LUA (Pausada)

Capíтυlo 1

Lυa nova
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*Luanna*

Com um fone de ouvido tocando a música mais depressiva que pude encontrar no meu celular, meu irmão sentado no Banco de trás e meu pai ao meu lado dirigindo o carro com destino a Nova York, eu comecei a pensar em como seria minha vida longe da minha cidade natal.

A estrada infinita que passava diante dos meus olhos me dava mais vontade de chorar ao perceber que a cada segundo eu ficava mais longe das únicas coisas que tornava minha vida mais agitada.

_Lua, está me ouvindo!? - quando finalmente dei por mim, meu pai estava me chamando.

_Desculpe, o que disse?

_Perguntei se você se importa de eu passar na sua nova escola pra checar se está tudo o.k. de você ir amanhã. - disse ele um tanto impassiente.

_Tá, tanto faz.

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Enquanto meu pai estava dentro daquele colégio, eu fui para uma praça que havia em frente e comecei a ler meu livro preferido pela milésima vez.

Derrepente um garoto bonito, forte, de cabelos negros e olhos acinzentados veio se sentar ao meu lado.

_Você vai estudar nessa escola? - perguntou com um tom de voz maravilhoso.

_Ahn... Vou sim.

_Qual ano?

_ É meu último ano.

_Que ótimo! Também to no último ano. Vai que rola de você cair junto comigo em alguma matéria. - ele disse com um pouco de malicia.

Por um momento ouve um silêncio e eu finalmente perguntei:

_Não era pra você estar la dentro?

_Sim - sorriu - Mas resolvi matar aula.

_Fora da lei - disse brincando.

_Talvez!... - fez uma expressão séria - Qual o seu nome, gatinha?

OI? "GATINHA", EU? Só pode ser brincadeira!!!!!

_Luanna... Mas pode me chamar de Lua. E o seu?

_Benjamin! Mas pode me chamar do que quiser, Lua. Tô indo nessa... Tchau. - disse quando ouviu o sinal da segunda aula bater. Caminhou até a escola e sumiu após atravessar os portões grandes e meio enferrujados.

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Finalmente chegamos a minha nova casa. Logo fui me arrumar meu quarto. Depois resolvi sair a tarde para conhecer a cidade sem ter o mínimo esforço de avisar meu pai ou Mathew.

Coloquei uma roupa discreta e confortável, peguei meu livro "Quem é você, Alasca?" e meu skate.

Andei ruas e ruas até encontrar uma praça. Sentei em um banco e passei a ler o livro que tanto amava.

_Você gosta de ler livro em praças, não é mesmo?- quando direcionei meu olhar para a pessoa que me dirigia a palavra com uma voz linda, avistei a minha frente o garoto dos olhos cinzas... Benjamin!

_Algum problema com isso?- voltei minha atenção para o livro.

_Uou, ok senhorita. Não está mais aqui quem falou.- fez sinal de rendição com as mãos.

Um silêncio se formou por alguns segundos.

_Quer tomar um sorvete comigo?

_Quero - fechei meu livro, peguei meu skate e fomos para a sorveteria que havia logo a frente da praça.

Confesso que não estava afim de aguentar ele. Mas se a questão envolvia sorvete, eu poderia abrir uma exceção. Ele me olhava a todo momento, não tirava os olhos de cima de mim. Isso estava me incomodado. Afinal, oq ele queria comigo???

_O QUE FOI, GAROTO? - acabei perdendo a cabeça e gritando com ele.

Eu sempre fazia isso. Me irritava com tudo e com todos. Mas não é porque sou uma garota chata e antipática. Mostro a zona defensiva mas estou morrendo por dentro. A verdade é que sou fraca.

_Desculpa. Eu meio que me perdi nos seus olhos.

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*Benjamin*

Aqueles olhos completamente negros me sequestraram. Não eram castanho escuro, eram negros. Os cabelos com um ruivo natural com alguns tons castanhos. As curvas da sua face... Tudo isso me encantou na Luanna. Me perdi completamente observando-a como se fosse uma obra em um museu. Uma linda obra, por sinal.

Quando dei por mim, Lua ja estava gritando. Cara, ela fica muito gata quando esta brava.

Após eu responder que me perdi nos seus olhos, ela apenas sorriu.

_Meus olhos são pretos - ela disse rindo do que havia falado

_Os mais lindos que já vi.

_Ok... Tenho que ir - disse se lavantando. Nem ao menos me esperou dizer "tchau". Apenas se virou e foi seguir meu caminho. Mesmo sabendo que a veria novamente no colégio, tive uma imença vontade de me levantar e a seguir, prende-la a mim e não deixar ninguem toca-la...

Eu realmente me apaixonei...