Não deixa!

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Foi por pouco. Dia ou outro eu até cheguei a me convencer, por alguns segundos, de que a vida tem graça sem você. Cara, eu quis te esquecer!

Ainda bem que você voltou a tempo de lembrar que o meu maior engano é fingir não te amar.

Eu estava lá, com um pé pra dentro e outro pra fora do meu querer, parada, intacta, no meio do caminho, atrapalhando fluxo, com a certeza de que você ia voltar pra me tirar dessa ideia ridícula de querer te deixar.

Não deixa eu me perder de ti ou acreditar que tudo foi em vão. Não deixa o tempo levar embora o teu perfume do meu travesseiro. Não deixa eu querer me aventurar em outros corpos ou copos pra esquecer do teu cheiro.

Não deixa a sua ausência me fazer perder a cabeça. Ou deixa… Judia da minha saudade, depois me invade e me deixa matar toda a vontade. Deixa eu sentir a tua falta. Deixa eu ter medo de te perder, pra valorizar (ainda mais) a delícia que é te ter.
Deixa eu te ver sorrir e pensar no quanto eu seria louca em desistir – embora eu seja ainda mais louca por ti. Deixa eu te observar dormir e querer nunca mais te deixar partir. Deixa eu te abraçar até ter muita coragem pra soltar, até ter vontade de chorar.
Deixa eu ser o que você quiser, só não deixa de me lembrar que te esquecer é bem mais difícil do que te esperar. Só não deixa, em hipótese alguma, que o meu amor se perca por aí, porque ele só pertence a ti.

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