Ensemble Comme Au Ciel >>l.s au<<

Trois

OI -desvia das milhões de maldições imperdoáveis jogadas pra mim-
FOI MAL PELA DEMORA TOMA AÍ UMA LINDÍSSIMA ATT
enjoy xx

O vento gélido batia sobre o rosto de Harry enquanto ele, Liam e Niall estavam sentados sobre chão coberto de neve naquela tarde fria de sexta feira. O expresso de Hogwarts partiria as seis da manhã do dia seguinte para levar os alunos a suas casas em pró do feriado de Natal. E Harry só queria curtir o tempo que tinha naqueles terrenos antes de se despedir deles por algumas semanas.

Liam parecia não se importar com os flocos de neve caindo em sua pequena touca vermelha e descendo em direção a seu rosto. Ele estava em uma discussão incansável com Niall sobre um assunto o qual Harry achou tão banal que nem se dera ao trabalho de ouvir; até o momento é claro, já que a pequena gatinha de Niall, Penny, havia cansado de permanecer ali e subiu em disparada em direção ao castelo, deixando Harry sem alternativas a não ser entrar na discussão absurda dos colegas.

- Eu tenho certeza absoluta de que você já viu algum com cores vermelhas. - Niall afirmava, com seu forte sotaque irlandês que dava uma certa graça ao comentário. Ele encarava Liam como se o castanho fosse a única pessoa presente no lugar. - Impossível que em dezesseis anos de vida você nunca tenha visto um vermelho, Liam.

- Eu já te disse Niall, eu nunca vi papais-noéis vermelhos, chego até a acreditar que você está inventando. - Liam confirmou e Harry não pode deixar de rir. Liam e Niall ainda estavam discutindo sobre qual era a cor correta do uniforme do papai-noel, e enquanto Niall afirmava que era vermelho Liam rebatia confirmando que era verde. Harry não sabia como avisar a eles que as duas cores estavam corretas. Não sabia dizer a Liam, que era naturalmente um Sangue-Puro que raramente tinha contato com algo relacionado ao mundo trouxa, que o papai-noel para eles era vermelho e a Niall, que era um Mestiço, que para os Sangues-Puros as roupas do papai-noel permaneciam verdes como antes.

Mas era algo tão sem sentido que Harry decidiu não intervir. Desejava que já fossem cinco da tarde, para ter alguma desculpa para subir ao castelo e se ocupar, ou talvez que Louis decidisse passear pelos terrenos e o encontrasse ali, tirando-o de perto de tal discussão. Ele só queria sair dali.

Mas acima de tudo, Harry era um bom amigo e não sairia sem dar alguma explicação, então ao se virar e dar de cara com os olhos castanhos de Liam, tratou-se de ajeitar e levantar, sem tirar os olhos do amigo.

- Aonde você vai? - Liam perguntou dando uma pausa em sua discussão com Niall e fazendo o Lufano direcionar os olhos azuis para Harry, assim como ele fazia.

- Dar uma volta. - Harry respondeu rápida e polidamente, batendo algumas vezes na capa para limpar a capa da neve que estava grudada nela. - Posso sair ou tenho que lhe pedir autorização?

- Claro que não. - Liam devolveu semi-cerrando os olhos para a resposta de Harry, o moreno apenas sorriu e acenou antes de sair de perto dos dois, indo em direção ao outro lado dos terrenos.

A brisa batia mais fria que o normal, poucos flocos de neve começaram a cair ao longo dos passos de Harry. Ele apanhou a varinha das vestes e se dedicou a tocar com a ponta do objeto nos flocos de neve, fazendo com que eles congelassem completamente e virassem pequenas bolotinhas de gelo. O garoto sorriu quando as bolinhas começaram a cair com mais facilidade, mas parou para pensar, definitivamente não fora para aquilo que deixará Liam sozinho com Niall.

Harry caminhou até a margem do lago e se apoiou em pé sobre uma árvore, enquanto encarava o lago congelado. A cor acinzentada do gelo lhe lembrava os olhos de Louis e aquilo o fez sorrir. Gostaria tanto de levar Louis para passar o Natal consigo em Godric's Hollow, gostaria de poder apresentar o namorado para a família e observar Louis dar seu melhor sorriso tímido quando a avó de Harry começasse a encher o jovem Malfoy de mimos. Mas infelizmente, Louis tinha obrigações com sua família e Harry ainda não havia assumido o relacionamento dos dois nem para o próprio pai, quem diria para os outros parentes.