Família

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Dudinha

Eu nunca imaginei que uma maçaneta fosse tão intimidadora até me deparar com a porta da casa dos meus pais no dia de hoje

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Eu nunca imaginei que uma maçaneta fosse tão intimidadora até me deparar com a porta da casa dos meus pais no dia de hoje.

O Nicolas está ao meu lado com o braço sobre os meus ombros, como se nada tivesse acontecido.

A calma e a sobriedade em pessoa, com uma evidente nota de bom humor.

- Escuta, como você pode estar tão de boa há poucos metros do autor do seu possível homicídio, crime este  qualificado devido aos requintes de crueldade e impossibilidade de defesa da vítima?

- Você fica bem sexy no modo advogada.

- Eu sei, mas a pergunta não é essa.

- Fazer amor com a mulher que eu amo não pode ser algo tão grave e eu sei me cuidar.

- Isso foi um bom discurso, apesar de conciso.

- Foi, não foi?

- Sim, mas isso não impede que o meu pai te mate ou que meus irmãos te torturem.- Ele sorri em resposta.

- Dudinha respira.

- Ah verdade, respeitar é bom. Nick eu.- Eu travo sem saber ao certo como me expressar.

- Eu sei, mas relaxa que você não chutou nenhum filhotinho na rua.

- É que é bem constrangedor saber que todo mundo da minha família sabe da minha virgindade, sendo que eu já tenho vergonhosos 22 anos.

- Em primeiro lugar a sua virgindade já foi superada e em segundo lugar não tem nada de vergonhoso no fato de você ter esperado, da mesma forma que não há nenhum pecado em você ter feito. É o seu corpo, é a sua liberdade de escolha.

- Lindo isso.- Eu digo acariciando seu rosto, observando aqueles olhos verdes cativantes.

- Eu espero que a minha irmã também ache isso.- Ele acaba pensando alto.

- Você falou isso para ela? Eu nem posso imaginar a cena.

- Imagina um hipopótamo dentro de uma vidraçaria. E respondendo a sua pergunta, sim eu disse, mas eu acho que ela parou de me ouvir na segunda palavra que eu pronunciei.

- Tímida do jeito que ela é com toda certeza ela deve ter ficado em estado de choque.

- Pois é, mas isso é outro assunto e eu acho que está na hora de encararmos a fera.

- Eu vou ter que contar para a minha mãe.

- O segredo é seu, não meu Dudinha. Sinta-se à vontade.

- Vamos então? - Ele sinaliza que sim, beijando meus lábios delicamente.

Eu finalmente abro a porta da entrada  e minha mãe vem correndo e sorrindo em minha direção, com um bolo de chocolate na mão.

Princesa é o Caralho!Onde histórias criam vida. Descubra agora