(Texto desenvolvido por mim no debate aberto do whatsapp - grupo monárquico)
Tema da discussão:
- Intervenção Militar e Monarquia
- Guerra Cultural
- Hegemonia Cultural da EsquerdaExistem alguns monarquistas intervencionistas. Minha opinião é similar ao do professor de história Alexandre Seltz: "Não poderia existir algo mais incoerente do que alguém apoiar uma intervenção militar."
Vejamos:
- Uma intervenção militar é feita com vontade popular. Isso implica que o povo pode acionar as forças armadas para tomar o poder.PORÉM
Quem garante que o restante dos países viria a reconhecer a legitimidade do nosso novo governo? Para que uma intervenção militar seja possível, o povo, a mídia, os intelectuais e demais deveriam pedir por isso. As chances disso acontecerem são ainda mais baixas que se pedirmos diretamente uma monarquia. É bem mais fácil pedir diretamente pela volta da Monarquia do que por Intervenção Militar.
Até porque ninguém apoiaria a volta dos militares. As únicas pessoas que apoiam isso são as que querem uma solução imediata para o Brasil. Se você apoia isso, você caiu no truque do imediatismo.
Alguns responderiam:
- Apoiar a tomada das forças armadas seria melhor, pois assim, as forças armadas poderiam chutar o congresso de lá de uma vez só.Eu respondo:
- E quem garante que as forças armadas vão dar lugar à monarquia? Por que eu deveria apoiar isso se a própria Casa Imperial clama por uma ascensão democrática (um pedido de D. Pedro II)A República se originou de um golpe de Estado e seria idiotisse um Império retornar a partir de outro golpe. Pessoas seriam contra esse golpe e manifestarem seu repúdio ao governo sucessor. Os outros países não reconheceriam a legitimidade do novo sistema de governo.
Mas aí entra um argumento:
- Não seria um golpe, e sim uma intervenção - pois haveria vontade popular na ação do exércitoMinha resposta para esse argumento é simples:
- Se iremos conscientizar uma massa para apoiar uma causa, por que carambas essa conscientização não poderia partir da premissa democrática de plebiscito? Afinal, se temos uma elite manifestando sua vontade popular em verdadeiramente mudar nosso sistema de governo, não seria necessária uma intervenção das forças armadas.Só que aí entra outro argumento:
- O Estado está aparelhado e seria impossível mudar de sistema de governo democraticamente.Eu responderia:
- Ok. Se nossa constituição diz que todo poder emana do povo, então alguém irá ouvir nosso apelo. E digo mais. As forças armadas querem uma intervenção? As forças armadas apoiam a causa monárquica? São casos a se pensar. Jogar o poder nas mãos das forças armadas que não fizeram absolutamente nada diante de tanto barulho que o povo fez não me parece sensato.O próprio general do exército achincalha os demais intervencionistas e os bobos continuam idolatrando militares. Pessoas que pedem intervenção militar não entendem a tamanha perda de direitos civis e principalmente a involução econômica que traria a nosso país. Não significa que esta República seja um progresso, mas se for pra pedir mudança, que seja MONARQUIA de uma vez.
A única maneira de se instaurar a monarquia é com uma sociedade massivamente conservadora e, através de uma guerra cultural, acabar com o pensamento revolucionário de esquerda ainda remanescente na mentalidade acadêmica brasileira. Com o fim da desinformação se começa a informação. Um plebiscito cujo vontade do povo seja feita e um novo sistema de governo em vigor.
Veja bem você brasileiro SABE que poucos conhecem a causa monárquica, e quem conhece duvida profundamente de que seja possível essa restauração. Como eu disse, a solução é a guerra cultural. Não lutar por isso é se submeter ao mal.
A esquerda nos ensinou que mudanças ocorrem nas universidades. As massas adotam aquilo que lhes é ensinada. Então usemos esse mecanismo em prol da verdade. Pessoas se conscientizando e disseminando a causa. A verdadeira ascensão da mente conservadora e pensante - diferente do resquício esquerdista que temos na mentalidade acadêmica.
Em seis meses de estudo sério e profundo, qualquer pessoa intelectualmente honesta e compromissada com a verdade se tornaria monarquista. Em cerca de dez anos teríamos uma massa elitizada defendendo a causa, e em vinte anos teríamos uma população extremamente convicta de qual sistema de governo de fato funciona para o Brasil.
Claro, estou sendo otimista. O prazo de tempo parece curto. Devemos considerar que na guerra cultural temos a esquerda com sua potência e domínio completo nos meios de comunicação. Claro que em um cenário mais realístico, teríamos a esquerda tentando frear o avanço da ideia monarquista e barrando a ascensão conservadora nas universidades.
Talvez você, leitor, não viva o bastante para ver isso se tornando realidade. Talvez você viva. Talvez demore trinta anos, ou talvez sessenta anos. Mas uma coisa é certa: Não fazer nada equivale a não ocorrência de quaisquer mudanças.
Basta que você, leitor, dissemine este livro e abrace a causa com seu coração e mente racional. Não lute por Intervenção Militar. Lute contra a esquerda, seja a favor dos ideais de liberdade, honra e respeito. Uma mente conservadora é compromissada com a verdade, e desmitificar as falácias esquerdistas é fundamental pra difundir a mesma.
Ave Glória!
Ave Império!
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O que é Monarquia?
Non-FictionEsta obra reúne uma série de debates e escritos em prol da causa monárquica. Aqui inclui textos da própria casa Imperial e Real Brasileira, além de textos formulados com base em debates com monarquistas, professores e estudantes da causa. Conhecer a...