A Guerra De Valávia

Guerra Política

Capítulo 4; Guerra Política

Ao oeste de Valávia, longe dos seios macios da monarquia, está Astínia, estado dos Bruxos e dos Magos. Antes da grande guerra, astinienses viviam em paz, existiam acordos entre os Magos e os Bruxos, as duas raças míticas podiam cometer miscigenação e eram totalmente contra a Lei das Raças imposta pelos Deuses. Viviam sobre a monarquia do rei Niarkos Morod, até o rei assinar um acordo com a Lei das Raças em troca de apoio financeiro diante dos Deuses, após a grande guerra, junto com a crise financeira de todos os reinos e o prejuízo de toda a destruição causada pela guerra. Logo seu povo se rebelou contra seu governo monarca, houve guerra civil e ele foi exonerado como rei pelo seu próprio povo, assim, instalando uma política de estado em Astínia, foi adquirida uma constituição de estado e a Lei das Raças dividiu Astínia em dois partidos; Aste Aliança pertencente aos Magos sobre domínio do presidente Anuphyel Etel, e Oste Donime pertencente aos Bruxos sobre domínio do presidente Malaphar Balberith. Uma guerra civil contínua e uma disputa acirrada por domínio territorial das duas raças se instala em Astínia, os mestiços conseguiam dominar as duas magias míticas, algumas áreas de Astínia ainda viviam a tão calma vida em paz, mas em outras áreas a briga entre Magos e Bruxos fazia assim a criação de milícias que dividia famílias como a espada corta a carne.

1°

As vazantes azuis do lago de Lacova brilham no sol do meio dia, nuvens andam desenhando sombras pelas casas vitorianas do território dos Bruxos. Koldinghus, a capital Oste Donime, resplandece sua beleza gótica vitoriana e seus traços trabalhados dá mais pura arquitetura Élfica, um patrimônio cultural admirado pelos Bruxos.

Malaphar Balberith está em seu escritório bolando planos políticos e publicitários para conseguir a vaga de presidente geral.
- Pai! Olha, fiz um desenho!
- Desculpe Glasya, Papai está ocupado! - disse Malaphar, quase gritando.
- Mamãe disse que era para o senhor parar e vir...
- Já disse! Estou ocupado! - responde Malaphar, agora grosseiro.
Glasya sai de cabeça baixa.

Família Balberith, uma família tradicionalista de Astínia, após a grande guerra e o vigor da Lei das Raças, o nome Balberith desapareceu de todos os mestiços e magos. Os Balberith sempre odiaram a raça mítica dos Magos, sempre menosprezando a cultura do mesmo.
Malaphar Balberith é um bruxo baixinho, com barriga inchada e saliente, pele morena, rosto redondo sem nem um fio de cabelo, sua personalidade fria e grosseira nunca o fez ter um bom relacionamento com sua filha Glasya Balberith, ele fazia de tudo pelo poder e pelo dinheiro.

- Mamãe, Papai tá... ocupado - disse Glasya, com algumas lágrimas nos olhos.
- Não chore meu amor - Naphula abraça sua filha - Você conhece seu pai, fica horas e horas centrado quando coloca alguma coisa na cabeça.
- Olha mãe, fiz um desenho - disse e entregou um papel com um desenho feito a carvão, era a paisagem do lago Lacova.
- Nossa! Que lindo - disse sua mãe abrindo um sorriso doce para Glasya.
Elas se abraçaram e se sentaram para o almoço.

Naphula Balberith é uma bruxa linda, de cabelos pretos longos encaracolados, olhos castanhos claros com contornos roxeados e pele branca como a neve, corpo magro e singelo por conta das noites em prantos de sua negra depressão, seu relacionamento com Malaphar é de altos e baixos, apenas se casou com o marido por causa de Glasya, sempre fez tudo pela filha, ela não tinha condições de dar uma boa vida para sua princesa de olhos verdes.

- Filha, vamos ao teatro Élfico
amanhã? Fiquei sabendo que viriam para a cidade - perguntou Naphula, tomando uma colher de sopa.
Naphula sabia que a filha era apaixonada por cultura Élfica.
- Sério? Sim vamos! - respondeu com um sorriso no rosto.