Assim encerramos nossa conversa e eu pude sentir que nossa amizade estava voltando ao normal, peguei uma bolsa, coloquei meu iPhone dentro, peguei um casaco longo na cor branca e calcei umas botinhas na cor preta. Quando desci meus pais estavam sentados no sofá vendo o jornal, os chamei delicadamente, eles olharam para mim e então eu disse que precisava conversar, expliquei tudo para minha mãe e meu pai o que havia conversado com David, disse que iríamos levar nossa amizade em diante e que não existiria mais Sofia e David enquanto existisse Sara Madeira e David e por fim eles concordaram, então David desceu as escadas e estava lindo como sempre, estava usando uma touca preta prendendo seus cachos, uma calça jeans mais escura e uma jaqueta longa na cor preta.
-Que homem! Pensei comigo e quando percebi estava o encarando.
-Vamos pequena? Ele disse sorridente.
Meus pais não odiavam David, até torciam por nós dois juntos, mas não de uma forma errada como eu e David queríamos começar.
-Tchau tia, tchau tio. David disse já me puxando.
-Tchau mãe, tchau pai. Eu disse já de longe.
-Anda logo Sofi. David me implicava.
-Deixa de ser chato gigante, onde vamos mesmo? Fiz uma careta.
-Café Deeeert. Ele disse novamente me zoando.
Entramos no carro e fomos a caminho do café mais delicioso do mundo, pelo menos pra mim, conversamos um pouco e curtimos a música que tocava no carro, zoamos como sempre né, porque se não tem zoeira não tem David. Ao chegarmos no local, ele estacionou o carro, desceu e abriu a porta pra mim;
-O cavalheirismo. Falei e dei uma piscadinha.
-Oiá mais você me provoca, assim não da né, eu já experimentei seu beijo, já sei que é bom, aí você pede pra parar e aí eu paro, mas você me provoca, assim não dá Dona Sofia... Ele dizia e se aproximava e eu já sem reação me deixei levar pela situação, nossos lábios estavam quase se encontrando quando o celular de David começa a tocar, era o número da minha casa. Primeiro estranhei porque minha mãe ligou pra ele e não pra mim, depois fiquei preocupada;
-Atende logo. Eu disse já me afastando de perto dele.
"Oi?" David falou
"Aaaah, oi meu amor"
"Não é nada do que você está pensando meu amor."
"Eu ia te contar, não queria que você soubesse assim por noticiários"
"O que você está fazendo na casa da Sofia?"
"Porque não me ligou ou mandou uma mensagem avisando que estava emParis?"
"Tá ok! Estou indo pra aí amor."
"Beijo, eu também"Essas foram as palavras ditas por David ao telefone, eu já podia saber quem era, e bela hora pra Sara aparecer, e como sempre com suas táticas, porque pelo que David disse pra ela ao telefone não parecia nenhum pouco alguém que queria terminar um namoro.
-Sofia... Sofia... David disse interrompendo meus pensamentos.
-"meu amor" ? Disse dando ênfase.
-Sofia não... David disse já murmurando.
-Tenha dó David, "beijo, eu também" que com certeza era um eu te amo também, ela sabe muito bem como jogar né? Ela não vai ficar brava com você, pelo contrário ela vai te mimar te bajular e você não vai terminar com ela. Ela sabe muito bem como jogar... Mas eu, eu não estou afim de jogar e muito menos de ganhar o prêmio como você, que não tem coragem de admitir o que sente por mim pra sua namoradinha, sendo se ela já sabe, mas ela sabe também seus pontos fracos, e sabe como ganhar a partida do jogo do qual eu não vou entrar...
-Para de falar assim, o que tá acontecendo, eu nunca te vi assim antes Sofia. David me interrompeu.
-Prazer então, essa aqui é a Sofia que se sente traída porque a 1 hora atrás você disse que iria resolver isso, mas se chamar ela de amor e dizer que a ama é resolver, pra mim não serve.
David ficou sem ter o que falar, e mudou de assunto;
-Vamos? Vou te levar pra casa. Ele disse se esquivando das verdades que eu jogava em sua cara.
-Não! Eu não preciso que você me leve, eu estou bem aqui, eu iria vir nesse café hoje com ou sem você, e aqui estou eu, e aqui irei ficar, quer ir? Pode ir, eu não me importo mais pro que você faz ou deixa de fazer. E mais... Quer beijo? Quer papo? Quer amizade? Vai procurar na Sara porque em mim você não vai achar mais.
Disse e já sai andando em direção ao café e David veio atrás de mim, me puxou pelo braço e me encarou, seus olhos lacrimejavam, suas mãos estavam trêmulas e suas bochechas rosadas do frio, o encarei também e o esperei dizer alguma coisa, por segundos ele ficou calado.
-Você pegou pesado agora Sofia, as coisas não são assim, nem tudo é no seu tempo e do seu jeito, como já te disse isso antes e digo de novo o mundo N Ã O - G I R A - A O - S E U - R E D O R. Ele disse pausadamente.
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Golpe do Destino
FanfictionEsta história tem todos os direitos reservados. Plágio é crime, evite constrangimentos e se assegure na LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Boa leitura.