Ela estava carente de seus amigos - resultado de uma pequena desventura em outra companhia -, ele estava carente dela - mesmo respirando-a todos os dias -, e os amigos dele já não tinham mais tanta certeza de como se sentiam, afinal, foi ele quem quis trocá-los por outra pessoa, e essa sensação não é das melhores.
Um amigo dele em especial também sentia algo por ela, mas nada fazia, afinal ele tinha visto-a primeiro, e não queria acabar com a amizade - que mal sabia, tinha acabado no momento em ele falou o primeiro "oi" pra ela.
O amigo, vendo que tudo estava acabado, resolveu falar com ela, de modo pretensioso, não havia mais tempo a perder e ele não estava nem aí pro que parecesse ser seu interesse.
O menino, ao ver seu antigo amigo conversando com a garota que ele gosta, sentiu-se traído, afogou-se em tristeza e em suas drogas de novo e de novo, misturando-as com seus calmantes, e ele pensava o quanto as drogas eram boas amantes.
Ele achava que vê-los conversando e rindo todos os dias - de modo que nunca aconteceu com ele - era pior do que a morte, mas ele só descobriu como era morrer duas semanas mais tarde, quando seu amigo descobriu como era viver, e pela primeira vez beijou a menina que amava.
