Capítulo 3

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Já estou em casa a um tempo e confesso que não consigo dormir, eu só conseguia pensar nele, isso nunca tinha se passado comigo antes, geralmente nenhum homem me desconcertava dessa maneira.

Acordo de manha com uma mensagem no meu celular e era dele.
"Bom dia intrigante Ana,
o que acha de tomar café da manhã comigo hoje
prometo que não será em um barco".

A mensagem me fez sorrir, o que será que ele quer comigo, resolve responder a mensagem.
"Bom dia Alex, eu adoraria
mas preciso terminar meu trabalho de literatura"
ele responde:
"jantar então?"
Bom acho que um jantar não vai matar, respondo a mensagem.
"pode ser"
dali 5 minutos chega uma nova mensagem:
"te pego as sete"
Contei a Clara que contou a minha tia, as duas pareciam que iam dar pulos de felicidade.
_Gente é um jantar, não tem nada demais.
_Claro é só um jantar com um homem lindo, interessante e ainda por cima podre de rico, nada demais!
_A Clara tem razão Ana, você precisa estar perfeita pra essa noite. Além disso fiquei sabendo que ele é filho do dono das empresas Bitencourt e um negocio com essa família abriria caminho..
_Tia- eu a interrompi- não viaja eu mal conheço ele, e não faço ideia do porque ele me convidou.
Fui me arrumar, não sabia o que colocar ou mesmo o que esperar, nem mesmo entedia o porque do convite, mas a verdade é que estava meio ansiosa, afinal era meu primeiro encontro.
Fiz uns cachos no cabelo e deixei ele solto, coloquei uma saia que ia ate um pouco acima do meu joelho, uma blusa e um casaco, afinal estava esfriando, a campainha tocou, fui atender a porta, deixei claro para minha tia que era pra ficar bem longe da porta, não poderia deixar que ela desse uma de casamenteira.
_Você esta muito bonita- ele disse quando abri a porta.
_Obrigada e você esta muito elegante!- ele sorriu, nossa aquele sorriso me derretia. O que esta acontecendo comigo.
Ele abriu a porta do carro pra mim como um cavalheiro que é.
_Então onde nós vamos?- perguntei- só espero que não inclua barcos- brinquei
_Pode ficar tranquila, vamos um restaurante, em terra firme- e deu sorriso.
Chegando la nossa, ele me trouxe a um dos restaurantes mais lindos da cidade, estou me sentindo mal vestida pra isso, e eu nem tenho dinheiro pra pagar um restaurante desse, minha mesada mal da pra passar o mês!
_Algum problema?- com certeza ele viu a preocupação em meus olhos, geralmente não consigo esconder o que estou pensando, meu olhar me entrega.
_Na verdade sim, bom esse restaurante é lindo de verdade, mas é muito caro pra mim.- e deu uma risadinha.
_Ana eu convidei você, eu vou pagar a conta, não tem que se preocupar com isso.
_Olha eu sei que você tem dinheiro, mas eu não sou dessas, não gosto que paguem pra mim, bom eu só topo jantar com você, se me deixar pagar a próxima.
_Então você está dizendo que quer sair comigo novamente?- corei, nem pensei nisso, que vergonha.
_Não precisa ficar sem graça, a próxima você paga então!
Entramos no restaurante e um garçom nos seguiu até a mesa, ele pediu um vinho dos mais caros.
_Então porque medicina?- não esperava essa pergunta dele.
_Bom minha mãe ela tinha câncer, e desde que ela se foi eu tenho essa ideia fixa de que eu devia ter feito mais por ela, mas eu só tinha 5 anos  e eu tenho essa vontade de querer fazer algo entende, ta bom você deve achar loucura né- ele estava com os olhos vidrados em mim.
_Pelo contrário, você me inspira- ele disse isso e ficou me olhando por quase um minuto, fiquei meia sem graça, mas aquilo me arrepiou toda.
_Obrigada- ele disse quando o garçom chegou a mesa com nossos pedidos, quebrando assim o silencio.
_Então você mora com sua tia desde que sua mãe veio a falecer?- ele continuou a me interrogar.
_Na verdade não, depois do falecimento de minha mãe fui morar num orfanato por 4 anos, mal conhecia a minha tia, ela vivia viajando com meu tio que era irmão de minha mãe e quando ele faleceu deixando ela sem filhos, ela resolveu que me queria por perto, acho que uma companhia ou quase uma filha, já que ela nunca teve os dela- ele pensou um pouco e perguntou novamente.
_Então vocês se dão bem?
_Na verdade não muito, ela não aceita muito bem o fato de eu querer ser médica, não aceita meu modo de levar a vida, resumindo ela não aceita que eu não seja como ela.
_Entendo, sua vida é mais intrigante do que eu pensava Ana.

_Intrigante eu? magina, minha vida não tem nada de mais.
_Você é tão jovem ainda, mas tem mais maturidade que muitas mulheres que eu conheço.- que com certeza devem ser muitas pensei.
Acabamos o jantar e ele pediu a conta, fomos embora, andando sem rumo.
_Onde estamos indo?- perguntei
_Bom estava pensando em ir ao meu apartamento se você quiser.
_Acho que esta tarde para ir a seu apartamento.- ele sorriu.
_Você é diferente Ana!
_Eu não sou diferente, você que esta acostumado a outro tipo de mulheres- com certeza lindas e maravilhosas pensei.
_Acredite isso foi um elogio- ele disse me dando uma olhada enquanto dirigia.
_Chegamos, esta em casa sã e salva.
_Obrigada pela noite, gostei muito.
_Eu que agradeço Ana, e o que você acha de ir amanhã a meu apartamento? eu cozinho pra você!
_Eu adoraria- disse isso descendo do carro.
Minha cabeça girava quando deitei na cama, realmente não sei o que ele quer comigo, e nunca nenhum cara tinha mexido comigo dessa forma. Como queria saber o que esta pensando.

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