Capítulo 7

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- Não - Bruna grita.

Ela tinha que atrapalhar.

- Bruna não começa - Murilo a repreendê.

- Eu só estou tentando te livrar de uma assassina - Bruna diz convicta.

- Chega Bruna - grito - Já deu seu showzinho num acha?

- Isso não vai ficar assim - ela diz e sai pisando duro.

- Esquece ela. Então? Você ainda não me respondeu - Murilo diz.

- Claro que eu aceito - digo e lhe dou um beijo.

Todos aplaudem comemorando.

Murilo coloca o anel em meu dedo, era lindo, tinha uma pequena pedra de diamante.

Meus pais saem com os pais de Murilo pra passear na fazenda e levam Matheus com eles.

Murilo leva Pedro até o banheiro me deixando a sós com Isa na sala.

- Amiga? Eu queria te perguntar uma coisa - Isa diz um pouco sem jeito.

- Pode dizer, entre nós não há segredos.

- Então, é que eu queria saber o porque Bruna vive te chamando de assassina.

- Isa eu não queria falar sobre isso agora, outro dia eu te conto com mais calma, pode ser?

- Pode sim, é que aquela vez você matou aquele cara, você não teve dó e nem remorso, você parecia outra pessoa, e a Bruna sempre te chama de assassina, você matou mais alguém além daquele homem? - Isa pergunta.

- Eu já disse que falo sobre isso depois ta - digo.

- Tudo bem, é que até hoje eu tenhos sonhos com aquele dia no galpão, vejo você matando aquele homem cruelmente, com aquele olhar de ódio e rancor, e aqueles corpos que foram carbonizados por nossa causa, isso tudo me aterroriza.

- Fica traquila ta, nós fizemos o que tinha que ser feito, não precisa ter remorso.

- Quer dizer que você matou mais pessoas Júlia? - Bruna pergunta entrando na sala.

- Você estava ouvindo a nossa conversa? - pergunto indignada.

- Você não se contentou em matar os meus pais e matou mais gente? - Bruna continua.

- Você matou os pais dela? - Isa pergunta horrorizada.

- Não, ela é louca - digo.

- Não seja convarde Júlia, confessa que você matou meus pais, você tinha inveja de mim e matou eles e por culpa sua minha irmã está em depressão profunda e não diz nada, confessa sua assassina - Bruna grita exalando raiva.

- Cala boca, você não sabe o que está falando, se você quer saber o que aconteceu naquela noite sente-se ai que eu conto tudo - digo decidida.

- Eu não vou perder tempo com suas mentiras Júlia.

- Então para de me acusar sem me ouvir.

- Quando alguém fizer mal ao seu filho querido você vai me entender - ela diz e lança um sorriso sarcástico.

- Você não ouse a encostar em meu filho - grito com raiva.

- E se eu relar nele, você vai fazer o que? Me matar também? - Bruna provoca.

Num penso duas vezes e parto pra cima da Bruna grudando minhas unhas em seu pescoço.

- Assassina - ela diz com a voz fraca.

- Fui eu - alguém grita.

Solto o pescoço de Bruna e vejo Cecília desesperada tentando dizer algo.

De repente Bruna puxa meu cabelo me fazendo cambalear para trás, ela me joga no chão e vem pra cima de mim me batendo e me arranhando.

Grudamos uma na outra se batendo até alguém me puxar, me livrando daquela louca.

- O que esta acontecendo aqui - Murilo pergunta bravo.

- Pergunda pra sua noivinha assassina - Bruna diz.

- Bruna para com isso - Murilo a repreende.

- Pergunta pra ela Murilo, vamos ver se ela tem coragem de dizer que matou um homem a facadas e os meus pais - Bruna diz.

- Júlia você pode me explicar o que a Bruna está dizendo? Não é de hoje que ela diz isso - Murilo pergunta com os olhos fixo nos meus.

- Num é nada ela é louca, não escuta ela ta - digo um pouco nervosa.

- Covarde, você continua a mesma covarde né Júlia, diz para Murilo, conta a verdade pelo menos uma vez na vida - Bruna provoca.

- Eu não sei do que você está falando.

- Júlia, sobre o que ela esta falando? Bruna não parece estar blefando - Murilo sério.

- Fala Júlia, confessa o que você fez - Bruna diz.

Olho para Murilo e ele me encara sério, começo a chorar e saio correndo dali.

Vou até o jardim e me sento em um balanço branco e grande, fecho os olhos deixando as lagrimas caírem.

Sinto que alguém se senta ao meu lado, abro os olhos e vejo Murilo me olhando com uma expressão indecifrável.

- Júlia, eu preciso saber o que esta acontecendo - Murilo diz.

- Murilo por favor eu não quero falar disso.

- Júlia você vai ser minha esposa daqui um tempo, eu preciso saber.

- Eu matei um homem, mas era o Vitor, ele me agrediu aquela vez e a mando da Bruna, eu não quero que você me julgue mal, mas eu precisei.

- E você ia me dizer isso quando? - Murilo se levanta furioso.

- Sinceramente eu não sei, talvez nunca te diria, me desculpe.

- Então você também matou os pais da Bruna?

- Murilo, eu não quero falar disso, outro dia com calma eu te conto tudo, só peço que você me entenda.

- Eu não vou entender nada Júlia, você me esconde uma coisa séria dessas e matou os meus tios, como você quer que eu te entenda.

- Não me diz isso, eu não os matei - digo aos prantos.

- Eu não acredito mais em você.

- Você precisa acreditar em mim, estamos noivos, precisamos confiar um no outro.

- Não estamos mais Júlia, você não pode falar em confiança, não nesse momento.

- E você vai acabar com nosso relacionamento assim?

- Não tenho outra escolha.

- Você sabe que tem.

- Não, eu não tenho.

- Só me faz um favor, não fala nada para nossos pais, pelo menos não agora, eles estão muito feliz com o noivado.

- Pelos nossos pais.

Jamais Deixarei Você [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora