Não papai... Por favor

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Quarta-feira, 13:00.

- ISABELLA!!!

Acordei com alguém me gritando, levanto-me rapidamente, lavo o rosto, prendo o cabelo e desço correndo.

- Oi... Cheguei...

- Porque você é assim? - perguntou Fábio ( meu pai )

- Você bebeu? - perguntei assustada - Cadê a mamãe?

- Não te interessa se eu bebi...

Sou empurrada fortemente contra a parede.

- Você merece uns bons tapas...

- Que? - me desespero.

- Na minha época de criança meus pais me batiam com sinto.

- Pai... Por favor, eu não fiz nada.

- Você nunca faz nada né?! Você é uma inútil, um peso morto nas nossas vidas.

Ele me pega pelo braço e me joga em cima da mesa que se encontra no meio da sala.

Lágrimas correm no meu rosto...

- Chega pai... - me levanto com dificuldade.

- Não te aguento mais... - levei um tapa na cara - Não vou conseguir te aturar até você fizer dezoito anos. - levei um chute nas costas.

- Papai... O senhor está me machucando. - apelei por palavras formais.

- Não me chama de "papai" - ele segurou forte nos meus cabelos. - Não quero você mais como filha...

Fui jogada no chão novamente...

- Eu te odeio Isabella...

Essa foi a gota d'água, ele fechou o punho e socou o meu rosto fazendo eu desmaiar no chão.

Ainda 15:00

Sinto que estou sendo carregada por alguém, minha cabeça dói e meu corpo todo lateja.

- Hmmm - solto um gemido de dor.

- Shh calma vai ficar tudo bem...

- Felipe?! - sussurro.

- Shh... Fecha os olhos.

Fechei-os.

- O que aconteceu? - perguntou ele me aconchegando em seu colo.

- Meu pa... Quer dizer, Fábio me bateu. - escondo o rosto no seu pescoço para tentar aliviar a dor.

- Te bateu?! Você foi espancada isso sim...

Começo a chorar.

- Não... Não chora, por favor.

Seus braços envolvem o meu corpo, estamos deitados na cama, seu coração está acelerado e seu corpo quente.

- Tudo bem?

- Foge comigo? Vamos ser feliz...

Que ideia interessante...

- Quando?!

- Hoje à noite... Quando seus pais dormirem.

- Mas... E o colégio? Aonde a gente vai ficar?

- Lembra do Thiago? - riu ele.

- Como esquecer aquele serumaninho - falei com dificuldade.

- Então vamos ficar com ele um tempo?

- E depois? Vamos para aonde?

- Bem... Logo logo eu faço 18 anos e eu meio que arrumei um emprego.

Ahh então é por isso que você não estava em casa no período da tarde.

- Continua... - me levando e vou para o banheiro cambaleando um pouco.

- Ei... Vai com calma - me segurou ele. - O que você quer fazer?

- Tomar banho.

- Posso te dar banho... - seu olhar não tenho tinha nenhuma malícia nem nada ele só queria me ajudar.

- Enche a banheira.

Enquanto a banheira enchia ele me ajudava a tirar a roupa.

- Não se aproveita da situação viu?! - beijo sua bochecha.

- Bem que eu queria fazer isso... Mas parece que você foi jogada de uma ponte.

- Eee obrigada me sinto muito melhor agora.

Estou só de calcinha e sutiã...

- Pronto... Me ajuda a entrar na banheira.

- Você não tirou a roupa toda...

- Quieto... Vem, me ajuda.

Coloco um dos meus braços em seu pescoço e um dos seus segurou firme, sem me machucar, na minha cintura.

Sou colocada delicadamente na banheira.

- Posso te ensaboar?

- Eu consigo...

Pego o sabonete e começo a passar no corpo, um dor aguda se depositou nos meus ombros.

- Tá... Eu não consigo...

Vejo ele tirando a roupa ficando somente de cueca, uma cueca box branca.

Ele senta do meu lado e fica me olhando.

- O que foi? - escondo o rosto com as mãos.

- Nada... É que você é muito linda.

É mesmo?! Obrigada...

- Para... Vamos quero terminar logo com isso.

Ele apanha o sabonete no fundo da banheira, suas mãos deslizam pelo o meu corpo fazendo eu sentir arrepios.

Por algum motivo mordo o lábio inferior...

- E eu achando que você era santa... - riu ele.

- Palhaço.

Ficamos conversando longos minutos dentro da banheira, foi só um banho a dois.

- Temos que tirar essa roupa molhada - apontou para o meu sutiã e a minha calcinha.

- Eu tiro sozinha...

- Eu já te vi nua uma vez, porque eu não posso ver de novo?

Quanto mais ele se aproxima mais eu recuava até chegar na parede.

- Sem saída mocinha... - roubou um beijo.

Suas mãos percorreram o meu corpo, ia das costas até as coxas, nesse meio tempo meu sutiã já tinha sumido, com as mãos nas minha coxas ele me ergueu fazendo-me entrelaçar-las na sua cintura.

- Você sabe que se eu começar não conseguirei parar. - sussurrou no meu ouvido.

- Não pare... - beijei-o

- Seja só minha? - parou com tudo que estava fazendo e ficou me observando.

- Sempre fui você que nunca percebeu...

Era para ser Era uma vez...Onde histórias criam vida. Descubra agora