver sem o Ricardo, que sim eu poderia viver sem aquela dor, que somente eu senti.

Depois de 3 anos somente chorando e a base de calmantes, consegui conviver. Não esqueci dele e nem mesmo consegui tirar aquela dor do peito, porém, aprendi a conviver com ele.

Biiiiiiiiiiiiih

Volto com a atenção para a estrada assim que escuto a buzina de um carro, eu estava saindo da faixa...

Chegando em meu escritório, entro no hall do prédio aonde estão dezenas de pessoas se movimentando para lá e para cá em seus trajes formais e ternos, meu escritório de Administração ficar em um edifício muito bem equipado na Big Apple, com o designer muito bem feito por Morgana, uma velha amiga que fiz na faculdade. Vou para o elevador e subo para o vigésimo-quinto andar o elevador está vazio por pura sorte, pois tem dias que mal consigo caber dentro dele. Quando ele para no 25° andar encontro o enorme letreiro Administração S&J Muvis centro de modas feminina.

Me sinto satisfeita e realizada com tudo, entro no hall de atendimento e sigo para minha sala que não é muito grande, mas dela tenho uma visão de praticamente toda Nova York, com uma estante repleta de livros em uma de suas paredes, minha mesa está no um pouco afastada da janela, o que me da a melhor sessão de estar de costas para Nova York, vou até meu frigobar e pego uma garrafinha de água, coloco meu celular e minas pasta na mesa, não tenho tempo nem de sentar meu telefone toca, tiro meus sapatos e atendo.

- S&J Muvis, Samantha falando, com quem falo? -

-Não é muito educado nem profissional não comparecer a suas reuniões com seus chefes! - diz a pessoa do outro lado da linha.

Eu queria não conhecer aquela voz, eu queria não me afetar, eu queria não tremer e deixar lágrimas escorrem pelo meus olhos. Mas como minha mãe sempre disse, querer não é poder.

-Ricardo! - sussurro, esperando que ele não tenha ouvido.

Nesse momento meu mundo de realizações e suparações se desabou em minha cabeça.

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Estou tentando? Sim, estou tentando. Quero ser muito boa? Sim, quero ser muito boa...
Vou ser má? Sim, vou ser muito má. Queridos (as) amores da minha vida, ta ai pra vocês o tão esperado capítulo da semana. Espero de todo meu "heart" que vocês gostem.

Não esqueçam da ☆ por todas as calcinhas furadas.... pfv

Ps. Não está revisado, entao, me perdoem pelo erros ortográficos.

Xoxo
Até semana que vem...

O Retorno Do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora