Não tinha aula hoje, então decidi ir à biblioteca. Era como se fosse minha segunda casa; o aroma dos livros empoeirados e o silêncio acolhedor sempre me faziam sentir bem. Enquanto caminhava, passei pelos corredores repletos de estantes altas e iluminadas, cercadas por um brilho suave que filtrava pela janela. Chegando à seção de biologia, peguei um livro grosso e denso, tentando me concentrar, mas a imagem do misterioso garoto não saía da minha mente.
Sentei-me em uma mesa isolada, tentando absorver as palavras no papel, mas a imagem dele, com aqueles olhos azuis penetrantes, insistia em interromper meu raciocínio. Mordi o lábio inferior, forçando-me a me focar, mas a mente vagava.
De repente, uma mão suave passou pelo meu cabelo. Virei-me rapidamente, mas não havia ninguém ali. Meu coração disparou, e antes que pudesse processar o que havia acontecido, escutei o som de uma cadeira sendo puxada. Olhei para frente, e meu coração parecia querer saltar pela boca. Um formigamento começou em minhas pernas.
— Olá, Megan — ele disse, com um sorriso que iluminou o ambiente.
— Oi — respondi, tentando parecer tranquila, mas a minha voz saiu mais aguda do que eu esperava.
— Como você disse que era mesmo seu nome? — ele perguntou, com um olhar divertido que me fez sentir um misto de nervosismo e excitação.
— Eu não disse, mas mudando de assunto, como você está? — Tentei manter a conversa leve, mesmo que meu coração estivesse a mil.
— Bem, eu já te agradeci por ter salvado minha vida? — perguntei, tentando parecer despreocupada.
Ele soltou uma risadinha.
— Eu acho que não. Mas se você disse, eu não me lembro.
— Obrigada! — disse, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, sentindo-me um pouco envergonhada.
— Tudo bem — ele respondeu, sua expressão ainda divertida.
— Posso fazer uma pergunta? — falo, torcendo para que ele diga sim, já que estava realmente curiosa para saber quem ele era.
— Tecnicamente, você já está fazendo uma, mas eu deixo você fazer outra — ele disse, arqueando uma sobrancelha enquanto esperava minha pergunta.
— Quantos anos você tem? — perguntei, minha curiosidade crescendo. E a família de quem você é? Qual é seu nome?
Ele soltou uma risada de lado e respondeu, olhando diretamente nos meus olhos.
— Você faz muitas perguntas.
— Só te fiz três perguntas, e você não me respondeu nenhuma! — eu protestei, com uma leve frustração na voz.
— Vou escolher apenas uma das suas perguntas e responderei. Pode ser? — Ele parecia divertido com a situação.
— Tá, uma é melhor que nada. — Respondi, torcendo para que ele escolhesse uma que realmente quisesse saber.
— Meu nome é Eron — ele disse, com um sorriso que me fez sentir uma onda de alívio.
No fundo, eu sabia que ele escolheria a pergunta mais fácil. Estendi a mão e falei:
— Oi, Eron.
— Oi, Megan — ele completou, e logo começamos a rir, o que resultou em alguns olhares de desaprovação dos outros na biblioteca.
— Você vai à festa da família Stark? — perguntei, tentando mudar de assunto.
— Sim — ele respondeu com seriedade.
— Você conhece a família? — perguntei, tentando entender mais sobre ele.
— Não. — A resposta dele era direta e um pouco intrigante.
— Se você não conhece, o que vai fazer lá? — questionei, arqueando uma sobrancelha, e bufando de leve.
— É uma longa e chata história. — Ele balançou a cabeça, como se quisesse se livrar da conversa.
— Você pode me contar essa história qualquer dia, que tal? — Eu estava meio atordoada, ele estava me convidando para um encontro. Meu coração pulou.
— Tá! — respondi, tentando esconder a animação.
Ele então puxou a cadeira para mais perto de mim, e passei a sentir o calor da proximidade. Ele passou a mão nos meus cabelos, e a simples ação fez meu coração acelerar.
— Você vai dançar uma música comigo na festa? — ele perguntou, e um rubor tomou conta do meu rosto.
— Sim — respondi, mal conseguindo olhar em seus olhos, completamente envergonhada.
Então, ele sorriu e deu um beijo suave na minha bochecha, sussurrando um tchau.
— Tchau, Megan. — E, ao se afastar, senti meu coração disparar, como se eu estivesse flutuando nas nuvens.
Interrompendo meu devaneio, meu celular vibrou no bolso. Era uma mensagem de Irina:
"Megan, já está na hora de você vir se arrumar, está muito tarde."
Olhei ao redor e percebi que o tempo havia passado voando enquanto conversava com Eron. Rapidamente, peguei minhas coisas e fui para casa. Ao chegar, notei que Letícia e Irina já estavam prontas. A pressa tomou conta de mim, e Irina veio me ajudar a me arrumar.
Ficamos em frente ao espelho, e enquanto ela penteava meu cabelo, disse:
— Você está linda, Megan!
— Você acha mesmo? — perguntei, um pouco insegura.
— Lógico, você sempre foi bonita. — A confiança em sua voz me fez sentir melhor.
— Obrigada, Irina. Você sempre tão boa comigo. — Eu sorria, sentindo uma onda de gratidão.
Ela soltou uma risada suave.
— Você é como se fosse minha filha.
Nesse momento, papai entrou no quarto e exclamou:
— Nossa, vocês estão lindas mesmo!
— E eu, papai? — reclamou Letícia, entrando pela porta, com um olhar de indignação. — Todas estão lindas, mas estão atrasadas!
A energia na sala era animada e caótica, mas eu não conseguia deixar de pensar em Eron e no que a noite poderia trazer.
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Megan Stern A Prometida
RomanceCapa: todo crédito a @AnaBarbosaS Na vida sempre á dois caminhos opostos para escolhe cada escolha tudo pode mudar e quando você escolhe não pode voltar atrás. O mundo dar muitas voltas hoje você pode esta feliz mais amanhã pode estar morta, o mun...