VII- We found love in a hopeless place

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A R I A N A

Aquela foto, até hoje anda me atormentando. Eu sinto que já vi a tal Chelsea em algum lugar, eu só não sei qual. A garotinha desconhecida, resolveu dar uma trégua, pelo visto. Vovó me pediu para ir ao mercado, na rua de cima, para comprar os ingredientes para que ela possa fazer sua famosa lasanha, que conquista qualquer um (palavras dela). Richie está ao meu lado dizendo como a festa de ontem foi incrível, enquanto eu e Justin brincamos de não pisar nas pequenas pedrinhas que estão espalhadas pela rua. Chegamos no mercado, e Richie foi atrás do presunto, enquanto eu fui atrás das azeitonas. Fomos pagar, e assim que saímos, eu acabei esbarrando em um garoto que estava entrando. "Ei!" Resmunguei.

"Perdão, não foi por querer", ele se desculpou, sentindo-se culpado.

"Sem problemas" o acalmei. "Sou a Ariana" estendi minha mão.

"Harry", disse apertando a mesma. Nos encaramos por alguns minutos, quando ele soltou sua mão da minha, sorrindo levemente. "Eu preciso ir. Nos vemos por aí"

"Sem sombra de dúvidas" respondi o fazendo rir.

Ao olhar fuminante de Justin, o garoto se perdeu no meio do mercado. Richie já estava um pouco à frente de nós, e eu precisei gritar para que ela me esperasse. O fantasma emburrado ao meu lado, não havia dito uma palavrinha sequer. Oque eu achei estranho, já que ele nunca fica calado por tanto tempo, sempre tem algo para falar, ou uma piada sem graça para contar. Mas eu não disse nada, se ele não quer conversar, sem problemas.
Chegamos em casa, e vovó não exitou em pegar as sacolas rapidamente das nossas mãos, e correr para a cozinha. Tio Frank chegou logo em seguida, afirmando estar com fome, enquanto vovó o mandava ir pastar. Max desceu correndo as escadas e passou direto por nós sem dizer muita coisa, mas pela quantidade exagerada de perfume que ele passou, ou acabou a àgua e ele estava fedendo, ou ele iria encontrar alguma garota. Eu sou mais a primeira opção.

Mamãe também desceu, com um sorisso bobo enquanto falava ao telefone. Todo mundo nessa casa resolveu namorar?

Subi para o quarto, e aproveitei para observar os vizinhos. Eu não os vi saindo de casa, depois que aquela mulher não carinhosamente me expulsou da casa dela. Ok, eu estava errada em sair andando pelos corredores da casa alheia como se fosse minha. Mas não sabia que ela ficaria tão zangada. Acho que talvez, Justin esteja certo; eles são estranhos. Talvez, eles tenham algo a ver com a garotinha que estava me assustando. Talvez não. Estou ficando paranóica.

"Olha só quem está espionando os vizinhos" a voz de Justin me fez virar para trás rapidamente.

"Não estou espionando ninguém", menti. "Onde estava?"

"Espionando os vizinhos" deu de ombros.

"Tá legal, oque você está escondendo? Não é possível que você ache que eles são estranhos, apenas por não ir com a cara deles." Ao ver a expressão dele mudar, tive certeza de que ele estava mentindo pra mim.

"Não é nada. Eu apenas não gostei deles." Tentou desastrosamente me enganar.

Resolvi deixar o assunto de lado, por enquanto. Eu não estava a fim de discutir, e pelo visto, ele também não. Ficamos um bom tempo, parados na janela encarando a casa, como se ela fosse sair andando, ou algo do tipo.

"Vem cá, qual é a daquele garoto que ficou te encarando, mais cedo?" Justin quebrou o silêncio.

"Nada. Eu acho" dei de ombros.

"Não gostei dele. E se eu não gostei, você também não pode gostar", cruzou os braços. Ele estava com ciúmes de mim?

"Ciúmes?" Perguntei.

The Soul || Jariana || HIATUS  ||Onde histórias criam vida. Descubra agora