O sinal da última aula havia tocado. Todos estavam desesperados para ir embora. Mas nem como tudo que reluz é ouro, a senhorita Benson nós obrigou a fazer educação física por uma hora. Estava super cansada, corri a quadra umas três vezes e já estava suando.
— VAMOS CLARK NÃO PARE! —ela grita mas eu queria mesmo e socar a cara dela.
— Insuportável. — reviro os olhos.
— Ah Alice está cansadinha bebê! — a voz de Matt se fez presente.
— Matt dá o fora! — falo indo para arquibancada assim que a professora apita.
— Ah Alice, você se faz de difícil mas, logo logo você não resistirá a mim — ele lança uma piscadela e eu reviro os olhos.
— Nem se você fosse o último homem da terra eu ficaria com você garoto, se manca você se acha gostosão o tal ? — levanto da arquibancada e vou até ele. — Você não passa de um bosta que acha que todas as garotas se rendem aos seus pés quando vê esse pinto pequeno que você tem entre as pernas!
— Não todas loirinha... — ele chega até minha orelha — Você!
Reviro os olhos e começo a andar em direção a saída. Estava cansada dessa idiotice do Matt, como se não fosse o suficiente o que houve comigo ano passado. Fui estrupada pelo meu ex namorado Max Holt. Ele era um garoto doce no início do nosso namoro, mas depois de cinco meses ele começou a se mostrar de verdade, eu achava que era amor. Mas não era, era posse. Ele começou a me proibir de sair com Henrique e Julie, eu não podia usar roupas curtas nem nada do tipo, ele me proibia de sair para festas. Mas piorou muito quando ele quis fazer sexo, eu ainda não estava pronta para isso, mas ele não escutou. Ele me forçou a fazer sexo. Fiquei mais dois meses com ele depois do ocorrido, não saia de casa, não comia, não bebia nem falava nada. Só chorava e me culpava. Foi quando Henrique viu marcas enorme no meu braço quando ele estava me visitando e ele e minha mãe começaram a desconfiar. Max foi preso um mês depois e desde então Matt me inferniza para tentar ficar comigo.
Estava em frente a minha casa já, e nem percebi que estava chorando. Limpo as lágrimas e entro em casa. Percebi que não tinha ninguém em casa, então suspiro fundo. Subo para meu quarto e vejo Johnny dormindo na casinha dele, Ohana estava ao lado dormindo também - dois preguiçosos - sorriu ao ver a cena. Jogo minha bolsa de lado e me deito na cama, olho no relógio era exatamente 15:00, então ainda tinha um tempinho para ir para a biblioteca e pagar o vestido da mamãe. Levanto da cama e coloco uma roupa mais casual, calça legging e um suéter preto e um all star branco. Pego a chave de casa e saio de casa. Estava friozinho então coloco meu fone e vou andando em direção a biblioteca dos Mrs. Robinsons.
O senhor e senhora Robinsons são donos da biblioteca, conheci ele a 10 anos atrás quando estava passeando pelo centro com minha mãe. Eles são senhores de idade já, mas são donos de uma alegria e humilde que não se acha em qualquer lugar. Quando eu fui pra lá a um ano atrás eu estava destruída pelo ocorrido, eles me ajudaram a ver tudo com mais alegria, desde então acho refúgio nos livros. Eles me ajudam a me tirar dessa realidade e me transporta para uma bem melhor.
Mal percebi quando chego na biblioteca. Em geral, ela parecia uma biblioteca normal, mas por dentro, ela era feita de madeira rústica e suas janelas francesas deixavam a luz do dia entrar e fazia com que tudo aquilo fosse mágico. O Senhor Robinson estava no galpão atendendo um casal quando me viu. Ele lançou um aceno com as mãos e eu lancei outro, a senhora Robinson estava limpando a poeira quando me viu.
— Alice querida! — ela vem até mim e me dá um beijo na bochecha.
— Olá Senhora Robinson — olho para o lugar e estava vazio o que me fez entranhar por um um momento. — Por que esse lugar está vazio ?
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A Filha De Um Traficante [EM REVISÃO]
Teen FictionAlice Clark Brandão sempre teve tudo que uma garota sonhava, pai maravilhoso, rica e amigos descolados. Ela estava feliz... Até descobrir que sua vida era um conto de fadas fictício e que seu "pai biologico " era traficante. É pra piorar ele era don...