Capítulo 14: Estrela

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A cabeça de Quinn girava enquanto ela fazia tudo automaticamente. Após receber o telefonema de Meg, a garota subiu as escadas num misto de pressa e desespero. Praticamente jogou tudo que tinha ali dentro da mala de mão e estava saindo quando Santana e Brittany estacaram na porta, olhando de Quinn para a bagunça do quarto com confusão. Depois de observar a amiga por alguns instantes, foi Santana que deu voz a dúvida as duas:

- O que aconteceu, Quinn? De quem era aquele telefonema?

- Era Meg. – Quinn respondeu simplesmente, ainda desnorteada enquanto pegava suas duas malas e descia as escadas com as duas atrás de si. – Rachel... Rachel foi levada ao Presbyterian, ela passou mal nos ensaios.

- Eu vou reservar as passagens. – Brittany disse solícita enquanto apanhava o telefone e discava o número de uma companhia aérea qualquer. Santana segurou Quinn e disse com o tom de voz calmo e tranqüilo:

- Eu vou com você.

- Não precisa, S. Eu tenho que chegar lá o quanto antes... Vocês podem ir depois. – Quinn disse séria e distante, enquanto apanhava o próprio celular e chamava um táxi.

Quinze minutos depois, o táxi chegava e Brittany avisava que ela estava no próximo vôo da noite. Quinn deu um beijo em cada uma e saiu de casa, só depois que disse ao motorista o seu destino, as lágrimas rolaram pela face da loira. Quinn respirou fundo e apertou suas mãos, senão chegasse a tempo, ela não seria capaz de se perdoar.

Quinn Fabray não conseguiu dormir durante o vôo e nem ao menos quis dormir. Sua cabeça trabalhava rapidamente e agora, mais calma, ela sabia que tinha uma parcela de culpa naquele mal-estar de Rachel. Como médica, Quinn deveria ter notado que a recuperação da morena estava muito rápida pra quem tinha desenvolvido um pequeno coágulo.

Quinn fechou os olhos, cansada e sentiu o avião pousar. Era madrugada em NYC e pela primeira vez, as luzes da cidade não conseguiram alegrar a loira. Quinn saiu às pressas do avião, participou de um pequeno tumulto antes de pegar suas malas e suspirou aliviada quando chamou um táxi e foi atendida rapidamente.

- O Presbyterian, por favor. – Quinn pediu em um misto de desespero e agonia para um motorista chinês que olhou impressionado para ela. O rádio tocava uma música qualquer e Quinn amaldiçoava o trânsito lento de NYC, seu celular vibrou no bolso anunciando que a bateria acabava.

A loira, num ímpeto de fúria, jogou o celular no painel do carro e o motorista arregalou os olhos para ela. Quinn sequer se importou.

O dia quase amanhecia quando, finalmente, Quinn Fabray conseguiu chegar ao Presbyterian. Mal chegou a recepção, a loira já apresentou sua identificação e rumava para o setor de emergência quando ouviu Meg gritar-lhe o nome. Quinn apressou o passo, mas Meg correu atrás dela e a empurrou para dentro de uma sala vazia sem muita cerimônia.

- Calma Quinn! – Meg pediu preocupada enquanto olhava para a amiga que parecia fora de si, a loira revirou os olhos e forçou a passagem, mas Meg a colocou sentada em uma cadeira, sem muito esforço. – Não adianta nada chegar lá nesse estado! Ela está desacordada, temos que esperar!

- Eu preciso vê-la... A culpa é minha se ela está internada! – Quinn praticamente gritou enquanto algumas poucas lágrimas jorravam de seus olhos, Meg olhou piedosa para ela e se calou. A outra médica respirou fundo e apertou os ombros da amiga, Quinn olhou sôfrega para ela, mas nada disse. Meg sentou ao lado dela e tentou tranqüilizar:

- Não foi sua culpa, a primeira pancada não deixou sintomas visíveis que pudessem ser interpretados, você sabe que isso pode acontecer. A conseqüência viria a seguir, Rachel só deu o azar de estar ensaiando quando sentiu as dores.

You Are My Star [FABERRY]Where stories live. Discover now