Capítulo 3

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-ME EXPLICA LOGO ESSA HISTÓRIA LIAH ALBUQUERQUE.

-Mãe...

-NÃO ME VENHA COM MÃE PORQUE EU NÃO COLOQUEI FILHA NO MUNDO PRA SER PUTA. ISSO É TUDO SUA CULPA HENRIQUE, VOCÊ QUE VEIO COM ESSA HISTÓRIA DE LIBERDADE.

Já chorava sem parar.

-Quem é o pai desse projeto de Cruz credo que você tá levando na barriga? FALA LOGO LIAH.

-Mae, isso não importa, eu...-fui interrompida por um tapa forte na cara. E então minha mãe começou a me atacar me arranhando e me esbofeteando. Precisou meu pai intervindo e tira - lá de cima de mim.

-Olha só Henrique a meretriz nem sabe quem é o pai do bebê. FORAM TANTOS ASSIM OS HOMENS PARA O QUAL VOCÊ ABRIU AS PERNAS? EU, LOGO EU, TENHO UMA FILHA PUTA, CRIEI UMA PROSTITUTA EM MINHA CASA. O QUE É QUE TODOS VÃO FALAR DE MIM, DE NOSSA FAMÍLIA. VOCÊ JOGOU NOSSO NOME NA LAMA. SUA CACHORRA. VOCÊ DESTRUIU A VIDA DE TODO MUNDO. JOGOU A PORTA DO SEU FUTURO NA LAMA. "GAROTA INTELIGENTE" NÃO INTELIGENTE O BASTANTE PRA EVITAR UMA GRAVIDEZ. GAROTA SÓ SE FOR DE PROGRAMA.

-Mãe, por favor, não fala assim comigo, me perdoa por favor, eu não queria que isso acontecesse, eu juro.

Do nada minha mãe parou e ficou parada uns bons segundos me fitando.
Ela estava séria.

-Eu tive uma idéia pra livrar nos tirar dessa roubada.-ela falou abrindo um sorriso diabolico- Liah você vai fazer um aborto.

-O que?- perguntei incrédula.

-Ninguém sabe dessa desgraça em nossas vidas ainda, só algumas pessoas do hospital. Pagamos pra eles ficarem calados e pronto. Apagamos esse ponto negro de nossas vidas. Eu sei de alguém que conhece uma clínica...

-EU NÃO VOU ABORTAR.-a interrompi elevando a voz.

-Como assim você não vai abortar?

-Não abortando. Eu respeito quem toma essa decisão mãe, cada um decide o que faz com seu próprio corpo, mas eu não vou abortar. Eu tenho minhas crenças, e eu vou segui - las.

- VADIA EGOÍSTA. SERÁ QUE VOCÊ SÓ PENSA EM SI MESMA? VOCÊ VAI ABORTAR SIM.

-Não, não vou.-falei em lágrimas.

-COMO OUSA... Quer saber?- ela falou limpando as lágrimas.- Eu não tenho mais filha.

-Como assim mãe?

-NÃO ME CHAMA DE MÃE. Entre uma filha puta e não ter filha eu escolho não ter filha.

-Mãe...

-Esqueça que eu existo, a partir de hoje você é órfã e sua vida não me interessa mais. Não quero vê você mais em minha casa, na minha vida e em nada do tipo.

-Mãe...

-A partir de hoje você morreu pra mim.- ela falou virando de costas.

-Pai...- tentei falar com ele mas tudo que recebi foi seu olhar desiludido e outra virada de costas.

-Você tem um minuto para sair daqui moça, antes que eu chame os seguranças.-minha mãe falou em seu tom neutro.

-Por favor...

-45 segundos- ela falou pegando o telefone.

Lancei outro olhar desiludido para eles e saí de lá correndo. Algumas pessoas olhavam sem entender nada, outros me conheceram e tentaram me parar, porém nada me impediu. Corri até a saída e quando cheguei na rua continuei correndo.

Parei no primeiro ponto de taxi que eu vi e entrei num taxi.

-Pra onde moça?

-Eu... Eu não sei ainda. O sr pode só andar um pouco, até eu decidi pra onde eu vou.-falei entre lágrimas.

Tudo Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora