Capítulo 03 - Relíquias de um passado doloroso

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Nossos erros são a nossa principal "escola. Sem eles nunca seriamos quem somos hoje, E por mais doloroso que ele seja,Não podemos esquecê-lo.Temos que aprender com eles."
DeiseCristtina


                                     Ainda olhando para a porta fechada Hanaki alcançou a chave e abriu as algemas — que naquela manhã deixavam uma mão encostar na outra. — Com o corpo perfeitamente livre ela notou que a janela estava fechada, o vidro grosso a dizia que nem com uma kunai ela o quebraria e o corpo ainda doía o suficiente para saber que lutar também não era uma opção saudável. Conhecia seus limites.

Com o estômago minimamente cheio e com os ferimentos doendo ela abriu a porta, vestida com as roupas que lhe deram, junto com uma máscara negra que descia e sumia na camiseta preta, os cabelos eram a única coisa que destoava do preto no corpo inteiro.

Encarando a figura de braços cruzados encostado na parede ela fechou a porta atrás de si, porque sabia que não havia como sair por aquele quarto.

— Quem é você? — A pergunta era pontuada, e embora não houvesse armas em seu alcance, a mão fazia menção para pegar uma kunai que não estava li.

— Bem, — começou o homem andando enfiando as mãos nos bolsos. — Vou te levar para dar um passeio, o Hokage-sama me pediu.

— O quê? — Por debaixo da máscara a boca aberta em surpresa e uma sonbrecelha branca erguida. — Será que ele não ouviu quando disse que mataria ele e destruiria essa aldeia maldita?

— Oh sim, ele ouviu sim. — Parando ele a olhou por cima do ombro. — Mas ele quer que você veja a aldeia depois se decida o que quer fazer, mas eu adianto Hanaki, mesmo sendo filha do Hokage-sama não vou hesitar em te parar.

— Ou vocês me matam ou eu mato vocês, — o coração batia forte no peito, eles simplesmente não estavam levando aquilo a sério, estavam achando que eram ameaças infundadas.

— Vamos, Hanaki — o homem continuou caminhando calmamente e não havia nenhum sinal de medo naquele sorriso, mas ele parou quando notou que ela não se mexia. — Entenda, não estou desconsiderando suas ameaças Hanaki, já vi você lutando, — a garota abriu os olhos se pergunta qual dos dois anbus ele era. — Só queremos que você veja a vila, sei que você odeia o Hokage mas me deixe te mostrar uma parte de Konoha e depois não vou interferir em qualquer decisão que tomar. — Respirando fundo ainda com aquele meio sorriso no rosto voltou a andar. — Além do mais, tenho um amigo para te apresentar.

Hanaki queria agradecer em mil línguas pelo choro se conter dentro dela, não de alegria mas de raiva e saudade da mãe fizeram o estômago revirar. Quantas vezes tinha ouvido ela falar sobre Konoha? E que um dia queria muito que a filha pudesse visitá-la?

E só foi por conta das memórias que Hanaki se forçou a andar, não porque queria conhecer a vila, mas porque talvez em algum lugar ela se sentisse próxima da mãe, próxima do único lugar que Hanare chegou a chamar de lar.

E apenas para controlar as lágrimas e o bater frenético do coração que ela sentia na sola dos pés, se permitiu perguntar.

— Posso saber que amigo?

— Ah, vai descobrir logo, logo venha.

Soltando um sorriso sussurrado, o homem continuou andando pelos corredores do hospital, que com certeza era o maior hospital que ela já estivera, parecia não haver fim entre as salas, os corredores e os elevadores. Tudo muito bem limpo e organizado.

Quando finalmente a porta da frente se abriu, o sol aqueceu a pele, o céu completamente azul embora não estivesse um calor escaldante. As ruas cheias de pessoas, de crianças correndo tranquilas como se não houvesse nenhuma coisa mais importante no mundo que brincar.

A Filha Do Rokudaime HokageOnde histórias criam vida. Descubra agora