The boy I used to know

Capítulo 51

Capítulo 51

Mary’s POV

Acordei com o som dos relâmpagos e olhei para o Liam que continuava a dormir pacificamente. Não está a chover, apenas a trovejar. Nunca gostei de trovoada. Tentei sair da cama mas o braço forte do Liam puxou-me para perto dele. Encostei a minha cabeça ao peito dele e escutei o seu batimento cardíaco. Estar aqui ao pé dele faz-me sentir em segurança.

- Bom-dia, meu amor, - Liam disse ao acordar e deu-me um beijo na testa. – Dormiste bem?

- Sinceramente, nem por isso. Por mais que não acredite no que aquela senhora da tenda me disse, não consigo deixar de pensar no que ela quis dizer, - Disse e ele massajou a minha bochecha ligeiramente com a mão. - Liam, tu nunca me abandonarias, pois não?

- Claro que não, princesa, - Ele disse e sentou-se. Sentei-me ao lado dele e olhei para os olhos dele. Tenho este hábito de olhar para os olhos das pessoas para ver se estão a ser sinceras. Se calhar devia ver menos filmes. –Eu nunca te vou abandonar. Tu és e serás sempre a minha princesa encantada.

- És um querido, Liam, e eu amo-te muito, -Disse e dei-lhe um beijo na bochecha. –Nunca te esqueças disso.

Levantei-me mas ele agarrou na minha mão rapidamente, - Já te vais levantar?

- Sim, vou tomar banho e vou falar com a Jane, - Disse e ele largou a minha mão.

Abri o armário e escolhi umas calças de ganga e uma camisa sem mangas azul-turquesa. Agarrei nas minhas Converse brancas e fui até à casa de banho. Um banho quente vai fazer-me bem, pode ser que me faça esquecer tudo o que me tirou o sono hoje à noite.

* * *

Jane’s POV

- Onde vais tão cedo? – Harry perguntou enquanto caminhava lentamente em direção ao sofá.

- A Mary quer falar comigo, por isso vamos tomar o pequeno-almoço ao café do outro lado da rua, - Disse enquanto calçava os meus sapatos. – Ficas bem sozinho ou é preciso chamar um dos rapazes? – Perguntei a brincar e ele puxou-me para ao pé dele no sofá.

- A única babysitter que eu quero és tu, -Harry disse e deu-me um beijo. - Supostamente vieste em tour comigo para passarmos mais tempo juntos, mas isso não está a acontecer.

- Hazza, eu prometo que passo o resto do dia todo contigo, ok? – Disse e ele acenou com a cabeça.

Dei-lhe um beijo apaixonado e saí do quarto. A Mary estava encostada à parede do outro lado com uma expressão preocupada na sua face.

- Demorei muito? – Perguntei e ela sorriu.

- Não, - Mary respondeu. – Estou aqui há pouco tempo.

Carreguei no botão do elevador e as portas abriram-se. Entrámos as duas e eu carreguei novamente no botão, desta vez para nos levar até ao piso 0. Ela manteve-se em silêncio durante todo o caminho até ao café, deixando-me preocupada. A Mary costuma ser a pessoa que está sempre a falar e não o contrário.

- No que estás a pensar? – Perguntei-lhe finalmente quando já estávamos no café.

- Não sei bem, mas acordei com este pressentimento que algo horrível vai acontecer hoje.

- Ainda estás a pensar naquilo que a vidente te disse? – Perguntei espantada e ela acenou com a cabeça. – Pensava que não acreditavas nela.

- E não, - Mary disse. – Não sei no que acreditar, ok?

- Estás mesmo mal, então, - Disse e ela sorriu.

- Sim, pode-se dizer que não estou num dos meus melhores dias hoje.