Final Fantasy I

The Combination of Crystals

Por que alguém me pediria para entrar em um quarto com três pessoas. Uma coisa que me assustou muito mais foi a coincidência, porque coisas assim não acontecem desse jeito.

— Não está certo. – falei – Era para ser assim!?

— Eu sei que é assustador, jovem Arthur, mas por favor entenda, esse é o seu destino! - insistiu o velhote garçon. 

— É assustador de verdade, mas você se acostuma quando passa a maior parte do tempo trancado em um quarto com esses caras – disse o garoto de verde na cama superior esquerda. 

— Não fale assim, você é mais louco e assustador do que do que nós! – disse o que pareceu ser uma mago, o rosto dele não estava aparecendo, a impressão é que o rosto em si não poderia aparecer e não porque ele tinha um chapéu pontudo na cabeça. A roupa dele era de um tipico mago, esfarrapada, com um sobretudo e mais pano embaixo.

O mago estava em pé, ao lado de uma bela moça, ela estava em frente à cama, olhando para ela, ela vestia uma bata branca, como um vestido curto, com detalhes triangulares em baixo, ela também tinha um tipo de cajado de madeira que segurava na mão direita. A bata tinha um capuz que deixava seus cabelos castanhos ondulados caírem e...

— Jovem Arthur, tenho prazer de apresenta-lo aos Guerreiros da Luz! –disse o velhote garçon.

Eu não podia acreditar que um menino ladrãozinho, um mago sem sentido e uma moça bela poderiam ser os Guerreiros da Luz, não havia como, os Guerreiros da Luz devem ser, honestamente, pessoas feito eu, com experiência em viagem e em batalha, não um ladrão de rua e nem dois magos que, para mim, pareciam amadores.

— Brincadeira, você tá brincando comigo velhote!? Eu não acredito, na verdade vou embora

— Não vá! – disse o velhote ao meu lado – eu sei que você tem um cristal, jovem Arthur.

Nesse momento eu parei em frente à porta. Essa era uma coisa que eu não queria que ninguém soubesse, era a fonte de todos os meus problemas, o por quê de eu estar ali, e ainda, tem um significado muito grande de mistério para mim. Como então ele sabia? Eu somente não podia deixar que alguém levasse o cristal.

— Não estou aqui com esses rapazes e garota para roubar de você o que tem, mas sim para mostrar a você, que esse é seu real destino, o destino que Mestre Lukahn previu – falou garçon – eu sou um enviado de Mestre Lukahn, ele me pediu para vir até aqui há muitos anos, para que eu reunisse os quatro Guerreiros da Luz, e eles são vocês, eu sei que é difícil de acreditar, mas hoje, peço a você que acredite em mim, pois agora que eu já os reuni, não tem por quê de eu ficar aqui, Jovem Arthur. Então faça-nos o favor de mostrar o seu cristal, por favor.

Eu relutei em fazer isso, mas eu percebi a cara do velhote, ele estava falando do sério. Eu entrei novamente no quarto e me coloquei no meio do quarto. O restante olhou para mim e eu senti uma sensação estranha, em alguma parte de nosso corpo os cristais começaram a brilhar, e logo saíram simplesmente flutuando para cima da cabeça de cada um de nós. O meu era vermelho, já o do menino era marrom, o do mago azul e o da moça verde.

— Mas o que está...? – falei.

— Os cristais, reunidos, reconhecem que vocês trarão luz novamente a terra!

Todos nós ficamos de boca aberta, pois logo que os cristais brilharam eles se juntaram e formaram um único, um pouco maior e azul. Então a coisa dublou ainda mais estranhas. Os nossos corpos começaram a brilhar, um de cada cor do cristal que possuía, então os corpos dos que estavam a minha volta brilharam ainda mais e se transformaram em luzes, e depois em formatos de cristais e logo se moveram até o meu corpo, que brilhando ainda mais, explodiu a sala em uma enorme luminosidade. Demorou uns cinco segundos até que a sala voltasse a se estabilizar, mas a minha visão também estava embasada. Eu preferia que estivesse ficado daquele jeito em vez de descobrir a coisa mais assustadora em toda a minha vida.