Amor Invisível - Nova versão em Breve!

Capítulo 2

†     

Talvez eu não devesse acreditar nesta mensagem, qualquer pessoa poderia enviar.

Mas é claro que aquele sexto sentindo que tenho não deixa enganar.

Meu coração apertou e um nó se formou em minha garganta.
 
Uma lágrima solitária correu sob meu rosto. Não entrava em minha mente. Nós passamos por muitos momentos juntos, eu o amava, confiava nele. Mas eu tinha que tirar essa dúvida  que estava acabando comigo.

Com uma fúria tremenda, atravessei a primeira pista da rua que seguia a avenida aonde a padaria se encontrava. Uma buzina soou com estrépito entre os meios dos prédios.

    - Olha por onde anda, garota! - um homem barbudo gritou de seu carro. 

  Não lhe respondi nem olhei para trás, meu foco era a rua da padaria, à duas quadras dali. Passo o dorso das mãos, limpando o rosto em meio as lágrimas insistentes que rolavam.

Minha respiração estava ofegante.

   Me aproximo do lugar, mas estava com receio que fosse verdade. A decepção nos pega desprevenidos, como um susto em meio ao escuro.

Meu peito aperta com mais força, tento respirar pela boca, a fim de impulsionar mais ar em meus pulmões doloridos pelo meu sedentarismo.

   Ao chegar, um alívio toma conta de mim. Não havia ninguém na frente da padaria, corro os olhos para todos os lados da rua. Ninguém conhecido. Uma garoa fina começa a cair, me incomodando, gotas brancas pendiam por todo meu cabelo e roupas.

Solto uma rizada pelo nariz. Que boboca sou, fiz todo esse drama por nada.

- Graças a Deus! - sussurro para mim mesma. Olho para o estabelecimento a minha frente, nunca tinha reparado em como era bonito. Havia alguns adesivos de tortas, bolos e salgados que escondiam todo o vidro frontal. As letras que pendiam na parede eram em itálico: Doce Meu. 

  Dou as costas e caminho a passos curtos e lentos, sorrindo para mim mesma por ter sido idiota o bastante para acreditar em uma mensagem sem remetente. 

- Ah Henrique! Não.. come o seu crossant, deixa o meu!

 Por um momento paro de respirar, a dor que estava sentindo já havia atingido corpo e alma.

 Me  viro a eles.

  Luana estava com um doce na mão e Henrique o tentava comer. Suas expressões eram de espanto e surpresa quando se depararam comigo.

 Traidor.

- L-Louis? - sua voz saiu em um fiapo. Quando me dei por conta já havia lhe dado um tapa no rosto, fazendo minha mão arder.

-Idiota! Como pode fazer isto comigo? O que eu te fiz? - cuspi entre dentes, minhas pernas bambearam. Talvez fosse apenas um sonho daqueles que acordamos chorando. Em meus pesadelos eu sempre corria. Era a minha saida de escape.

Foi o que eu fiz.

  Saí correndo sem olhar para trás, com lágrimas que rolavam rápidas e inconstantes. Mergulhei na minha tristeza e as deixei cair, minha respiração era falha devido ao nariz estar entupido.

Isso não está acontecendo! Idiota! Idiota! Idiota!  O que eu fiz de errado? Não basta tudo o que aconteceu comigo, minhas visões, a morte inesperado do meu avô e agora mais essa decepção. Se existe alguém que mora no céus, Ele não está nem ai para mim. 

Chego na parada do ônibus, havia uma ligeira aglomeração de pessoas inquietas a espera de seus transportes.

Eu estava pouco me importando com eles.

- Você está bem, moça? - uma voz rouca, porém jovem, se aproxima de mim. Era um rapaz alto, com feições simpáticas. Ele pousou sua mão no meu ombro. Eu não consegui emitir som algum em resposta. - Eu posso te ajudar?

- Não, obrigada! Eu estou bem, só preciso ir para minha casa.

- Eu posso te levar se quiser, só estou esperando uma amiga desembarcar de um ônibus... - talvez, por uma mínima fração de segundos, alguém se importava comigo.

Dane-se!

- Não, o que passa perto da minha casa é este que está vindo. - sem lhe dar muita atenção subo as escadas do ônibus, esperando algumas pessoas para atravessar a catraca.

Meu celular estava vibrando com aquele toque engasgado pela falha do alto falante e vibracall, Henrique estava me ligando.

 Nunca mais quero ver ele na minha frente. Nunca mais quero me apaixonar novamente.

†     

A verdadeira razão para que eu escrevesse este livro, foi porque Deus quer salvar uma alma, que será alcançada por Ele. Eu não sei escrever direito, mas Ele me dará a direção certa, conforme o Seu coração. Eu agradeço, do fundo do meu coração, por você estar lendo, porque o nosso Pai, quer falar algo contigo, se deixe entregar nas mãos dEle, deixe seu futuro, suas preocupações, seus medos, seus sonhos, para que Ele faça uma transformação em sua vida. Não desista! Deus te ama muito!