Cap. 08

22 0 0
                                    

  * Christian *

  Sai do apartamento da Valentina meio atordoado, com os acontecimentos das últimos horas. Ela dormiu encostada em meu peito boa parte da noite, isso, quando não se remexia e resmungava. Acho que com pesadelo.

  Mas quem não teria, depois do que ela passou?

  Fui caminhando ao carro do outro lado da rua.

  - Javier. Leve meu carro pra casa. Eu vou com o Julian.

  - Okay Sr.

  Ele levanta- se vai caminhando para o meu carro. E eu entro no que está parado na minha frente.

  - Pra casa dos meus pais Julian.

  - Sim. Senhor.

  Nós encaminhamos para um bairro mais afastado do centro, onde só haviam mansões e prédios luxuosos.

  E durante todo o caminho eu vou pensando em Valentina. Em como ela fica linda quando dorme, em como a respiração dela me acalma, e em como meu nome saindo da boca dela me deixa louco.

  - Julian, o que vocês fizeram com aquele desgraçado?

  - Ele está detido Sr. Mas logo será indiciado. Tinha uma câmera no local que o coloca em flagrante.

  - Bom, isso é bom.

  - Ele ficará um bom tempo na cadeia.

  - Assim espero.

  Nunca senti tamanho ódio na minha vinda. A única coisa que me impediu de acabar com a vida daquele desgraçado foi a voz da Valentina.

Chegamos a casa de meus pais. Esse lugar não me traz boas recordações. Sempre fui muito sozinho, não tive irmãos e meu pai mesmo sendo amoroso, vivia para o trabalho. E minha mãe, bom eu a amava, mas ela era uma mulher difícil de se lidar.

  - Bom dia Christian. Você está muito magro.- Marie me diz como uma advertência, ao abrir a porta pra mim entrar.

  Marie é a governanta da casa. Ela que praticamente me criou, enquanto minha mãe fazia suas viagem caras e passava dias e dias no spa.

  - Bom dia Marie. Eu estou do mesmo jeito. Porém, todavia que eu venho aqui você diz que eu estou magro.- digo e lhe dou um beijo no rosto.- a essa altura eu ja deveria ter sumido.

  Ela ri e fecha a porta.

  - Como ele está?- pergunto já me encaminhando para a  escadaria.

  - Está um pouco melhor agora. Suba ele queria te ver.

  Vou caminhando até o quarto dos meus pais, pensando no dia em que descobrimos a doença dele. Acho que aquele foi o pior dia da minha vida. Saber que meu pai estava doente, e eu não poderia fazer nada, absolutamente nada para impedir que ele me deixasse. Porra, nem toda nossa fortuna pode.

  - Ei pai. Como você está? - digo entrando no quarto. Ele está sentado na cama com minha mãe, na poltrona do lado.

  - Vaso ruim não quebra.- ele diz rindo. Ah, o seu senso de humor.

  - George não fale assim!- minha mãe diz com certa irritação. - Oi querido, você demorou.

  - Vim assim que recebi a mensagem mãe.

  - Christian senta aqui.- Meu pai aponta pra cadeira onde minha mãe está sentada. Ela de levanta e diz que vai nos deixar conversar a sós.

  - O que foi pai? Tudo bem?

Destinados Onde histórias criam vida. Descubra agora