Picadeiro

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Ouvir a ligação de Claire e Alex mexeu ainda mais com minha segurança, imaginar o que ele deescreveu não era nem de longe confortável.
Sei que ela não quer mágoa - lo mas, fico pensando até quando nos manteremos em segredo para preserva - lo, ou se há dúvida em sua decisão? Amanhã tem o tal baile de caridade, passamos os últimos três dias nós revezando entre nossos apartamentos , hoje teremos nosso primeiro embate profissional e isso não me deixa nem um pouco ansioso para enfrenta-la. Meu telefone tocou.

- Jacob, sua mãe está ao telefone.

- Obrigado Daisa, pode passar a ligação.

- Major, quanta honra! - Eu já estava sorrindo.

- Estou só imaginando a continência, como vai filho? Atrapalho?

- Tenho uma reunião em breve, temos algum tempo, quando receberei sua visita?

- Foi sobre isso que liguei, seu pai estará fora e pensei em chegar amanhã e ficar até segunda, já tem 3 meses que nos vimos em New York, será bom vê-lo em San Fran.

- Também vou adorar mãe, te pego que horas no aeroporto? 

-  Jacob, qual a palavra que vem agora em sua cabeça? - Eu sorri, mãe é mãe.

- Sem truques comigo mãe, já cresci.

- Jacob!

- Medo, medo me vem cabeça!

- Está tudo bem no trabalho? O medo é uma reação primária meu filho, não lute contra ele, faça dele aliado seu, transforme - o em desafio.  -  Acho que eu estava carente daquelas conversas com a minha mãe.

- Tudo ótimo no trabalho, me sinto até mais leve depois do seu sábio conselho, me mande o horário do vôo para eu busca - la, preciso ir, te amo mãe.

-  Arrebenta na reunião Jacob. Também o amo.

Quando entrei na sala de reunião já notei que Claire não estava contente e essa seria nossa primeira queda de braço, eu comecei.

- Muito bem, pedi está reunião para revermos este projeto, como sabem e está na pasta na página 3, nosso cliente lançou uma nova plataforma de negócios, seria apenas mais um produto se nós não cuidassemos da conta do seu principal concorrente. - Percebi que Claire queria falar. - Antes que me interrompam gostaria de finalizar, o problema não é somente viabilizar projetos semelhantes, a questão é que há uma briga legal pela patente da plataforma, e não vejo como ficar no meio dessa bagunça. Como eu a Srta. CLAIRE discordamos resolvi apelar para o grupo. - Ela estava vermelha.

- A questão Senhor Jake, é que nosso cliente ameaça levar as outras contas embora se não cedermos e na página 5 vocês podem ver que grande parte da nossa receita vem da citada e suas subsidiárias. - Seu rosto estava muito vermelho, ela não me encarava nos olhos, o conselho nos olhando.

- Srta. Claire e membros do grupo, não somos obrigados a assumir todos os produtos que o grupo lança assim como temos a preferência. - Ela me interrompeu.

- Sr. JACOB, comparativamente o cliente é menor em termos de lucro. - Desta vez fui eu.

- Srta. Claire, mesmo que menor em rentabilidade a conta da empresa nos dá credibilidade, que será abalada em futuros contratos se aceitarmos essa conta. Peço à todos deliberem, temos que enviar o aceite ou negativa hoje.

Ela me fuzilava com os olhos, cada um de nós tinha sua apresentação em lados opostos da sala e o grupo olhava para direta e esquerda, eu não iria ceder e nem ela.
E foi aí que soltei a bomba.

- Eu apenas gostaria de dizer que Daniel  não manteve e ganhou tantos prêmios nesta agência visando lucro e sim ética, além de eu ter sido indicado para o cargo por ele, sou conhecido por preservar minhas contas, juridicamente estamos respaldados vide página 9 em caso do cliente evadir as outras contas.

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