Objeções Eventuais à Monarquia

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Objeções eventuais à Monarquia, retirado do próprio site da casa Imperial e Real Brasileira.

(Extraídas do livro "O que é Monarquia", do Prof. Rogério da Silva Tjäder)

- Se a Monarquia é a melhor forma de governo, por que a maioria das nações prefere o sistema republicano?
RE: A inovação da liberal-democracia no século XIX despertou o desejo de uma novidade. Aliás, como já citava o Papa São Pio X, "o amor das novidades basta, por si só, para explicar toda sorte de erros". Mas à medida que se constatam as falhas do regime adaptado, as nações mais perspicazes retornam à sua antiga forma de governo e com grande vantagem.

- A República não luta pela melhoria de condições sociais?
RE: Sim, mas as dificuldades são maiores pela politicagem e pela corrupção que gira em torno das verbas destinadas às obras públicas, sem a supervisão do Estado.

- E se o monarca ligar-se a um partido político que lhe seja mais simpático ou bajulador?
RE: O monarca não pode ligar-se a partido político nem a grupos sectários, pois eles representam uma parcela da sociedade e o soberano o é de toda a nação.

- Se a Monarquia for restaurada, voltarão ao cenário político os marqueses, condes, barões?
RE: Os títulos de nobreza são concedidos aos cidadãos do país que, por seus méritos em prol da pátria, logrem merecê-los. A República também assim o faz, e por isto encontramos Cavaleiros de uma determinada Ordem ou Comendadores de alguma Legião de Honra. Desta forma, é provável que os títulos nobiliárquicos retornem à atividade.

- Mas estes nobres não irão onerar o erário público?
RE: Por si só, os títulos de nobreza não mantêm qualquer vínculo com privilégios político-administrativos, muito menos com privilégios financeiros. Em nada onerará o sistema.

- E se algum súdito receber um título de nobreza por serviços prestados à nação e depois desmandar-se dos deveres básicos para com a dignidade pública?
RE: Numa Monarquia dos tempos atuais, a nobreza é aberta para tantos quantos façam jus a ela. Entretanto, a porta de entrada é a mesma de saída. Se o caso em questão vier a ocorrer, o que é improvável, a cassação de título será inevitável.

- E o princípio de igualdade entre os homens, como fica numa Monarquia? O monarca não é superior?
RE: Todos os homens são essencialmente iguais como membros da sua espécie, mas moral e funcionalmente diferentes em suas atitudes. Apenas é a função de monarca o que torna tal homem diferente. Não como ser humano posto que é igual aos demais, mas como Chefe de Estado, intrínseco da nação. Assim, o cargo, bem como suas atitudes funcionais, são os fatores que diferenciam o monarca dos demais homens e não apenas sua pessoa.

- Não é preferível uma forma de governo que ofereça igualdade de direito a tantos quantos ambicionam exercer o poder?
RE: De um modo geral, teoriza-se o exercício do poder nas mãos das pessoas mais capacitadas para exercê-lo. Do momento em que se proclame o mito da igualdade, imagina-se um nivelamento que permita a ascensão ao poder a todos os componentes da sociedade e, portanto, a maioria, composta, predominantemente, por indivíduos de médio e baixo nível. Tais indivíduos (a maioria) idealizam que, exercendo-se a prática da igualdade a eles, seria outorgado o direito de atingirem a minoria e, assim, o exercício do poder, inerência desta classe. Tal desastrada teoria agradou a maioria e numa política de prevalência do número de votantes, a utopia triunfou tornando-se norma. Tal princípio, que torna cada eleitor um Chefe de Estado em potencial, não poderia aceitar a Monarquia, virtual barreira a tão absurdas pretensões. Como numa sociedade igualitária quantidade vale mais que qualidade, tal idéia prevaleceu. Há sempre tempo de se rever um erro reconhecido. Uma sandice proclamada pela maioria nem por isto deixa de ser sandice.

- Por que, ao morrer um monarca, cabe a seu filho mais velho a herança da coroa? Não poderia ser outro filho que assim o desejasse, ou que para tal oferecesse melhores condições?
RE: Já ficou demonstrado que a luta pela disputa do poder foi, durante toda a História, a causa fundamental das lutas e dissenções internas e, até mesmo, externamente. A mais longa das guerras que enfrentou a Humanidade em todos os tempos teve como causa uma querela sobre hereditariedade do trono. Foi para que tantas desgraças onerosas em todos os sentidos não se repetissem que, racional e naturalmente, assentou-se o direito de primogenitura masculina na linha sucessória, a fim de que o príncipe, mesmo criança, não visse seus direitos ameaçados. É tácito, axiomático, diríamos até dogmático.

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