Como terminar com você?

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- Claire chegamos. - Alex me deu um beijo na tempora. - Fomos para casa dos pais de Alex em Carmel, não havia como negar a beleza e imponência do lugar, lindas casas, campos de golf e uma vista pro mar de perder o fôlego.

- Oi Alex. - Aceitei sua mão para sair do carro. - Jeremias nos aguardava na porta.

- Boa noite patrão, boa noite querida Claire.

- Jeremias já disse à você, não sou seu patrão, e você continua jogando charme para minha noiva?- Alex o comprimentou com um abraço.

- Mas, quando seu pai nos deixar, Deus não permita que seja logo, você será, parabéns pelo noivado. - Como ele soube? Eu me perguntei.

- Até lá Jeremias eu e Claire já teremos filhos e você estará aposentado. - Filhos que filhos Alex era louco. Entramos sorrindo e Jer, como o chamávamos levou nossa bagagem para o quarto.

- Querida você pode se acomodar se quiser ou me acompanhar para uma bebida.- Ele falava como se nada tivesse acontecido.

- Alex, precisamos conversar, conversar sério. - Ele deu um sorriso cínico, enquanto colocava uma dose dupla de wisky no copo.

- Quem é ele Claire? - Eu fiquei sem ar.

- Quem é ele? Isso tem haver com nós dois e mais ninguém Alex. Quem é ele? Você vai me insultar agora? - Alex bebeu a metade do wisky, havia em seu rosto um misto de raiva e decepção.

- Não Claire, não tive essa intenção, apenas para um homem isso é bem óbvio.

- Obviedade Alex, tudo é sempre muito óbvio para você, prático, quase sem vida. - Me servi também de uma dose dupla.

- Chegamos a isso, agora você quem vai me insultar? - Ele se sentou com calma, tirou a gravata, suas abotoaduras, desabotoou os três primeiros botões da camisa, sem olhar para mim, ou falar nada.

- Não Alex, não irei insulta - lo, se há algo que realmente existe entre nós é amizade e respeito. - Ele riu.

- Mas, isso não é o suficiente para você se casar comigo, não é? - Fui falar e ele me pediu para esperar com um gesto. - É preciso que eu faça sexo com você no balcão da cozinha, com força e por trás, certo?

- Alex, isso não tem haver apenas com sexo, você é muito inteligente para ver nossa relação de maneira tão simplista, eu gosto de você, realmente gosto, mas isso não é o suficiente para eu me casar nem hoje e talvez nunca.

- Então me explique Claire, pois há dez dias nós tínhamos uma relação boa, fazíamos amor que terminava com carinho e satisfação, falávamos de nossas carreiras, fazíamos planos para férias, somos adultos, belos, saudáveis, boa família, tudo parecia estar perfeitamente no lugar, daí? - Ele olhou para mim fazendo um gesto para que eu continuasse.

- Tudo perfeitamente no lugar, aí está o problema Alex, qual a emoção de estar tudo perfeitamente no lugar? Parece faz de conta, estou cansada de tudo no lugar.

- E até dez dias atrás você não sabia disso? Não havia o menor sinal de insatisfação. A quem quer enganar Claire? Quem é ele? Você me deve ao menos isso, você deve ao homem que a pediu em casamento, não acha? Você era tão insatisfeita assim com nossa vida sexual?

- Acho Alex que somos frios, que estamos juntos por tudo isso que você disse acima, o casal que todos esperam casar e formar uma família, filhos que concorrerão um dia ao Senado, confesso que até saber da doença de Daniel eu achava que esse era o rumo que as coisas tinham que tomar, era isso que todos esperavam de mim e você se enquadrava nessa equação.

- E agora não me enquadro mais? Você realmente me subestima Claire! Nosso sexo era morno então, diga - me seu prazer era fingido? - Ele estava visivelmente magoado e queria fazer o mesmo, aquilo era uma questão de defesa, instinto básico de sobrevivência.

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