srs mais um para ir dormir *-* Obrigadaaa a todos vocês que estão lendo. Não deixem de dizer o que estão achando, postei aqui para vocês fazerem o julgamento rsrs Beijooo e ótima leitura :D
Logo que escutamos a campainha, corri para a cozinha e Sara foi para a porta.
Essa era uma das regras da casa, o mais velho recebia e o mais novo no emprego no caso eu, servia.
Então já com a bandeja nas mãos fiquei esperando. Eficiência é a alma para manter o emprego e claro que apesar de reclamar todos os dias para vir trabalhar, já estando aqui era até divertido observar as manias das senhoras ricas.
Elas se cumprimentaram delicadamente como se tivessem medo de arrancar a massa corrida uma da outra.
Depois sorriram de ladinho como se também tivessem medo de ficar a marca de expressão tão simpática em toda velhinha pobre, porém abominável em toda velhinha rica.
Assim que sentaram endireitei o corpo e entrei para servir, não dei dois passos para dentro da sala e a senhora elegante estacionou os olhos em mim. Continuou me olhando enquanto lhe servia o chá e eu comecei a sentir uma vontade maluca de olhar para minhas roupas procurando algum defeito ou mancha. Todavia foquei no meu trabalho e tentei não me deixar abalar pelo escrutínio.
Ela respondeu polida a senhora Jones que estava muito bajuladora e isso queria dizer que aquela mulher era muito mais rica que ela.
Todas nós domésticas sabemos que tem um padrão nesse tipo de socialização.
Se o visitante é menos rico que o dono da casa, ele é tratado com jeito esnobe pelo anfitrião, já se for como agora em que a visita tem mais dinheiro, ai vemos uma mudança interessante.
A abertura total do sorriso, os por favores em excesso e por último e não menos importante o "claro minha querida o que precisar".
Novamente a mulher voltou seus olhos castanhos para mim e ficou literalmente me medindo da cabeça aos pés.
Então para minha surpresa ela puxou assunto comigo e a senhora Jones me olhou raivosa com seus olhinhos de porco.
E ela estava com a razão de ficar ultrajada eu tinha tirado a atenção que era dela e fiquei envergonhada e até um pouco preocupada com isso.
Mas eu não tinha culpa, a mulher que do nada tinha me perguntado a idade, além do mais porque ela queria saber?
Poderia dizer que não era da conta dela, mas ai eu ficaria cheia de contas para pagar no fim de mês e sem emprego, então respondi com um sorriso amarelo.
— Tenho trinta e três, senhora. — Na verdade tinha trinta e dois e alguns meses, mas porque não arredondar logo?
Os olhinhos brilhantes e castanhos daquela senhora pareceram reluzir com a notícia da minha idade, sem entender nada coloquei o bule de louça na mesinha e ameacei sair, porém ela não me largou.
— Tem filhos querida?
Desgraça! O que essa mulher era afinal? Uma maldita repórter do jornal nacional aposentada? Olhei de canto para a senhora Jones e quase me encolhi já fazendo uma soma de quanto daria meu tempo de serviço, ela estava vermelha de raiva, mas não podia deixar a senhora elegante sem resposta então novamente respondi solícita.
— Tenho três, senhora.
Ela continuou me olhando, ávida por mais que aquilo, então prendi a respiração e me obriguei a oferecer mais palavras como resposta.
— Pedro, meu filho mais velho tem quatorze anos e tenho as gêmeas de seis anos Valéria e Silmara.
Fiquei até com medo, porque agora aquela senhora me olhava como se realmente me desejasse.
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Um contrato para Camille- Degustação
RomanceEle... Era só um acordo de negócios... Era só por uma maldita herança... Mas ela tinha que ser tão diferente? Ela... Era só para dar uma vida melhor aos meus filhos. Um pagamento dos sonho...