Never Say Never

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Love Or Life - Klaroline

Four - "Never Say Never"

(POV' Caroline)

Dois meses. Tyler já estava melhor, estava em casa descansando de seus ferimentos. Isto era uma ÓTIMA notícia. Eu estava ficando louca com o fato de ruim acontecer com Tyler. Não! Chega desses pensamentos!
Termino de me arrumar e coloco minhas roupas dentro da bolsa. Pelo menos estava voltando á treinar, mas, o Sr. Mikaelson havia dito que eu ficaria depois da aula até o ano acabar. Mereço! Mas não podia reclamar muito, pelo menos estava onde queria estar: junto com as meninas e, como líder de torcida.
Saio do banheiro feminino, já que o vestiário estava sendo limpado quando entrei. Sem querer, deixo minha bolsa aberta. A alça de minha bolsa engancha na maçaneta da porta, fazendo meu material se esparramar pelo chão. Bufo.
- Fala sério! — Exclamo alto de raiva. Me abaixo e começo á pegar meu material.
- Nossa... — Uma voz masculina, rouca e grossa soa atrás de mim. Tomo um susto e logo me viro para vê quem era. Claro, só podia ser ele!
- Ah, Sr. Mikaelson. — Falo e logo volto a pegar meus materiais e reviro os olhos. Me levanto e me viro para ele.
Ele me encarava, como se nunca havia me visto antes. Confesso que uma vontade de rir se alastrou dentro de mim, ele estava com uma cara...
- Com licença, Sr. — Digo baixo e logo me desvio dele. Era melhor eu sair, antes que risse na cara dele.
Por um segundo, olho para trás, vendo que ele me encarava. Rapidamente volto meu olhar para minha frente e solto um suspiro pesado. Aquilo realmente havia sido muito, muito estranho!

