-Não quero que gire ao meu redor, e eu peguei pesado? Então tá! Me responde uma coisa só uma. "Diz pra mim que o que você respondeu no final não foi um eu te amo também? Diz?" Assim que lancei a pergunta o encarei já com os olhos cheios d'Água e tolamente com esperança de que ele dissesse que não era verdade. David continuou sem responder e eu fui ficando aflita.
-DIZ!! Eu disse com voz trêmula e nada dele me responder.
-DIIIZ DAVID, DIZ PRA MIM QUE VOCÊ NÃO DISSE QUE AMAVA TAMBÉM????? Eu disse já gritando e nervosa com a situação.
-Eu disse que amava também. Ele respondeu abaixando a cabeça e com voz baixa.
-Diz olhando nos meus olhos? Eu disse com voz trêmula, pausamente e algumas lágrimas já rolavam em meu rosto, minhas mãos estavam frias e trêmulas, minhas bochechas e nariz avermelhados.
-Eu não posso Sofia. David respondeu ainda sem olhar pra mim.
-FALAAA! Eu gritei.
-NÃO! Ele gritou de volta.
-COVARDE! Gritei novamente e fui me afastando.
-Sofia? David disse com voz rouca.
-ME ESQUECEEEE E SAI DA MINHA CASA, QUANDO EU VOLTAR NÃO QUERO TE VER LÁ, NÃO QUERO TE VER NUNCA MAIS...
Me afastei dele e sai em direção ao café, David não veio atrás de mim e sem perceber o local já estava cheio de repórteres e com certeza Paris inteira e até outros países iam ver nossa briga, mas de verdade eu nem liguei pra fotos e câmeras, e estava pouco me lixando pra David, afinal eu já sabia que o dia em que eu o beijasse nossa amizade iria pro ralo, e assim foi.
-Vai querer o que moça? A garçonete do café disse interrompendo meus pensamentos.
- Me dê o maior chocolate quente com chantili que tiver aqui, por favor.
A moça anotou o pedido e se retirou.Continuei vagando em meus pensamentos, não pensei nenhum segundo em sentir dor naquele momento, eu estava anestesiada demais para sentir alguma coisa, aqui agora eu só quero tomar o meu chocolate quente e observar o movimento, não quero pensar, não quero sentir, não quero nada a não ser um chocolate quente.
-Boa noite moça!
Uma voz forte e grossa disse, e quando percebi estava falando comigo, me virei lentamente, pude ver o rosto dono daquela linda voz, mas não, eu não o conhecia, então o respondi educadamente.
-Boa noite, posso ajudar? Dei um leve sorriso.
-Prazer meu nome é Pedro. Ele estendeu sua mão.
-Sofia. Eu disse e retribui para um aperto de mãos.
-Posso? Ele fez sinal para se sentar na poltrona da minha mesa, de frente para mim.
-Claro, pode sim, sem problemas...
"Aí meu Deus, eu estou nervosa porque? O que esse homem é? E porque está aqui? Ele é um homem até atraente, alto, magro mas o corpo definido, cabelos castanhos escuro liso, pele branca, olhos cor de mel, um tipo de cara sedutor, ah já falei do sozinho dele? Fala sério, é perfeito."
-Como você está? Ele perguntou.
-Bem, eu estou bem, fora aquele tumulto que deu ali fora, não sei se você...
-A claro que eu vi, melhor você perguntar quem não viu né? Disse interrompendo minha frase e sorriu ao falar.
-Nossa, que vergonha! Eu disse sorrindo.
-Esse café já está acostumado com esse tipo de coisa, fica tranquila.
-Você vem muito aqui? Não é uma cantada em.
Sorrimos juntos, o papo com aquele desconhecido estava fluindo e eu acho que não é porque eu estou carente de David.
-Bom, na verdade passo a minha vida inteira aqui.
-Pera aí, não? Eu disse o olhando com uma cara surpresa com mistura de dúvida.
-Sim, na verdade eu cresci aqui, vim pra cá muito novo, e meus país batalharam muito por esse café, hoje eles já não estão mais aqui e eu tenho a missão de manter esse lugar como eles mantinham, então passo a maior parte do meu tempo aqui.
-Esse lugar é maravilhoso, desde que me mudei pra cá venho aqui, isso me acalma. Eu sorri
-É por isso que eu vivo por esse lugar, onde quer que eles estejam sei que queriam isso aqui desse jeito.
-Queria poder ter os conhecido, para dizer o quanto isso aqui é mágico para mim. Dei outro sorriso e nossos olhares se encontraram.
-O que houve hoje lá fora com o David Luiz? Ele lançou a pergunta quebrando todo o encanto do momento.
-Longa história, e bem complicada. Respondi.
-Vocês eram...
-Não!! O conheço desde criança, crescemos juntos, somos amigos, ou melhor éramos. Disse interrompendo sua suposição.
-Não tenho nada a ver com isso eu sei, e você pode me achar inadequado, mas a briga de vocês não pareciam de amigos, parecia mais de...
-Preciso ir, Pedro né? Disse me levantando e interrompendo aquela conversa na qual eu não estava afim de participar.
-Isso, Pedro, até mais. Ele respondeu sorrindo e com tom de que se me encontrasse de novo iria perguntar novamente.
-A gente se vê. Dei uma acenada de longe.
Ao sair do café foi como bater de frente a realidade, enfim, vida que segue né. Chamei um uber e em menos de 5 minutos apareceu, já não tinha nenhum sinal de fotógrafos e jornalistas, afinal o foco era David e não eu. Cheguei rápido em casa pois o café não era muito longe. Entrei na sala, a casa estava sem movimentação, não vi meus país, nem David e nem Sara.
"Ufa, dessa eu me livrei" pensei comigo e subi as escadas rumo ao meu quarto.
Ao abrir a porta dou de cara com David sentado na minha cama.
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Golpe do Destino
FanfictionEsta história tem todos os direitos reservados. Plágio é crime, evite constrangimentos e se assegure na LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998. Boa leitura.