Capítulo 46

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Ficamos sem reação, parados em um penhasco sem ter pra onde correr, eu ainda não estava preparada para enfrentar Baal, o poder e a magia eu tinha, mas não sabia como manipular meus poderes e usá-los para derrotar Baal.

Baal tirou o capuz negro que cobria sua cabeça e falou para mim:

- Enfim nos encontramos Elisabeth, eu ansiava por esse momento, espero que esteja pronta para me enfrentar, será divertido acabar com você!

Pug com a voz trêmula tomou coragem e disse a ele:

-Ela está pronta sim, e irá destruir você porque você é muito mau!

Baal respondeu:

-Não sou mau pequenino, no que fizeram você acreditar? Eu sou um Deus Bom eu sou Baal, sua família está a salvo comigo!

Pug ansioso já meio chorando falou:

-Mostre-me minha mãe!

Baal apontou o dedo para um arbusto e Pug arregalou os olhos dizendo:

-Mamãe você está viva, eu não acredito, tanto tempo longe de você.

Falei a ele:

-Pug não é sua mãe, é um arbusto, não deixe Baal te enganar, isso é uma ilusão.

Mais Pug não me ouviu e abraçou o arbusto chorando. Baal então olhou para Abil e lhe mostrou seu irmão perdido entrando no meio da floresta, Abil então saiu correndo atrás de seu irmão floresta a dentro, Baal me falou:

-Agora sim já podemos começar!

Baal tinha o cabelo curto, castanho com alguns fios dourados, seus olhos eram verdes esmeralda, alto e forte, tinha o semblante de um homem de 45 anos, mas tinha muito mais, pelo menos milhares de milhares de anos.

Ele falou ainda:

-Você é muito bela menina, vai ser uma pena estragar esse rostinho bonito.

Entao, Baal apontou a mão para mim, e um raio azul brilhante saiu de sua mão em minha direção, me acertou em cheio, nem pude me defender, foi muito rápido. Ele riu dizendo "Vai ser fácil acabar com você". Então Baal novamente lançou um raio de sua mão, eu fechei os olhos e quando abri minha mãe estava travando uma luta de magia e poderes com Baal, mais ela não teria chance, ele era um deus. Minha mãe falou:

-Elisabeth drene meus poderes, sou da família mais antiga de bruxas, assim terá domínio sobre a magia que a marca contém.

Segurei no ombro de minha mãe que estava de costas para mim, ela nos defendia de Baal, então drenei os poderes dela, e todo o conhecimento de manipulação da magia foi fluindo em mim, minha mãe permitiu que seu conhecimento fosse transferido em mim. Minha mãe enfraqueceu e eu entrei em seu lugar lutando com Baal que parecia invencível, não cansava de forma alguma, a marca então mostrou seu poder, finalmente consegui ferir Baal, ele caiu no chão, parecia ter acabado tudo, mas ele rapidamente levantou e fez o sol escurecer, então caiu a noite, eu não enxergava nada, corri até minha mãe que estava fraca no chão, levantei ela e apoiei ela em mim, fomos andando para dentro da mata, estava tudo estranho, as árvores já não tinham folhas, e no chão tinha a lama preta e escorregadia, escutamos uivos muito alto, eram os lobos de Baal, estavam ali.

Corremos o quanto pudemos, então minha mãe me disse:

-Filha fuja eles estão atrás de nós, eu não vou mais conseguir correr, estou fraca, me deixe aqui, vou usar o restante de poder que tenho para atrasa-los.

Respondi a ela:

-Nunca vou deixa-la para trás, vamos nos esconder.

Entramos em baixo de uma enorme raiz, a árvore já tinha caído, mas a raiz estava intacta, ficamos ali por pouco tempo, logo os lobos de Baal nos encontraram, morderam as vestes de minha mãe e a arrastaram para longe, eu corri atrás deles para salvar minha mãe, mas eram muito númerosos e me atacavam a todo o momento.

Fiquei sozinha com 9 lobos em volta de mim, todos me atacaram de uma vez só, eu matei todos e fui tomada pela marca em minha mão, meus olhos ficaram brancos, eu conseguia ver tudo em minha frente, voltei até onde Baal e eu estávamos, e lá estava ele, no alto do penhasco olhando para o horizonte.

Começamos a lutar novamente e Baal me acertou, eu caí no chão, ele veio até mim, tocou em meu pulso conferindo se eu estava morta, então segurei em sua mão e a marca o envenenou, em seu braço na mesma hora surgiram manchas pretas, como uma peste foi subindo para seu pescoço.

Continua...

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