Como já estava me acostumando, me despedir das meninas e logo seguir para a sala onde eu não via a hora de sair.
Ao tocar a maçaneta, outra pessoa abre. Nós nos esbarramos e logo olho um pouco para cima, vendo aquele rosto que ultimamente parecia estar me perseguindo.
- Oh, me desculpe! — Digo baixo, volto para si e dando uns passos para trás.
Quando olho novamente para ele, vejo que ele estava sorrindo e logo sai da sala, fechando a porta e me olhando.
- Srta. Forbes, o que está fazendo aqui? — Olho para ele com uma das sombrancelhas levantadas. O que eu estava fazendo ali? Ele era louco?
- Até onde eu sei, tenho que ficar aqui por mais quatro horas, não? — Falo sarcástica, porém meu semblante era de séria.
- Ah, sim... Bom, esqueci de avisar que hoje você está liberada. Tenho um compromisso, então... aproveite o dia. — Ele estava sorrindo? Não acredito que aquele infeliz estava se divertindo por "esquecer" de me avisar que não precisaria eu ficar depois da aula hoje. Fala sério! Minha vontade de assassinar- lo estava crescendo á cada dia.
- Uhum... Ok! — Únicas palavras que conseguir dizer. Me viro de costas para ele e respiro fundo. Logo sigo para a saída da escola.
Assim que paro na porta do prédio, vejo que estava chovendo. Fecho os olhos e me sento num dos degraus. Eu não acredito que teria que ficar ali por dias horas para esperar mamãe chegar e ir me buscar. E tudo isso era culpa do Mikaelson! Se ele tivesse me avisado, teria ido embora com as meninas.
Estava tão perdida em meus pensamentos, que mal puder perceber os passos atrás de mim, se aproximando cada vez mais.
- O fato de não ter que ficar aqui na escola por quatro horas, resulta em você ir para casa, Forbes! — A voz soa em meu ouvido, me dando um susto, fazendo me virar rapidamente para trás.
Era ele, o Sr. Mikaelson. Ele estava abaixado atrás de mim. Olho para ele fixamente, até me recompor do susto e voltar aos meus sentidos.
- Eu sei! Mas está chovendo, se não percebeu. E minha mãe chega só daqui á duas horas. — Falo enquanto me levanto. Cruzo meus braços na altura dos peitos e o encaro.
Um vento bate fortemente contra meu corpo, fazendo- me arrepiar da cabeça aos pés. Ainda estava com o uniforme de líder de torcida. Pela primeira vez odiei aquela saia e mini- blusa.
- Está com frio... por quê não entra e se troca? Eu espero, já que tenho que fechar esse portão... — Ergo uma das sobrancelhas ao ouvir- lo e olho por cima de meus ombros. Ele estava sendo... legal?
- Não, obrigada! Vou debaixo da chuva mesmo! — Digo revoltada e desconfiada. Logo me viro e sinto os pingos de chuva começarem a tocar meu corpo, quase nú (realmente uma mini- blusa e uma saia- shots que ia até as coxas. Era a mesma coisa que estar quase nua. Quase!).
Por mais que estivesse morrendo de frio, eu não queria agradecer o Mikaelson por alguma "bondade" da parte dele. Em todos aqueles meses, ele havia feito minha vida um inferno! Bondade era a única coisa que eu não iria e, não vou esperar dele. Não mesmo!
- Ei, Forbes! Entra nesse carro, agora! — Olho para o lado, vendo o carro que estava numa velocidade reduzida e me acompanhando. Reviro os olhos ao vê o Sr. Mikaelson.
- Eu não! Me deixa em paz! — Falo sem pensar. Logo acelerando mais meus passos.
- Se não entrar, eu faço você entrar! — Assim que ele diz, olho para ele com um certo medo pelo seu tom de voz e continuo andando rápido. Percebo que ele para o carro e sai do mesmo. Ele estava vindo na minha direção, e correndo. Ele era doido, definitivamente!
Corro mais rápido, na tentativa fracassada de me desviar ou, me afastar dele. Logo ele me puxa pelo braço e me coloco em seu ombro. Grito de susto e raiva. Logo fico me debatendo em suas costas.
- Me solta! Socorro! — Grito. Ainda batendo em suas costas. Quando vejo que era em vão aquilo, bufo e me rendo.
- Boa garota. — Reviro os olhos assim que ouço ele. Sinto ele me colocar no banco e olho para ele fixamente revirando os olhos. Estava xingando ele com todos os palavrões que eu conhecia, e até em outras línguas.
Ele entra no carro e logo começa a dirigir rapidamente. Cruzo os braços e com um bico de criança mimada.
- Qual o seu problema, em? — Sem perceber, acabo pensando alto demais. Olho para ele, vendo que não tinha mais volta, e espero uma resposta e reviro os olhos.
- Eu apenas estou tentando evitar que pegue uma doença, e eu tenho algum problema? Qual é o SEU problema?! — Ele diz me olhando. Dou risada. Uma risada sarcástica e debochante. Olho para ele.
- Resolveu ser legal agora, é? Me poupe! — Reviro os olhos e olho para frente. Balanço a cabeça negativamente e solto outra risada sarcástica. - Você faz da minha vida um inferno, e espera que eu acredite que apenas quer me ajudar? Você é um doido bipolar, isso sim! — Mal pensava nas consequências de minhas palavras. Aquilo havia sido a hora d'água para mim!
Sinto seu olhar pesado sobre mim e logo sinto o carro parar num sinal vermelho. Bufo.
- Quer saber, sai do meu carro! Vai, sai! — Olho para ele assim que o ouço e minha vontade de enfiar uma de minhas canetas em sua clavícula estava se tornando uma opção naquele momento.
Sorrio de lado, e nojentinha. Pego minha bolsa e saio de seu carro. Vejo ele saindo com o carro e sumindo rapidamente. Ele era um idiota! Logo atravesso a rua, sentido os pingos de água começarem a me machucar, pela intensidade que a chuva estava tomando. Minha raiva em relação àquele diretor estava crescendo a cada segundo. Ele pagaria por isso, pagaria!

Em casa, enfim! Entro em casa e retiro minhas roupas, ficando nua, ali mesmo. Subo as escadas correndo e logo entro para debaixo do chuveiro. Nossa, aquela água quente me relaxou no mesmo instante.
Saio do banho e deixo a toalha em volta de meu corpo. Me jogo na cama e logo a campainha toca. Sério, logo agora? Me levanto e coloco um de meus vestidos floridos na mesma hora. Desço as escadas rapidamente e logo abro a porta. Vejo que não havia ninguém e bufo.
- Esse povo não tem oque fazer... nem na chuva dão um tempo! — Exclamo de raiva e olho para baixo. Havia um envelope. Suspiro e logo pego o mesmo e fecho a porta. Será que aquele envelope era para mamãe? Não! Era pra mim?
Arregalo os olhos ao vê meu nome no envelope. Suspiro e deixo sobre a mesa e pego minhas roupas molhadas do chão, indo para a lavanderia e colocando as mesma lá. Ao voltar para a sala, pego o envelope e subo para o meu quarto.
Me sento sobre a cama e encaro aquele envelope. Confesso que estava curiosa, mas oque estava escrito debaixo de meu nome, era oque realmente estava me intrigando.

         Isto é para provar como nos enganamos com as pessoas. Eu sinto muito!

Balanço a cabeça negativamente e suspiro. Não devia se nada demais, né? Pego o envelope e logo abro o mesmo. Eram várias fotos. Começo a ver foto por foto, e a cada uma delas uma lágrima escorria pelo meu rosto. Eu não acreditava no que estava vendo. Não podia ser! Aquelas fotos... elas eram ridiculamentes fruto de minha imaginação. Só podia ser! Eu me recusava a acreditar que... que Tyler estava me traindo!

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