Capítulo 10. Céu Tempestuoso

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"Não é fácil, na verdade nada é, e se for está errado.

A graça de viver é sempre aprender e crescer, e ver novos

Horizontes a cada dia, é fazer novos amigos e deixar que

Toda a escuridão fique de lado, e deixar o amor lhe fazer companhia."

— DeiseCristtina


                              Hanaki deu dois longos passos para trás, a alegria se dissipando do peito. Quem quer que ele fosse passava o medo que gostaria.

Mas o homem a sua frente tirou o rosto das sombras, e apagou o cigarro o jogando no chão, fazendo as gotas chiarem em contato com o fogo. 

— Kakashi-sensei me mandou aqui, sou o conselheiro dele. — Não Hokage, ela notou, um conselho do próprio Hokage que o trata como sensei, quem exatamente ele era para não se importar com títulos logo em Konoha? — Acredito que possamos conversar, isso está tudo bem para você?

Hanaki olhou uma segunda vez que pelo deuses, ela quis rir ao notar o que era aquela expressão do seu rosto, não era imposição de medo era puro e genuíno cansaço e olheiras sob seus olhos e ela sentiu pena do homem a sua frente.

Deveria ser a inebriante sensação do abraço, a felicidade ainda correndo como adrenalina pelo corpo como um gato fofo a fazendo querer sorrir e esquecer os malditos problemas, a fazendo sentir algo que geralmente não sentia, se quer conhecia o homem embora agora o olhando ele deveria ser o tipo de pessoa que participou da guerra, embora não houvesse um olhar triste e distância em seu rosto, apenas cansaço, só isso.

Hanaki aprumou o corpo, dispersando a sensação de alegria que tanto queria se apegar, jogando o gato para o lado e mandando que parece-se, ela ajeitou o bolo e os cookies em uma mão.

— Ele me disse para encontrar você. E então?

Nara Shikamaru parecia um homem calmo, e ela não gostava disso, não gostava de não saber qual próximo a outra pessoa daria, não gostava de não poder ler a situação e prever o que se desenrolaria depois, era fácil em uma luta, você apanha e morre, ou bate e sai vivo. Mas ali parado, a olhando era difícil calcular.

— E então ele tem um presente para você, eu acho, deu trabalho, — ele sorriu coçando os cabelos negros e falando mais baixo depois, parecendo encontrar as palavras dentro da cabeça como se o cansaço o quisesse tomar por completo. — Na verdade pode considerar um presente meu e de um porquinho rosa de coleira de perola maldito que logo vai virar churrasco!

"Ah"

Ela engasgou com sorriso sem felicidade, as mãos quase ficando frouxas, segurando o que diabos estavam nelas apenas porque a mente a dizia para fazer, porque parecia algo importante, mas na mente dela algo havia se quebrado com som tão forte, um estrando tão estrondoso que pareceu um trovão ecoando de longe e reverberando pela terra fazendo seu corpo querer tremer, mas não era medo. 

"Não ainda não"

Em algum lugar da mente, por cima do ressoar do trovão raivoso aquela voz gritava, um sopro de gelo em meio ao fogo, um pouco de terra meio ao caos do furacão de sua mente. Pés no chão, mente em equilíbrio, "o que precisa ser feito vai ser feito e ponto."

Shiakamaru a olhava, ela percebeu ao olhar para algum lugar de novo, ao olhar para fora de si, os olhos daquele homem eram calmos, como um lago quieto na superfície, nunca se sabia oque esperar ao fundo, ou quão fundo era.

A Filha Do Rokudaime HokageOnde histórias criam vida. Descubra agora