A Traição e A Viagem

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Móises

Eu não quis acreditar no que aconteçera naquele quarto. Aquele beijo eu senti parecia o beijo de Zeus e de Diana quando tiveram a minha mãe, eu não queria acreditar naquilo mas antes que fizesse o que fosse decidi olhar bem fundo dos olhos do Mateo e descobrir se ele me tinha traído porque eu sentia-me traído à uns dias valentes para cá.

...

Estava na hora de partir mas eu ainda tinha fé que o Mateo viesse connosco. Ele apareceu ainda com a roupa de ontem e cheio de sono.

- Não vens mesmo comigo?

- Não.

- Estás a brincar? Passas a noite fora e nem pedes desculpa por não teres vindo dormir a casa?

- Mas eu tenho que te dar satisfações?

- Desculpa lá meu rapaz mas tu não és ninguém aqui para falares assim para o meu sobrinho e sim como teu namorado quase marido tens que lhe dar uma satisfação por teres dormido fora na véspera da viagem. E já que não ias passavas a noite, a última noite juntos. Porque nunca se sabe o que possa aconteçer lá. - A minha tia estava tão irritada que deu a insinuar que eu podia morrer durante a ida à Grécia. O Simón estava ali e ficou quase a chorar quando a minha tia disse aquilo e ele disse-me num sussuro que só ele podia ouvir:

- AMO-TE NÃO TE ESQUEÇAS.

Fiquei corado com tais palavras mas não podia mostrar uma cara sorridente.

- Desculpem, mas não admito que me ataquem desta maneira.

- Mateo olha-me nos meus olhos sério.

- Para quê?

- Olha me. Tu deves me isso pelo o que me andas a fazer.

- Ok mor. - Respondeu-me desanimado. Eu vi aquilo que não queria eu vi o que mais temi naqueles dias, horas e segundos que ele passava fora de casa. - Traiste-me! Como podeste?

- Desculpa aconteceu. Foi muitos dias juntos e eu apaixonei me e não aguentai mais.

- Tu não podias, ele é casado. Quero ir já embora! - Chorei, sim chorei à frente de todos e cai de joelhos como se a minha cruz se tivesse tornado mais pesada do que já estava. O Simón veio a correr a segurar me e ajoelhou-se comigo e abraçou-me.

- Eu sei que não mereçias Móises, tu sempre mereçeste o melhor de mim e eu semprei o tentei dar até à um mês que tudo mudou perdoa me por favor. - Pedio me impelurando e a minha tia não gostou e mandou-lhe uma chapa tão grande que ele sangrou do nariz.

- Sai já desta casa sem nada só com a roupa que trazes no corpo,  deixa os cartões e as chaves todas e rua... QUERO TE NA RUA JÁ SEU TRAJE. NÃO VALES NADA... MORRESTE PARA NÓS. Vá anda meu amor vamos vai fazer te bem sair daqui, anda pro carro connosco. - A minha tia baixou se e assegurou me e viu que o Simón estava a chorar abraçado a mim. - Simón faz uma mala rápida e vens connosco porque eu não me desfiz do quarto bilhete. O único problema é que vão ter que dividir quarto.

- Não faz mal. - Respondemos em sitonia, eu vi-a nos olhos dele o verdadeiro amor, um amor que nunca tinha visto no olhar do Mateo e isso fez me chorar ainda mais porque eu ainda o amava.

Passando meia hora fomos para o aeroporto nem chegámos a ir a Los Angeles fomos diretos para a Grécia fazendo escala em dois países que nunca tinha ouvido falar. Eu estava deitado no ombro da minha tia e a pensar no que o Mateo me tinha feito isto não era justo para mim.

" Eu não devo ter valido nada para ele? E tu o que passámos juntos? Ele nunca pensou nisso tudo?".

Eram as perguntas que me atromentaram a viagem toda.

...

( 10 horas depois)

Já estavamos a sair do Aeroporto e apanhámos um táxi para o Hotel que se chamava "Hotel Zeus", pela piada tinha o nome do meu avô quando li aquilo ri-me e a minha tia ficou mais aliviada.

- Afinal ainda tens um sorriso lindo?!

- Pois tem a Maryanna só agora é que descobriu?

- Não mas já não o vi-a à muito mesmo muito tempo.

- Eu sei perdoem me, mas fui muito abaixo desde que o Mateo passava noites a fio sem vir a casa. - Disse-lhe e caiu me uma lágrima quando nomiei o nome do meu grande amor. - Desculpem escapou-me prometo não chorar mais. - Prometi ao limpar a cara e recebi um abraço forte do Simón.

- Boa tarde era para levantar as chaves dos dois quartos que reservamos com o nome Maryanna Bent.

- Tomem, obrigado e boa estadia. - Respondeu um jovem com os seus 18/19 anos era muito bonito, loiro, olhos azuis e muito branco e baixo.

- Não sabia que sabiam falar a nossa lingua.

- Este hotel é de donos portuguese.

- Ah ok! Tia porquê que nunca fui a Portugal desde que fui adotado?

- Porque eu fiz uma promessa nunca mais lá voltar.

- Eu quero lá ir!

- E podes, vais numa viagem sozinho ou com o Simón. Mas logo se vê. - Disse me a minha tia sorrindo mas com um sorriso de parva.

Quando eu cheguei ao meu quarto fiquei apaixonado. Ele tinha uma cama bué grande e azul escuro e vermelho e uns cortinados da mesma cor por cima. As janelas era enormes com estores e a casa de banho era enorme tinha um poliban, uma banheira, um labatório grande e uma sanita mas não tinha porta de divisão e depois no lado direito ao fundo do quarto tinha um closet grande também mas todo preto era um quarto lindo.

- Tu dormes na cama e eu durmo no sófa, ok? - perguntou me a interromper os meus pensamentos.

- Porquê que não dormes comigo pelo menos esta noite por favor!

- Queres mesmo que durma?

- Se queres a verdade?! Não sei o que quero neste momento só sei que tenho medo de ficar sozinho Simón.

- Tu nuncas vais ficar sozinho, vais ter me sempre ao teu lado como amigo ou namorado como tu quiseres meu bem. E sim eu durmo contigo esta noite. - ele quando me disse aquilo tudo eu fiquei com o coração a bater a 1000% e apaixonado pelas palavras de amor.

Eu fui tomar banho e ele tinha ido tomar café com os meus tios  eu não quis ir porque não ia ser boa compainhia para ninguém naquela noite. Vesti o pijama e fui me deitar e ouvi um pouco de música e começei-me a lembra desde o incêndio da minha casa com 3 anos até à traição do Mateo e o Simón se ter declarado a mim à duas noites atrás.

O Órfão, Origem Do PassadoOnde histórias criam vida. Descubra agora