Capítulo 17: Tudo que for preciso

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Quinn Fabray estava na biblioteca de Columbia à procura de alguns livros. Acabou descobrindo que não tinha todos os livros dos quais precisava em casa e agora, estava recorrendo novamente à velha biblioteca onde passara horas e horas naqueles oito anos de estudo e esforço.

Mas estava claro que a futura médica queria manter sua cabeça ocupada com algo, pensar em Rachel Berry tornara-se freqüente no último mês, mas graças a um esforço sobre-humano regado ao café, noites em claro e livros imensos de Neurocirurgia, Quinn conseguira manter-se sobrecarregada o bastante para não pensar nela e ao dormir, sequer sonhar com a pequena diva.

Quinn puxou o imenso livro sobre Neurologia com aplicação clínica que achou na estante. Juntou-o a pilha de livros igualmente imensos que carregava nos braços e rumou para outra seção da biblioteca.

Caminhando pela biblioteca, ela sentiu a melancolia tomá-la brevemente. Passara horas ali, se escondera de tudo ali e principalmente... Conseguira sua independência com a faculdade. Tudo bem, sua faculdade não foi divertida em todos os momentos, ela mais estudou do que qualquer outra coisa... Mas fora a chave de sua liberdade, ela jamais esqueceria as noites em claro e o alívio ao conseguir passar de determinadas disciplinas.

Imersa em seus pensamentos e em suas lembranças, Quinn sequer sentiu seu celular vibrar no bolso traseiro de sua calça. Só se deu conta que recebia uma ligação quando John Mayer começou o refrão de "Say", imediatamente, recebeu olhares irritados já que passava sobre uma área de estudo.

Quinn corou intensamente, olhou no identificador de chamadas e deparou-se com "Santana Lopez". A loira desligou e apanhou seus livros rapidamente sobre os olhares incomodados dos bibliotecários. Saiu praticamente correndo dali e quando chegou ao seu opalla, sentou-se sobre o capô e retornou a ligação da amiga.

- Por que desligou na minha cara, Fabray?! – Santana parecia ofendida demais, Quinn apenas revirou os olhos e respondeu cansada:

- Estava na biblioteca, não podia atender. O que você quer, afinal?

- Nossa! A educação te mandou um beijo, miss simpatia. – Quinn acabou gargalhando, ela podia até imaginar a careta desconcertada da latina naquele momento. – Os Berry acabaram de me ligar, a Rachel sumiu do hospital assim que foi liberada.

Quinn suspirou pesadamente, sentindo todo o peso daquelas palavras em seus ombros. Era a primeira vez, desde que deixara o hospital há um mês, que escutava alguém se referir a Rachel em voz alta e clara. A loira olhou para o extenso campus da Universidade de Columbia e perguntou fria:

- E o que eu tenho a ver com isso?

- Nada, eles só queriam saber se ela estava com você... – Santana ficara preocupada, a mudança no tom de voz dela era mais que evidente. – Eu juro que não queria falar sobre ela com você, mas eles estavam desesperados.

- Uma hora nós tínhamos que parar com isso, a Rachel existiu e passou pela minha vida e isso, foi só. – Quinn tinha uma amargura na voz quase que latente, a loira entrou no carro e o ligou. – Diga a eles que ela não está comigo, vou voltar para casa agora S... Beijos.

E desligou o celular sem sequer escutar o que Santana tentava lhe dizer. Desligou rapidamente porque, aparentemente, falar sobre Rachel ainda lhe provocava sensações que mesclavam entre a dor e a saudade... Quinn Fabray engoliu as lágrimas que queriam cair e fixou seus olhos amendoados na rua que se estendia a sua frente.

E como há muito não acontecia, Quinn armazenou aquela mágoa em um espaço que poderia ser ocupado por um novo amor...

***

You Are My Star [FABERRY]Where stories live. Discover now