XVIII - Sorry

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A R I A N A

Abro meus olhos, fazendo careta tentando me acostumar com a claridade. Meus braços doem devido á força que a corda está amarrada em volta deles, e minha cabeça está prestes á explodir. Estou presa de frente para Justin, que neste momento se encontra desacordado. Quando eu colocar minhas mãos naquela louca, vou arrancar suas unhas uma por uma só para ter o prazer de vê-la gritar de dor. Minha mãe daria um tapa na minha cabeça se conseguisse ler meus pensamentos numa hora dessas. Ela odeia violência e... MINHA MÃE! Já deve fazer horas que estou presa aqui, se brincar, dias. Eu costumo dormir bastante. Como será que ela está? E o Max?

Justin abre os olhos lentamente, fazendo uma careta de dor enquanto balança o pescoço pra direita e para a esquerda. Me pergunto onde sua irmã está, que até agora não apareceu e, que disse que estava o protegendo. Observo todos os seus movimentos com atenção, até seus olhos irem de encontro com o meu. Eu queria desviar o olhar, mas não consegui. Ficamos nos encarando por alguns minutos, até ouvirmos passos. De um homem. Robert?

"Olha quem acordou" encaro o dono da voz surpresa. Peter.

"Você?" rio sem humor. "Claro que é você" Justin franziu o cenho, provavelmente perguntando de onde nós nos conheçemos.

"Ex-namorado da minha mãe" mexo os lábios na esperança de que ele consiga entender. O mesmo concorda com a cabeça, indicando que entendeu.

"Sua cabeça ainda dói?" diz com desdém. "Claro que dói. Só não te matei, por que Margaret precisa de você viva" diz mais para si mesmo, do que para mim. Mas não perco a chance de provocá-lo.

"Ah, quer dizer então que você é um pau mandado?" recebo um tapa no rosto, logo após fechar a boca.

Eu adoraria saber onde Rachel está. Se ela estiver em casa fazendo absolutamente nada, apenas esperando a hora que eu vou voltar, juro que peço que Peter me solte apenas para arrancar seus cabelos. Espero do fundo do coração que ela esteja bolando alguma coisa, ou que esteja pelo menos procurando a vovó para que as duas me ajudem.

Peter não disse mais nada depois do tapa, apenas riu e saiu do velho cômodo. Justin e eu não trocamos nenhuma palavra. Eu sei que devo pedir desculpas, mas qual é! Eu estava apenas ajudando-o, fazendo o máximo possível para evitar a situação em que nos encontramos agora; brigados. Se eu soubesse que não adiantaria nada, eu teria contado no dia em que eu fiquei sabendo.

Não posso esperá-las aparecerem e salvarem o dia. Vovó já é idosa, e por mais em forma que ela esteja, não pode fazer tanto esforço. Richie é bem lerda, e se depender dela, as duas acabarão do mesmo jeito que eu e Justin nos encontramos agora. Mil perguntas estão rondando a minha cabeça agora, e uma delas é como conseguiram prender meu namorado, e machucá-lo da maneira que o machucaram.

"Ainda somos namorados?" quebro o silêncio atraindo sua atenção. Ele ri sem humor, antes de me responder:

"Sério que quer discutir isso agora?" Seu tom de voz é frio, e se eu pudesse daria diversos tapas em seu braço agora mesmo sabendo que ele não sentiria nada, e pediria que ele parasse de drama. Maldito orgulho que não me deixa pedir perdão.

"Quero. Nós não teremos outra hora pra discutir"

"Eu tenho a vida inteira", ele ri sem humor novamente.

"Quer parar?" bufo. "Foi pra evitar isso tudo que eu não disse nada. Você ficaria mal, e me trataria mal. Nós iriamos brigar, e eu não queria que isso acontecesse" ele não diz nada, então eu continuo. "Qual é, Justin! Você teria feito o mesmo por mim"

"Não, não teria. Você tem a porra de uma família e de uma vida perfeita. Isso não aconteceria."

"Família perfeita? Meu pai nos abandonou, desde então eu só troco duas palavras por dia com a minha mãe. Sabe quantos amigos eu tenho? Um. Não posso desaparecer e re-aparecer quando eu quiser. É apenas uma máscara, Justin."

"Bom, pelo menos você conversa com a sua mãe."

"Ok, a sua vida é uma merda. É isso que você queria ouvir? Você é um puta azarado que não é amado por ninguém. Nem pela garota que te pediu em namoro, e que veio até aqui para tentar salvar você."

"Não pedi para ser salvo." ele susurra, mas consigo ouvir. Ele está sendo ridículo.

"Oque deu em você?"

"Isso é culpa sua! Eu odeio você." O encaro confusa.

Antes que eu pudesse dizer algo, Margaret aparece com um sorriso vitorioso no rosto, indo em direção ao meu namorado soltando-o. Fecho os olhos e balanço a cabeça, encontrando Justin de olhos fechados, amarrado no mesmo lugar de antes. Olho em volta, estamos sozinhos. Mas oque?!

"Ari, tá tudo bem?" Justin me encara confuso.

"Me desculpa. Eu devia ter te contado, mas é que eu fiquei com medo de..."

"Ei" ele me corta. "Tá tudo bem. Me desculpa por ter falado com você daquele jeito"

"Ainda somos namorados?" sorrio.

"Ainda somos namorados" ele afirma.

...

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