Eu acordei disposto, como nunca tinha acordado antes em toda a minha vida. Me levantei da cama com tanta rapidez e vontade de ir pra escola, que minha mãe achou estranho eu já estar na cozinha as seis da manhã.-- Isso só pode ser um milagre! -- disse minha mãe espantada quando eu cheguei dando bom dia.
-- Não começa mãe, hoje acordei de bom humor.
-- Isso não tem nada haver com a pessoa que vimos na farmácia, sr. Nickolas? -- dona Lene sabia muito bem como interrogar alguém, e eu sabia que não poderia mentir pra ela, então dei um leve sorriso, confirmando o que ela já sabia. -- Eu imaginei que fosse!
-- Já sabia o quê, amor? -- meu pai entra na cozinha bem nessa hora, meu coração deu um salto e parou na minha garganta, por sorte não mencionamos o nome do Renato, e tanto a minha mãe, quanto eu, tentamos disfarçar.
-- Eu já sabia que o Nickolas passaria de ano amor!
-- Isso sem dúvida, e... que milagre é esse de você já esta de pé Nick?
"Outro com essa historinha de milagre..."
-- Aff pai, você com essa piadinha não! -- meu pai ri bem alto.
-- Tá tudo bem meu filho, e aí... me conta as novidades.
-- Ah pai, nada demais, sempre a mesma coisa, escola e casa, casa e escola.
-- Rotina tediosa!
Meu pai faz um burburinho engraçado com a boca e se senta a mesa.
-- Amor, hoje eu vou levar o Gui em uma partida de tênis, ele me disse que já foi dispensado da escola, por causa das excelentes notas que teve.
"Se realmente meus pais soubessem o que o filho caçula deles fazia na escola, eles não o mimariam tanto assim"
-- Sem problemas Junior! -- disse minha mãe, enquanto prepara café preto.
Estávamos em frente a um outro banquete fenomenal, desta vez havia iogurte natural e de morango, pedaços de melão e manga, bolo formigueiro, pão italiano e sírio, e frios como queijo prato, presunto e peito de peru. Minha família tinha hábito de não falar muito enquanto se alimentava, assim que terminei, subi para o meu quarto e me arrumei pra ir a escola, como de praxe, encontrei o Guilherme no corredor de novo, porém ele me cumprimentou normal (estranho) e desceu para a cozinha.
Minha mãe me levou novamente ao colégio, conversamos novamente sobre a vida, e eu disse que não queria fazer faculdade o ano que vem, ela ficou um pouco nervosa, mas expliquei que queria intencionar em cursos de línguas, já que eu gosto dos idiomas estrangeiros.
Assim que chegamos ao colégio, me despedi da minha mãe e fui procurar pelo Renato, e lá estava ele, falando com a Aretha, que estava nervosa e a ponto de entrar em prantos, esperei ela sair para me aproximar e perguntar o que houve.
-- Bom dia Renato. -- disse meio sem jeito. -- O que aconteceu?
-- Bom dia lindo. -- ele me chamou de lindo? -- Eu terminei com a Aretha e ela não aceitou muito bem.
Eu sinceramente estava muito feliz por dentro, mas ainda sim senti uma certa pena da Aretha. Renato e eu ficamos conversando até o sinal bater, ele me abraçou e deu um beijo discreto na minha bochecha e disse bem baixinho no meu ouvido.
-- Sexta-feira, no cinevale, as 18:30.
Fiquei vermelho na hora, confirmei com a cabeça e ele sorriu, fiquei a aula inteira viajando que nem um pangua.
O dia foi bem rápido pro meu gosto, o Renato não pode ficar no colégio após ao meio dia, mas mesmo assim, o resto do tempo da escola não foi chato.
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Nick!
Teen FictionAtenção!!! Este livro contêm vocabulário pesado (palavriados). Leitura indicada para maiores de 16 anos... _________ _________ _________ Nickolas é um adolescente quase adulto cheio de sonhos e possui uma vida e família muito atualizada. Garoto...