- Não - Bruna grita.
Ela tinha que atrapalhar.
- Bruna não começa - Murilo a repreendê.
- Eu só estou tentando te livrar de uma assassina - Bruna diz convicta.
- Chega Bruna - grito - Já deu seu showzinho num acha?
- Isso não vai ficar assim - ela diz e sai pisando duro.
- Esquece ela. Então? Você ainda não me respondeu - Murilo diz.
- Claro que eu aceito - digo e lhe dou um beijo.
Todos aplaudem comemorando.
Murilo coloca o anel em meu dedo, era lindo, tinha uma pequena pedra de diamante.
Meus pais saem com os pais de Murilo pra passear na fazenda e levam Matheus com eles.
Murilo leva Pedro até o banheiro me deixando a sós com Isa na sala.
- Amiga? Eu queria te perguntar uma coisa - Isa diz um pouco sem jeito.
- Pode dizer, entre nós não há segredos.
- Então, é que eu queria saber o porque Bruna vive te chamando de assassina.
- Isa eu não queria falar sobre isso agora, outro dia eu te conto com mais calma, pode ser?
- Pode sim, é que aquela vez você matou aquele cara, você não teve dó e nem remorso, você parecia outra pessoa, e a Bruna sempre te chama de assassina, você matou mais alguém além daquele homem? - Isa pergunta.
- Eu já disse que falo sobre isso depois ta - digo.
- Tudo bem, é que até hoje eu tenhos sonhos com aquele dia no galpão, vejo você matando aquele homem cruelmente, com aquele olhar de ódio e rancor, e aqueles corpos que foram carbonizados por nossa causa, isso tudo me aterroriza.
- Fica traquila ta, nós fizemos o que tinha que ser feito, não precisa ter remorso.
- Quer dizer que você matou mais pessoas Júlia? - Bruna pergunta entrando na sala.
- Você estava ouvindo a nossa conversa? - pergunto indignada.
- Você não se contentou em matar os meus pais e matou mais gente? - Bruna continua.
- Você matou os pais dela? - Isa pergunta horrorizada.
- Não, ela é louca - digo.
- Não seja convarde Júlia, confessa que você matou meus pais, você tinha inveja de mim e matou eles e por culpa sua minha irmã está em depressão profunda e não diz nada, confessa sua assassina - Bruna grita exalando raiva.
- Cala boca, você não sabe o que está falando, se você quer saber o que aconteceu naquela noite sente-se ai que eu conto tudo - digo decidida.
- Eu não vou perder tempo com suas mentiras Júlia.
- Então para de me acusar sem me ouvir.
- Quando alguém fizer mal ao seu filho querido você vai me entender - ela diz e lança um sorriso sarcástico.
- Você não ouse a encostar em meu filho - grito com raiva.
- E se eu relar nele, você vai fazer o que? Me matar também? - Bruna provoca.
Num penso duas vezes e parto pra cima da Bruna grudando minhas unhas em seu pescoço.
- Assassina - ela diz com a voz fraca.
- Fui eu - alguém grita.
Solto o pescoço de Bruna e vejo Cecília desesperada tentando dizer algo.
De repente Bruna puxa meu cabelo me fazendo cambalear para trás, ela me joga no chão e vem pra cima de mim me batendo e me arranhando.
Grudamos uma na outra se batendo até alguém me puxar, me livrando daquela louca.
- O que esta acontecendo aqui - Murilo pergunta bravo.
- Pergunda pra sua noivinha assassina - Bruna diz.
- Bruna para com isso - Murilo a repreende.
- Pergunta pra ela Murilo, vamos ver se ela tem coragem de dizer que matou um homem a facadas e os meus pais - Bruna diz.
- Júlia você pode me explicar o que a Bruna está dizendo? Não é de hoje que ela diz isso - Murilo pergunta com os olhos fixo nos meus.
- Num é nada ela é louca, não escuta ela ta - digo um pouco nervosa.
- Covarde, você continua a mesma covarde né Júlia, diz para Murilo, conta a verdade pelo menos uma vez na vida - Bruna provoca.
- Eu não sei do que você está falando.
- Júlia, sobre o que ela esta falando? Bruna não parece estar blefando - Murilo sério.
- Fala Júlia, confessa o que você fez - Bruna diz.
Olho para Murilo e ele me encara sério, começo a chorar e saio correndo dali.
Vou até o jardim e me sento em um balanço branco e grande, fecho os olhos deixando as lagrimas caírem.
Sinto que alguém se senta ao meu lado, abro os olhos e vejo Murilo me olhando com uma expressão indecifrável.
- Júlia, eu preciso saber o que esta acontecendo - Murilo diz.
- Murilo por favor eu não quero falar disso.
- Júlia você vai ser minha esposa daqui um tempo, eu preciso saber.
- Eu matei um homem, mas era o Vitor, ele me agrediu aquela vez e a mando da Bruna, eu não quero que você me julgue mal, mas eu precisei.
- E você ia me dizer isso quando? - Murilo se levanta furioso.
- Sinceramente eu não sei, talvez nunca te diria, me desculpe.
- Então você também matou os pais da Bruna?
- Murilo, eu não quero falar disso, outro dia com calma eu te conto tudo, só peço que você me entenda.
- Eu não vou entender nada Júlia, você me esconde uma coisa séria dessas e matou os meus tios, como você quer que eu te entenda.
- Não me diz isso, eu não os matei - digo aos prantos.
- Eu não acredito mais em você.
- Você precisa acreditar em mim, estamos noivos, precisamos confiar um no outro.
- Não estamos mais Júlia, você não pode falar em confiança, não nesse momento.
- E você vai acabar com nosso relacionamento assim?
- Não tenho outra escolha.
- Você sabe que tem.
- Não, eu não tenho.
- Só me faz um favor, não fala nada para nossos pais, pelo menos não agora, eles estão muito feliz com o noivado.
- Pelos nossos pais.
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Jamais Deixarei Você [Concluída]
Storie d'amoreLIVRO 2 SEQUÊNCIA ➡ Um Amor pra Recordar. ⚠ Plágio é crime! Já se passaram três anos desde a morte de Miguel. Júlia e Murilo decidem voltar ao Brasil para continuarem suas vidas, juntos. Eles pretendem se casar em breve. Mas essa volta ao Brasil, n...