Um Jantar surpreendente

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"Senhorita Bardot?!" Ele encarou-a tão surpreso quanto.

"Vocês se conhecem?" Sávio disse surpreendentemente feliz com aquilo. "Bom,acho que já temos mais uma bela história pro jantar. Vamos entrar." Ele disse sorridente e foi puxando os outros pra dentro.

"Então a senhorita é a doce irmã que Sávio tanto fala? Que mundo pequeno." Tepes caminhou ao lado da Senhorita Bardot. 

"Contando que não tem muito tempo em que nos vimos acho sou capaz de achar que temos peças pregadas do destino." Ela respondeu e ele riu.

"E acreditas mesmo em destino?"

"E o que mais tornaria nosso reencontro tão distinto?!" Mesmo com aquele fim de tarde já beirando uma noite Vlad não pode deixar de notar o brilho verde dos olhos dela que parecia um lago cristalino,mas não pode aproveitar muito tempo tendo em vista ter que ir para o jantar. 

[...]

"Então,é um homem de negócios?!" O Senhor Helio encarou Vlad com interesse no assunto. "Que tipo de negócios?" O homem loiro e com a aparência mais velha degustou de seu licor sendo acompanhado apenas por Vlad e Sávio já que o irmão mais novo ainda não tinha o suficiente de idade para beber. 

"Bom,sou apreciador de belas artes." Ele sorriu simpático.

"E o que faz um apreciador de Belas Artes?" A Senhora Jaqueline indagou degustando seu chá.

"Bom,é o que chamamos de avaliador e conselheiro. Eu sou encarregado de avaliar detalhadamente a autenticidade de cada arte sejam livros,quadros ou até mesmo joias se for necessário." Ele respondeu de forma simples e objetiva. 

"Nós queríamos que nosso caçula seguisse algo de tal importância,mas ele está com essa loucura de se tornar um guerreiro. Diga a ele que é loucura." O mais novo ao ouvir aquilo de sua mãe revirou os olhos.

"Acho que devo dizer ao senhores que deixem-o seguir o que quer ser..." Ele continuaria se não tivesse sido interrompida pela empregada anunciando o jantar que já se via pronto. A família sorriu diante daquilo estavam verdadeiramente famintos.

Caminharam todos para a mesa de jantar e Vlad,como um divino cavalheiro,fez questão de estender os acentos as damas que agradeceram e se sentaram e ele foi logo depois,mas por ato e consequência parou diante de Rachel que encarou por alguns segundos mais logo desviou com notando-se percebida por ele que apenas sorriu minimamente. Mas os olhares se encontraram novamente vendo que ele não desistiu de encara-la. E ainda parecia a primeira vez quando ambos os olhos pousaram e se perderem em cores até a realidade sumir de seus pés.

"Senhor Tepes?!" A Senhora Jaqueline chamou sua atenção que encarou-a. "Como conheceu minha filha?" Aquela era uma pergunta que já esperava,mas não tão cedo quanto não queria. 

"Bom,nós... Meio que nos esbarramos graças a um livro de Shakespeare que ela lia,um livro raro e que me chamou atenção,além,é claro,da beleza da sua filha que é algo estonteante e inegável e que agora descubro de onde vem." Vlad sorriu em galanteios.

"Oh,muito cavalheiro de sua parte,mas acho que minha filha ganha no quesito beleza." A Senhora Bardot disse lisonjeada.  

Um minuto de silêncio se passou onde Vlad se encorajou a por uma garfada de comida na boca e o gosto era o mesmo. Nada. Como se não existisse uma gota de tempero na comida,mas era só a condição em que vivia. O único gosto real que era capaz de distinguir a paladar era sangue. Tudo que não saia de suas narinas naquele momento fatídico.

"Mas e o Senhor Tepes? Alguma pretendente em vista?!" O Senhor Bardot cortou o silêncio que se instalou a mesa.

"Ele é casado." O Intendente se apressou em responder tirando o espaço que era de Vlad.

Rachel encarou-o desconcertada tentando não demonstrar a decepção em ouvir aquilo,mas talvez não tenha dado muito certo já que a troca de olhares era nítida para quem quer que fosse.

"Bom,a verdade é que eu já fui casado..." Ele tentou explicar,mas foi interrompido pela curiosidade da Senhora Bardot.

"E não é mais?" A mais velha o encarou em curiosidade.

"Não. Sou viúvo." Todos menos Sávio surpreendeu-se. Principalmente Rachel que encarou-o em total espanto.

"Oh! Eu sinto muito! O que aconteceu?!" O Senhor Bardot foi curioso

"Papai!!!" Sávio o repreendeu.

"Tudo bem." Vlad sorriu de canto. "Bom,ela teve complicações na gravidez,o parto era de risco e... Bom,eles não sobreviveram." O sorriso de Vlad sumiu ao se recordar da verdade que o assombrava a todo custo.

"Sinto muito." Ele disse por fim e novamente o silêncio desconfortável se instalou mesa. Cada um com seus pensamentos e loucuras,mas todos avaliavam Vlad Tepes.

"Tudo bem,já faz um tempo." Ele sorriu fraco.

"Mudando de assunto eu chamei vocês aqui porque Vlad,assim como nós,foi convidado para a festa no palácio e como eu sei que Rachel está sem par,por conta de seu noivo viajante,eu acho que Vlad poderia acompanha-lá." Sávio encarou diretamente os pais.

"Ah claro!! Seria ótimo!!" O Senhor Bardot se animou. "Você gostaria minha filha?" Não o Senhor Bardot não era tão radical quanto a maioria. Existiam aqueles momentos raros que ele chegava a perguntar.

"Sim,eu aceito." Ela respondeu.

"Então está ótimo!! Vlad levara nossa filha ao baile." Senhor Bardot disse levantando a taça em cumprimento a Vlad que repetiu o ato e sorriu. 

"Não se eu puder impedir!"

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Hey Beautiful!! Eu vim me retratar pela demora,me desculpem!! Eu fiquei meio enrolada com algumas coisas e cheia de ideias na cabeça acabei demorando demais de novo! Mas pretendo atualizar com frequência novamente. Agradeço aqueles que foram o suficientemente pacientes para continuar lendo mesmo com a minha demora. Obrigada de coração!! Amo vocês!! Beijos.

O Amuleto de Sangue - Livro 1 Coletânea Van HelsingOnde histórias criam vida. Descubra agora