Capítulo 11- Camile- Ícaro

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Hum...

— Camile levante-se.

Abri um olho e gemi desolada, ainda estava escuro. — Pelo amor de Deus Sara, ainda é noite, me deixa dormir, vaca.

Ouvi sua risada e cobri a cabeça com o travesseiro, não estava disposta a levantar naquele horário, aliás, em nenhum horário, estava cozida de sono.

— São cinco da manhã, o seu carrasco logo chega para a corrida matinal, tem que levantar Cami, precisa se acostumar à rotina.

Gemi. — Corrida madrugal você quer dizer, me deixa em paz. Vá você correr um pouco já que está tão disposta, me deixa.

Sara puxou as cobertas. — Vamos ande, tem que ir, nem que se esperneie, ande logo Cami.

Depois do treino virão te buscar e tem que já estar desperta, não esqueça que parte do meu salário alto é por te fazer cumprir a tabela. Seis meses passam voando precisa fazer tudo no modo Hard Core.

Fui obrigada a levantar e olhei de torto para Sara antes de ir para o banheiro. — Mamaodi já sabia que você tinha uma tara por tabelinhas com horários né, por isso aceitou negociar você com a senhora Jones.

Ela levantou os ombros. — Andei negociando meu passe prometendo ser sua carrasca também para fazer valer o investimento dela em mim, agora se apresse e deixe de corpo mole.

Falando todos os palavrões que conhecia eu segui para o banheiro, não tinha como discutir com Sara ela não ia desistir de mim.

Depois de tomar um rápido banho, colocar roupa nova de ginástica e o tênis desci para meu primeiro dia com o tal Personal Trainer.

Ali estava o... UAU... o Deus... Quero dizer... Um macho gostoso... Ops! O personal.

Lindo, loiro, olhos castanhos e baixinho, mas... altura pra quê já que deitado todo mundo tem o mesmo tamanho não é mesmo?

Era tão enxuto de gordura que fiquei molhada, quero dizer, sem graça com minhas gordurinhas localizadas.

Fiz uma nota mental para tirar uma noite para sair na folga e buscar uma foda ocasional, já estava na seca de vários meses e agora pensava em sexo quando deveria estar pensando em correr e fazer exercícios.

Meu subconsciente me alertou que fazer sexo também era um exercício, mas duvido que teria essa aula com o homem sorridente a minha frente.

— Bom dia.

Sorri tímida. — Me chamo Camile, mas pode me chamar de Cami.

Ele sorriu charmoso. — Então bom dia Cami, pode me chamar de Jandi.

Não resisti. — Jandi?

Ele assentiu ainda com o sorriso estampado.

— Sim, apelido de Jurandir.

Certo... Ainda era bonito, apesar do nome estranho e o apelido medonho.

— Vamos? — Ele convidou.

Assenti fazendo uma careta e já o achando menos sexy só por saber que por culpa dele eu teria que acordar mais cedo. — Faremos isso até quando?

— Duas horas por dia, das cinco as sete.

— Há entendi. — Suspirei desanimada.

— Até me ver morta.

Ícaro.

Não havia resistido, depois de terminar os compromissos e como não podia voltar para casa decidi passar uma temporada em Algarve.

Anie havia ido comigo e ficou por uma semana. Foram dias intensos. Ela tinha o corpo esguio e elástico, dava para variar em muitas posições, sem contar que ela tinha muita disposição. Ainda assim por mais que tivesse sido divertido, dei graças quando ela havia dito que precisava ir.

Um contrato para Camille- DegustaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora