Minha mente ainda tentava processar o que estava acontecendo, quando Mickey entrou no quarto, vencendo a distancia entre nos. Com receio, ele abriu os braços e me envolveu. Eu não retribuir. Não movi um musculo enquanto ele me apertava contra o seu corpo. Minha mente mandava empurra-lo para longe de mim, mas não demonstrei nenhuma reação a ele. Depois de alguns segundos ele se afastou e olhou na direção de Jasper que ainda estava no quarto.
— Podemos conversa em outro lugar? – perguntou Mickey.
— Não. – respondi, sem pensar duas vezes.
Meu coração estava acelerado com a presença de Mickey, minhas mãos suavam frias. Mas não permitira que ele notasse o meu nervosismo.
— Por quê? – ele tentou tocar meu braço, mas recuei um passo.
Cocei a cabeça, sorrindo da ironia daquilo tudo. Dog provavelmente sabia que o amigo estava em Tucson. Eu preciso ter uma conversa seria com ele.
— Da última vez que nos falamos, você disse que eu voltaria correndo para você.
— Isso e coisa do passado, príncipe. – ele piscou para mim. — Sabe que somos perfeitos juntos.
As palavras dele ainda eram frescas em minha memoria, para chama-las de "coisa do passado".
— Eu não chamaria o que tivemos de perfeito. – cruzei os braços. — Mas que ironia do destino, não? Parece que você teve vir correndo atrás de mim.
Mickey suspirou.
— Tudo bem, Mitchell. Você venceu. Agora podemos conversa em outro lugar?
Ele devia está em uma situação bem ruim para vir até Tucson. Da ultima vez que nos falávamos, Mickey estava se dando bem, trabalhando como modelo com a ajuda de George. Nem me lembrava de qual foi a ultima vez que ele me tratou com algum respeito.
Olhei para Jasper que nos observava curioso.
— Dez minutos e depois você da o fora. – passei por Mickey, trombando nossos ombros.
— Valeu, Jasper.
— Nos vemos por ai, Mickey. – Jasper acenou para Mickey.
— Nem ferrando. – gritei. — Ele vai embora hoje!
Seja lá o que for que Mickey veio procurar em Tucson, nossa conversa não seria nada boa, então ela não poderia ocorrer com o meu colega de quarto por perto, ou mesmo dentro do prédio.
As lembranças de Mick, que eu lutei tanto para manter em um lugar afastado do meu cérebro estavam ali, invadindo minha mente. Uma lufada de ar trouxe o aroma do seu perfume até a mim. Eu ainda me lembrava do seu cheiro, e de como eu gostava de senti-lo, enquanto estava envolvido em seus braços. Tentei buscas nessas lembranças os momentos de felicidade ao lado dele. Depois que nos separamos, eu comecei a duvidar se aquele sentimento era real, ou apenas meu coração se conformando com o Mickey tinha a me oferecer.
Mickey olhou ao redor, quando chegamos ao estacionamento, parecendo impressionado com campus. Eu não teria mais tempo para vasculhar minhas lembranças.
— Você veio para um lugar bacana príncipe. – Mickey comentou, se virando na minha direção. — Soube que você está dando para todos os caras do campus.
Ele ainda e o babaca que de um atrás!
— Isso não e da sua conta. – franzi o cenho.
— Logico que e! – ele deu uma risadinha. — Você ainda e meu, sempre vai ser, príncipe.
Mickey acreditava que eu era propriedade dele. Houve um tempo em que isso poderia parecer verdade, mas depois de todas as ofensas trocadas, eu não acredito que ele ainda pense que pode me manipular como antes.
Isso não vai funcionar.
— Você deveria parar com as drogas. Não estão te fazendo muito bem. – virei para retornar ao dormitório. — E não gaste mais o tempo ou dinheiro vindo atrás de mim. Você vai precisar dele para a reabilitação.
— Aonde você vai? – ele gritou.
— Voltar para o meu quarto.
— Mas ainda não conversamos. – ele correu até a mim e segurou meu braço.
— Conversamos o suficiente. Em menos de cinco minutos você provou que continua sendo o mesmo idiota de antes. – puxei o meu braço. — Essa merda não devia nem ter começado.
Mickey parecia irritado com o meu desinteresse nele. Seus olhos escuros se estreitaram na minha direção, enquanto ele se inclinava para falar comigo.
— Nos dois sabemos que te encontrei na pior, quando aquele mauricinho te traiu com a sua melhor amiga. Você só conseguiu supera-lo por minha causa. – Mickey me roubou um selinho.
— E olha para onde isso me levou. – o empurrei para colocar uma distancia segura entre nos dois. — Você não e meu salvador, Mick. Você apenas me arrastou para sua merda de vida. Pena que eu demorei muito tempo para perceber que você era encrenca.
— Eu te amo. – ele estendeu a mão até o meu rosto, acariciando a maça do meu rosto com o seu polegar.
— Vá embora, Mick. – afastei sua mão e retornei para o dormitório.
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Será Que é Amor?
Historia CortaDavid Mitchell e um garoto popular, adorado por todos e com um namorado perfeito. Mas em uma noite que deveria ser especial para David, ele se da conta de toda a falsidade que o rodeia, quando descobre que seu namorado está dormindo com sua melhor a...