Você certamente conhece pessoas que sempre dizem "não" para tudo ou que sempre inventam motivo para não fazer algo diferente em sua rotina. Essas pessoas sofrem com um tipo de aflição muito comum em nossa sociedade: o medo do novo. Medo do desconhecido, medo das mudanças e das consequências. Mas o que será que esse medo esconde? E no que ele resulta? Vamos descobrir agora!
Até quando o medo do novo faz bem
O medo é uma reação natural que acompanha os indivíduos desde o início da humanidade. Ele é responsável por proteger os seres humanosde situações arriscadas. Sem o medo, tomaríamos uma série de decisões capazes de pôr a vida em risco. “Não teríamos noção de perigo nenhum, poderíamos ver um precipício e diante dele pular e morrer, pois não sentiríamos medo do que poderia acontecer”, diz a psicóloga Rafaela Monteiro.
Ter medo do novo, daquilo que nunca se experimentou, é uma forma natural de o corpo dizer: “Vá com calma, isso pode ser perigoso”. É ele o responsável por nos fazer pensar nas consequências que cada ato pode gerar e em quanto vale a pena correr os riscos. O medo também prepara as pessoas para as novas situações e as deixa em estado de cautela para acontecimentos como apresentações públicas.
A partir de quando o medo do novo faz mal
O problema dessa situação é que, como toda reação psicológica natural humana, o medo do novo pode ser subdivido em duas classificações: o medo normal e o medo patológico. E é quando ele atinge o nível de patologia que as preocupações precisam começar. O medo patológico não prepara ou previne as pessoas, ele simplesmente as impede de tomar aquela atitude ou outra que se relacione.
O medo do novo, quanto atinge um estágio avançado, se torna uma espécie de fobia. “Existem pessoas que passam a vida toda com medo de tomar atitudes que causariam grandes ou até mesmo pequenas mudanças, paralisadas diante do que não é conhecido ou familiar e amedrontadas com o novo”
Porém, na mesma medida em que pessoas com medo patológico do desconhecido não correm grandes riscos, elas também não vivem. Quem sofre de fobia de mudanças não viaja, não troca de bairro, não tenta novos trabalhos, não casa, não tem filhos e constrói ao seu redor uma falsa sensação de segurança. Na verdade, o descontrole sobre o próprio medo é mascarado pela ideia de controlar o que já se tem.
Superar o medo
Vencer as questões impostas pelo medo do novo é uma questão de flexibilidade e disposição. Você precisa se dispor a enxergar as coisas por um novo ângulo e precisa ter “jogo de cintura” para encaixar as novas situações no dia a dia. Quem não faz isso não conquista uma felicidade plena. Você não tem como saber o que é melhor para você se só experimentou um das muitas opções.
“Tá com medo? Vai com medo, mas vai. Faça com medo, mas faça. Ausência de medo é quase inexistente. Um certo medo presente na vida faz parte. Porém, cuidado, cautela, responsabilidade são importantes, claro. Não estou falando de se jogar nas coisas sem avaliar os seus riscos, estou falando de agir mesmo diante de algum medo existente, mas agir com responsabilidade”