Tentação [Capítulo 4]

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O que um completo estranho pode oferecer em sua vida? No meu caso, um alívio ao pior momento da minha, quando o meu namorado, que eu acreditei ser um cara perfeito, me fez de trouxa, transando com a minha melhor amiga. E a pior parte foi saber que todos tinham conhecimento disso, os que se diziam meus amigos. Mas ninguém teve a coragem de me contar.
Enquanto Dog dirigia em uma velocidade acima do permitido, Mickey deslizava seus dedos entre meu cabelo, contando aos seus companheiros histórias sobre o tempo que ele passou em uma instituição para menos infratores. Isso devia me incomodar, mas no fim das contas eu não conseguia ver esse momento da sua vida como algo ruim em Mickey. Ele estava sendo bom para mim, se esforçando para me tirar do buraco que cair após a traição de Kyler na noite passada. Ele não tempo para que eu realmente sofresse pela traição. Mickey foi rápido, usou seu charme e seu modo de vida para que eu percebesse que Kyler não me merecia.
- Fale mais sobre você, Mitchell. – ele usou o polegar para traçar uma linha imaginária na minha bochecha. Demorei para perceber, que ele estava limpando a mancha preta de lápis de olho em meu rosto, causado pelas minha lágrimas. – Você sempre foi um príncipe?
- Já está de quatro, Mick? – falou Zack, um dos amigos do Mickey. Os garotos riram, deixando-me constrangido.
Zack me encarou, com um meio sorriso. Ele era tão bonito quanto o amigo. Com maçãs do rosto elevada, olhos grandes e lábios carnudos. Ele ergueu uma das sobrancelhas e desviei o olhar.
- Vai se fuder, Zack. – Mickey bateu na nuca do rapaz, jogando sua cabeça para frente. – Ouvir dizer que você levou uma garota para o quarto. Mas ela fugiu quando você abaixou as calças.
Dog deu uma gargalhada. E Zack lhe mostrou o dedo do meio.
- Não liga para esses idiotas. - Olhei para os quatro garotos, que começaram uma nova conversa e se destruíram de nós.
- Não tenho muito o que falar. – dei de ombros. – Minha família e um saco. Meus amigos, não são meus amigos e meu namorado e cretino, filho da puta.
Os dedos quentes de Mickey tocaram minha pele por debaixo da camiseta. Em outros tempos eu afastaria sua mão, mas naquele momento eu gostava do seu toque, gostava da maneira como ele agia e da sua audácia.
- Você precisa de amigos novos e um namorado novo! – Mickey afastou sua mão.
- E a minha família?
- Não há nada que se possa fazer em relação a isso. – ele estalou a língua. – Algum outro desejo?
- No momento, só um banho. – apontei para as minhas roupas. Eu devia está ridículo com um figurino dos anos oitenta e maquiagem borrada.
- Você quer que eu te de banho, Príncipe? – os olhos cálido e o sorriso libertino de Mickey acendeu algo dentro de mim. – Sei fazer algumas coisas no chuveiro, que te faria implorar por mais.
- Rapazes, não estamos interessados em ver dois caras transando. – falou Dog fazendo uma careta. – Nada contra.
- Eu quero. – disse Zack. Olhei assustado com sua declaração. – Vai ser divertido ver o Mick tomando no cú.
- Se você quer tanto transar comigo, basta pedir. – Mickey puxou Zack pela nuca e aproximou a boca da dele.
- Me solta, cara. – Zack empurrou o amigo e fez uma careta. – Não sou viado!
- Você e o mais gay de todos. – falou Phil, que poucas vezes se pronunciava, quase passando despercebido no grupo.
Os garotos riram, inclusive Zack.

Paramos em frente à um pequeno prédio, Mickey e eu descemos, enquanto os garotos seguiram para um destino desconhecido. Olhei a sacada de tijolos desgastados pelo tempo e me perguntei que lugar era aquele.
- Bem vindo a minha casa, Príncipe. – disse Mickey, como se tivesse lido meus pensamentos. Ele apontou para que eu fosse na frente. – Não e um palácio...
- Tudo bem. – o cortei, antes que ele falasse algo sobre dinheiro. – Não me importo com essas coisas.
Subir os degraus até a porta de entrada do prédio, com o garoto logo atrás de mim.
O apartamento não era grande. A sala dividia espaço com a cozinha. Havia algumas cuecas espalhadas sobre o sofá surrado e um copo sobre a pia. Os poucos móveis pareciam de segunda mão, menos a  enorme TV LED e o moderno aparelho de vídeo game. Era visível que Mickey não se importava muito com organização.
Observei enquanto Mickey largava sua jaqueta sobre o sofá e seguia para a geladeira. Ele pegou uma lata de cerveja e jogou outra na minha direção, que peguei no ar.
- Não está um pouco cedo? – disse encarando o rótulo de cerveja barata.
- Quem se importar? – ele virou o líquido na boca, com duas goladas e jogou a lata vazia sobre a pia. – Vem, vou te mostrar o banheiro.
O seguir para a única porta na sala, que dava em seu quarto. Mickey apontou o onde ficava o banheiro é abriu a porta do guarda roupa.
- Vou arrumar alguma coisa para você vestir. – disse ele, vasculhando entre as camisetas desorganizadas.
- Ok.
Arranquei minha camiseta e a calça de couro, que já estava grudando em meu corpo. O banheiro não tinha muito espaço, mas o chuveiro liberava uma forte ducha de água quente. Ergui minha cabeça, deixando que o líquido escorresse pelo meu corpo, levando toda a maquiagem e o suor do meu corpo. Havia um sabonete e um vidro de shampoo que eu desconhecia a marca, mas era o suficiente.
Não ouvir o barulho da porta, apenas notei que não estava mais sozinho, quando sentir a mão descer pelas minhas costas. Abrir os olhos assustado, me deparando com Mickey. Seus olhos percorreram o meu corpo, meu rosto corou por conta da exposição. Tapei meu sexo com as duas mãos, o que fez Mickey ergue uma sobrancelha e sorrir para mim.
- O que você está escondendo? Tenho o mesmo que você. – ele levou a mão para abrir o zíper do seu jeans molhado, mas agarrei sua mão antes que ele o fizesse. – Tem algo em você. Por dentro dessa casca de moço santo.
- Não sou santo! – retruquei.
- Não. – ele beijou meu pescoço e mordeu o nódulo da minha orelha. Mickey me empurrou contra a parede, suas mãos agarram minha cintura e ele me erguei, colocando minhas pernas em torno dele. Minha ereção ficou pressionada contra seu tronco. A sua língua invadia minha boca com ansiedade, seus dedos afundados na carne das minhas nádegas. Gemi contra sua boca, meu corpo tremia sob o seu toque. Mickey flexionava a pélvis na minha direção. Ele iria me enlouquece se continuasse. E dentro de mim, eu queria que ele continuasse. O ritmo do nosso beijo diminuiu, até que ele se afastou, me mantendo erguido contra a parede. - Tem fogo nos seus olhos. Vi isso quando te encontrei naquela lanchonete.
- Você quer tomar banho? – perguntei, com a cabeça enevoada com o beijo.
- E tentador o convite, mas preciso fazer uma ligação. – ele se afastou. – Tem roupas limpas para você aqui fora.
- Obrigado. – respondi frustrado.
Ele ignorou meu agradecimento e saiu do banheiro.


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