A história de Luke Castellan

Objativo do dia

Estávamos pensando em um planejamento pra o dia de hoje.
-Thalia, você não está com fome?
-Ah, pra ser sincera, estou.-disse ela pressionando a barriga com os braços cruzados.
      -Então, vamos tomar um bom café da manhã em algum lugar, e planejar nosso dia lá mesmo.
      -Não tenho mais nenhum dinheiro...
      -Tudo bem, Thalia, consegui vinte reais ontem.
      -Onde conseguiu? -surpresa.
      -Achei na rua.
      -Então o que estamos esperando? -saiu correndo, animada- Vem logo Luke!
      Fui correndo atrás dela. Podia entender a animação dela, não comíamos nada já havia alguns dias. 
      Quando chegamos no restaurante de café da manhã, Thalia e eu pedimos panquecas e ovos, e somos nos sentar em uma mesa pra esperar o pedido.
      -Nossa, nem acredito que finalmente vamos poder comer algo.
      Enquanto Thalia falava animada, algumas faíscas saltavam de seu cabelo negro, e mesmo que, assim como eu, ela estivesse suja, sua roupa toda rasgada, seu cabelo bagunçado e ela parecesse uma mendiga, eu ainda achava que ela estava linda, principalmente com toda aquela alegria; quando ela ria, era como se o riso dela estivesse carregado de eletricidade, vivia enchendo o saco dela por causa disso.
O garçom finalmente chegou com nossos pedidos, e ambos atacamos a comida. Depois de comer, eu e Thalia nos sentíamos satisfeitos. E voltamos ao assunto do planejamento do dia.
-Então Luke, vamos começar falando do que estamos precisando mais urgentemente para podermos arranjar hoje.
-Ok. Deixa eu pensar -haviam tantas coisas que precisávamos, eu tinha que achar quais eram as principais- que tal dinheiro? Semideuses já são frequentemente perseguidos devido à mal entendidos causados pela névoa, se tivermos que roubar pra sobreviver vão colocar aqueles panfletos de "procurados vivos ou mortos, de preferência mortos" pra caçar a gente.
-Tem razão -ela fez uma cara séria e pensativa- mas como podemos arranjar dinheiro?
-Ah, sei lá, trabalhando?
-Talvez desse certo, mas só conseguiríamos trabalhar às vezes, tipo, você sabe né, somos semideuses. E esses trabalhos dão pouco dinheiro, além do fato de que nós estamos detonados, parecemos mendigos, e aparecemos nos jornais como baderneiros ou criminosos mais que uma vez.
-Bom, a culpa não é minha se tem um monstro querendo nos matar e aprece um policial dizendo que eu estava agindo contra uma criancinha inocente e indefesa, e cara, a gente ainda tava perdendo. A névoa é boa pelo fato de que ela faz com que nossas armas pareçam algo tipo um sabre de luz de brinquedo ou sei lá, mas ela mais nos mete em encrenca do que ajuda.
-Verdade. Mas é a nossa realidade, então não temos escolha.
-Mas então -olhei pra ela com um sorriso, na esperança de anima-la- acho que nosso objetivo de hoje é ganhar dinheiro.