02, The revelation.

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Lembre de favoritar clicando na estrelinha, isso ajuda a incentivar a escrita e me faz entender que estão curtindo!

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Uma parte de sua memória lembrava bem a primeira vez que havia visto Nico sorrir, foi na Casa de Hades e, ainda que de forma sombria, Jason Grace guardou tal ato na memória mesmo que naquela época ainda não houvesse uma forte atração entre ambos. Também tinha em mente os pequenos sorrisos que lhe eram direcionados pelo menor quando não aguentava se segurar por conta de alguma piada boba ou dos assuntos que Jason sempre trazia à tona. O grande sorriso que desfilou pelo rosto pálido de Nico naquela noite no Punho de Zeus depois de todos os beijos e carícias. E a última vez foi no dia em que partiu para a Itália, não era feliz como os outros, mas triste em uma tentativa falha de demonstrar força e frear as lágrimas.

Então, sete anos depois, ele estava ali, crescido e sorrindo da maneira que fazia o coração de Jason Grace saltar acelerado como se fosse um adolescente com os hormônios à flor da pele. Tão estupido, Grace, murmurou para si mesmo.

— Vá até lá, pelo amor do Ferreiro. — Valdez revirou os olhos e empurrou o melhor amigo.

Ainda tentando não fazer a cena patética de cair de cara diante do homem que gostava, desceu os degraus da melhor maneira possível e quando se deu conta estava a poucos passos de Nico e Sophia.

— Boa tarde, Pontifex Grace. — O filho de Hades o saudou e completou com um aceno para o loiro com a mão de Sophia que pareceu se interessar com a presença do padrinho.

— Por favor, não use essas palavras. — Riu e arrumou os óculos em seu rosto.

Aproveitou para pegar a garotinha nos braços e beijá-la na bochecha com carinho. Ela tinha a pele mais escura como a de Hazel, mas os traços do rosto eram de ambos os pais. Fazia dois meses desde o nascimento e ele ainda ficava encantado sempre que a tinha nos braços. O sorriso banguela e os olhinhos apertados eram capazes de derreter qualquer um – e havia feito o próprio Plutão sorrir com discrição.

Olhou para o outro em um pedido mudo, di Angelo assentiu e se aproximou esperando por Jason. O loiro ainda com a afilhada nos braços acabou com o pouco espaço entre eles e o tomou em um abraço apertado. Não era um completo exagero, mas não se lembrava de quantas vezes sonhou com um momento como aquele e também outros em que era rejeitado por ter sido fraco quando a necessidade era ser forte. Deixou tudo isso de lado e aproveitou. Afundou o nariz no cabelo escuro enquanto Nico tinha a cabeça na altura de seus ombros.

Grace sorriu apreciando cada segundo que aquele ato poderia durar. Se ele fosse embora mais tarde, poderia ao menos se lembrar de cada instante em que o teve ali. Realmente sou apaixonado por Nico di Angelo, confessou para si mesmo.

— Você está aqui. — Sussurrou quando se afastaram para que pudesse analisar de mais perto o rosto alheio.

— Creio que sim. — Respondeu com meio sorriso erguendo a cabeça para olhar nos olhos de Jason.

— Você...

— Pretendo ficar. — Afirmou como se estivesse se preparando para aquele momento tanto quanto Grace.

— Podemos conversar?

— Tragam a Sophia aqui. — Hazel apareceu no alto da escada com um sorriso tão grande que beirava o assustador. — Está na hora de abrir os presentes.

— Tudo bem. — Jason assentiu e só começou a andar quando Nico saiu na frente.

Subiu com a garotinha em seus braços que tentava pegar os óculos do padrinho enquanto ele ria e afastava o rosto, fazendo-a rir como se fosse um jogo. Mesmo o termo padrinho sendo uma tradição cristã antiga e eles não fossem o tipo monoteísta, Frank e Hazel decidiram que Jason merecia um destaque há mais já que foi ele que levou Hazel para o hospital e a ajudou enquanto Frank estava fora resolvendo uma situação com alguns grifos em Beverly Hills. Ao chegar no hospital o pretor Zhang o agradeceu inúmeras vezes e deu um abraço de urso quase literal — dado os talentos que o mesmo havia herdado da família materna.

When We Were Young.Onde histórias criam vida. Descubra agora