24 de novembro de 2016
10:33
De repente, me pego no seguinte padrão:
Eu gosto de uma coisa. Uma parte de mim acha que fazer aquilo é errado. Então fico tentando me justificar - tentativas de convencer meu ser como um todo de que aquilo que eu gosto faz bem para mim.
Sabe por qual motivo existe essa discussão interna? Porque me partiram ao meio com a "educação".
Me fizeram confiar mais no raciocínio do que nos meus próprios sentimentos.
Corpo: Eu gosto disso.
Mente: Você não pode gostar disso.
Corpo: Por quê?
Mente: É errado. Se você continuar com isso vai acontecer x, x e x.
Corpo: Mas me afastar disso não vai me fazer deixar de gostar. Quando eu gosto, eu gosto mesmo. E se eu ficar sem vou ficar triste.
Mente: Você não pode ficar triste. Você tem tudo aquilo que eu queria que você tivesse. Mas você não pode ter tudo aquilo que você quer, porque seu senso é errado.
É aí que surge a doença.
O corpo é sempre sacrificado, só para atender aos caprichos da mente.
Quando eu falo corpo não me refiro só ao físico, mas aos sentidos, às sensações, ao espírito.
Quero agora estabelecer um novo diálogo interno toda vez que meu corpo gostar de algo. E esse diálogo vai ser assim:
Corpo: Eu gosto disso.
Mente: Você não pode gostar disso.
Corpo: Eu gosto e pronto.
Sem mais justificativas. Sou o que sou, sou o que sinto.
E dane-se o que eu acho que vão achar.Mente, cala a boca, você nada sabe sobre essa nova vida.
O raciocínio se baseia nas coisas que você já viu. E você já presenciou um dia que fosse igual ao outro? Não, né?
Não temos como nos garantir no futuro com a lógica, isso é loucura! A lógica serve para analisar o que se passou, não para nos dar segurança no futuro.
Temos que confiar em outra parte de nosso ser, uma parte mais profunda, chamada hoje de inconsciente. Essa parte sim, sabe tudo sobre nós, sabe sobre o futuro, e tem os recursos necessários para nos propiciar a vivência de tudo o que temos de viver.
Não cabe à mente entrar na loucura do que vai ser o amanhã, a mente serve para desfrutar do agora.
Quero confiar em mim. Quero me jogar nas profundezas do meu espírito e encontrar lá toda a sabedoria da qual eu necessito, porque eu sei que tudo o que preciso está lá. Não há motivos para me preocupar.
Ao contrário do que nos fizeram crer durante tantos anos, nós somos perfeitos.
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Eu não vou trabalhar
Não FicçãoQuem é que nunca acordou com o desejo de mandar tudo para a p*** que pariu? Pois é. Eu não passei vontade.