capítulo 07

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O restaurante era um verdadeiro refúgio, decorado com luzes suaves e velas que tremeluziram em mesas de madeira escura. O cheiro de pratos sofisticados e ervas frescas pairava no ar, criando uma sensação acolhedora e íntima. Uma suave música de piano tocava ao fundo, com acordes melódicos que pareciam dançar no ar, entrelaçando-se com as risadas e conversas dos outros clientes. O ambiente era romântico, ideal para um casal apaixonado, mas eu e Jeson nem éramos amigos, e isso me deixava ainda mais ciente do quão improvável era qualquer tipo de romance entre nós.

Quando nos sentamos em um canto mais reservado, com uma vista para um pequeno jardim iluminado por lanternas, Jeson olhou para o cardápio. Logo, um garçom se aproximou, sorridente

— Já decidiram o que vocês querem? — pergunta educadamente o garçom.

Jeson logo toma a frente e fala:

— Ela vai querer uma sopa de camarão, e pra mim traga um vinho daquele red.

— Está bem, senhor.

E o garçom sai. Os vampiros tinham alguns restaurantes que eram sócios, então toda vez que chegava um vampiro, era outro que trabalhava no restaurante que ia atendê-lo. Quando eles pedem vinho red, pode saber que é sangue.

— E você não vai tomar sangue na minha frente, né? — pergunto.

Jeson fica surpreso com minha pergunta e dá uma risadinha bem baixinho.

— Tá brincando? Você não gosta de ver sangue? Você é tipo aquelas pessoas frescurentas que desmaiam ou vomitam.

— Isso não é frescura! — falo com raiva.

— E como você mora com vampiros e não gosta de ver sangue?

— Eles não se alimentam perto de mim!

— Ah, isso explica tudo mesmo!

— Tá, chega! Você não me trouxe aqui pra falar disso, né?

Quando digo isso, o garçom acaba de trazer a sopa para mim e o vinho de Jeson, e sai em seguida. Jeson pega a taça e coloca de lado.

— Olha, desculpa por aquela noite. Não deveria ter falado aquelas coisas, que afinal nem eu e nem você temos culpa. Isso já é muito antigo. A gente pode se ajudar porque nem eu nem você quer casar. Tô certo?

— Certo, mas você tem alguma ideia?

— Tenho, só que agora acho que você não vai querer!

— Tenda.

— O acordo é que eu me caso com uma humana, no caso você, mas...

— Mas o quê? — pergunto, curiosa, na expectativa de que haja uma saída.

— Você não vai gostar!

— Fala logo!

— Você se virasse vampira!

— O quê? Não, isso não! — digo, assustada. Não quero me casar, mas virar uma vampira é demais.

— Voltamos à estaca zero — diz Jeson, com um olhar sério.

Meu celular vibra; era uma mensagem do meu pai. Tiro o celular do bolso e olho.

"Megan, já tá na hora. Vem pra casa!"

— Mensagem do John? — pergunta Jeson.

— Sim, ele mandou eu ir para casa.

— Vamos, eu levo você.

Ele paga a conta e vamos embora. Quando chegamos no estacionamento, vejo dois vampiros na nossa frente, cheios de tatuagens e marcas no rosto.

— Olá, Jeson. Sentiu minha falta? — diz um vampiro, o mais aterrorizante que já vi.

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⏰ Última atualização: Oct 23 ⏰

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Megan Stern  A PrometidaOnde histórias criam vida. Descubra agora