04, The answer.

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Jason Grace estava esperançoso, não negaria, mas uma parte do seu cérebro parecia estar apostos para protegê-lo caso a resposta fosse negativa. Sustentou o olhar quando Nico o fitou surpreso pela abordagem direta, o par de olhos negros pela primeira vez pareciam não esconder um segredo, e sim demonstrar apenas o espanto do mais novo.

Tentou passar tranquilidade para o outro enquanto esperava, não queria assustá-lo, conhecia bem o jovem para saber que mesmo depois de crescido e dono de seu próprio caminho continuava sendo o garoto que não curtia muito abraços.

Houve um silêncio de minutos que pareceram torturantes para o loiro e os sons que chegavam à sua mesa vinham das pessoas ao redor. A última vez que estiveram em um momento tão apreensivo quanto aquele foi o dia que di Angelo partiu para a Itália e isso mudou a vida dos dois, agora a resposta que estava por vir mudaria o futuro — Jason esperava que da maneira que desejava.

Observou a mão direita de Nico deslizar pela mesa, enfim quebrando o contato visual, os dedos esguios alcançaram a palma de sua mão exposta e de pele um pouco grosseira devido aos calos pelas várias batalhas e uma pergunta boba passou por sua cabeça ao sentir o quanto a mão do outro era macia: como ele consegue? Nico fez um leve carinho naquela região antes de fechar a mão contra a do mais velho e chamar sua atenção para que compartilhassem um novo olhar.

— Ainda há coisas que preciso resolver na Itália, tem meu emprego e as pessoas... — Respondeu, finalmente, demonstrando em cada palavra o quanto estava sendo sincero a respeito de toda a situação. — Mas eu quero você, quero isso aqui com você.

— Então pegue tudo. — Ofereceu com um sorriso misto de empolgação, felicidade, medo e frustração.

— Venha comigo para a Itália, quando terminarmos de resolver tudo lá, nós voltamos para cá. — Convidou esperançoso, entrelaçando seus dedos. — Quero você ao meu lado.

Em seu peito agora Jason sentia a mesma sensação de quando conjurava um raio e ele atravessava seu corpo o usando como um condutor. A eletricidade, a adrenalina, o sangue correndo pulsante nas veias. Puxou a cadeira em que estava para mais perto da de Nico e com um sorriso largo que fazia seu maxilar doer um pouco aproximou os lábios do rosto dele e beijou o canto de sua boca, sentindo o arfar alheio, então beijou a boca.

Como um bom perdido apaixonado ele já havia feito o mais piegas para alguém nessa situação, imaginou incontáveis vezes como seria aquele beijo, onde seria e o que gostaria de fazer. Estavam em uma mesa no Trinity Pub em Upper East Side, de mãos dados e lábios unidos em uma aceitação depois de anos de espera e esperanças indo e voltando.

— Eu vou com você, mas fique comigo esta noite. — Sussurrou quando finalmente se afastou do moreno, ainda assim mantendo um sorriso torto e apaixonado.

Nico voltou a beijá-lo, agora, mais calmamente, experimentando, saboreando, matando a saudade dos lábios que teve junto aos seus apenas uma vez na vida.

Passaram mais um tempo ali sem se incomodar em saber quantos minutos haviam passado, não se importaram realmente e até pediram uma nova rodada de sanduíches e batatas. Voltaram a falar de suas vidas, afinal, o tempo em que ficaram separados e sem contato foi grande, entretanto, dessa vez se ativeram aos gostos adquiridos como músicas, filmes, seriados e comida. Nico também contou sobre os lugares que Jason precisava visitar na Itália já que da última vez em que Grace esteve lá foi para lutar contra Gigantes e potestades.

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