Primeiramente, algumas pessoas comentaram que não estavam conseguindo ler o capítulo 10, então eu postei esse capítulo em outro lugar. Aqui o link: http://charritoysuprincesafics.tumblr.com/post/152255644601/love-other-drugs-cap%C3%ADtulo-10
Agora vamos a história, eu considero esse capítulo como um dos principais da fic porque vocês começam a entender o que a Anahi esconde e a sujeira por baixo do pano. Espero que gostem.
Alfonso começou a recobrar a consciência no dia seguinte mais cedo do que imaginou, Anahi ainda dormia serena e profundamente apoiada em seu peito, aconchegada nele. A cama pequena os obrigava a ficar mais colados um ao outro, não que isso fosse algo ruim.
Alfonso ficou a admirando, fazendo um carinho de leve no rosto dela, até que a fome foi maior que a vontade de mirá-la. Ele tentou conseguir se separar dela sem acordá-la, Anahi se mexeu um pouco, abraçando o travesseiro que antes ele usava, mas não abriu os olhos.
Ele vestiu a cueca que estava jogada por lá, saiu do quarto e foi em direção à cozinha onde achou café, leite, ovo, queijo e algumas torradas. Alfonso percebeu que Anahi não mantinha muita coisa por lá, sendo assim preparou pra eles comerem tudo que era possível.
Alguns minutos depois Anahi apareceu na cozinha americana sem que Alfonso percebesse, o abraçando por trás.
- Bom dia, linda.
- Bom dia – Ela deu um beijinho carinhoso na costa nua dele.
- Com fome? – Alfonso deu a volta, ficando de frente pra ela. Ele a analisou por alguns segundos, Anahi tinha vestido um baby doll, uma blusinha de alcinha branca e um short rosa que não cobria quase nada, lhe dando visão praticamente de todas as curvas deliciosas do corpo dela.
- Faminta – Anahi correspondeu ao olhar dele e sorriu com certa malícia. Alfonso juntou os lábios ao dela em um beijo rápido, não demonstrando o calor que sentia em seu interior, acabando com a insinuação antes que o café da manhã se tornasse esquecido.
- Onde ficam as xícaras, os pratos e os talheres? – Ela explicou a ele onde cada uma das coisas que ele perguntou ficava e sentaram a mesa, Alfonso dividiu em dois pratos o omelete que tinha feito e serviu o café com leite.
– Hmm – Anahi emitiu um som de aprovação – Então, quer dizer que você sabe cozinhar também, tem alguma coisa que você não saiba fazer? – Alfonso riu divertido.
O café da manhã passou entre brincadeiras, elogios da parte dela e vários sorrisos felizes. O resto do dia também passou no mesmo nível, pediram comida de um restaurante chinês que ficava pelas redondezas e comeram no sofá assistindo filmes aleatórios que estavam passando na televisão.
Mais tarde Christian emprestou uma bermuda e uma camisa a Alfonso para que ele pudesse tomar um banho sem ter que voltar logo pro apartamento dele. Anahi o acompanhou no chuveiro onde fizeram amor mais uma vez.
Agora estavam sentados na cama dela, Alfonso tinha a convencido de cantar e tocar algo pra ele depois que achou um caderno com composições escritas por ela mesma.
- Ok, chega – Anahi pediu depois de cantar três músicas. Aquilo era intimo demais, aquelas letras representavam tudo que passava pela mente dela, desde a morte da mãe, o abandono do pai, a razão que a fez fugir no meio da noite do lugar onde viveu sua vida toda.
Anahi largou o violão do lado da cama e sentou no colo dele, envolvendo seu pescoço com as mãos.
- Tudo bem, chega de música por hoje, mas só se me der um beijo – Anahi fingiu pensar, mas logo sorriu, se entregando ao beijo que ele queria.
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Alfonso foi embora ao final da tarde, ainda tinha alguns documentos pra revisar para as audiências do dia seguinte. Ficou combinado que Anahi iria até a faculdade onde ele daria aula de tarde para que almoçassem juntos, pois ficava a caminho do local onde ela teria ensaio para o casamento o qual ela foi contratada.
Anahi acordou feliz, tudo estava indo bem para ela, depois de anos afundada em seus próprios demônios ela finalmente conseguia ver um futuro, um futuro onde não tivesse medo do dia de amanhã, um futuro onde ela não fosse obrigada a ter que encarar seu passado. Doce ilusão.
Estava tão feliz que decidiu sair pra correr, vestiu sua roupa, calçou seu tênis, já estava saindo quando Christian tocou sua campainha.
- Bom dia, flor do dia – Anahi abriu a porta sorrindo. Christian estranhou, mas guardou o comentário pra si mesmo. O fim de semana deve ter sido realmente bom, ele deu um sorrisinho malicioso.
- Bom dia. Trouxe isso pra você – Christian a entregou um saco de pão e algumas cartas que tinham sido deixadas de manhã na portaria.
- Conta de luz, conta de telefone... – Anahi passou a vista rapidamente pelos papeis a sua frente, já estava esperando por eles, afinal era final do mês.
No fim da pilha, ela encontrou um papel diferente, parecia realmente uma carta. Tinha seu nome na frente, mas sem remetente. Quem mandaria uma carta para ela ali? Não conhecia muita gente, especialmente não conhecia uma pessoa que lhe mandaria uma carta.
- Estranho – Ela murmurou baixinho enquanto abria o envelope. Todo o ar do seu pulmão esvaziou enquanto ela reconhecia a letra cursiva e masculina escrita no papel. A cor deixou seu rosto, a deixando pálida, Anahi sabia muito bem quem havia mandado, e o fato de que não estava assinada representava que não tinha sido deixada por um carteiro.
As palavras foram poucas, mas foram o suficiente para fazê-la entender que não importa o quanto você fuja e esconda, o passado mal resolvido sempre volta pra lhe assombrar: "Pensou que poderia fugir de mim pra sempre? Enganou-se minha querida. Você tem duas semanas pra voltar pra casa ou eu mesmo irei buscá-la. Com amor, seu marido."
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Love And Other Drugs
Roman d'amourAnahi quando jovem só queria uma coisa pra sua vida. Não, ela não queria fama, muito menos dinheiro. O que ela queria era viver de música. Ela queria respirar música. Uma garota cheia de sonhos, podemos assim chamá-la. Um espirito livre. Um espirito...