quinze

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"É exatamente o que eu disse" afirmei outra vez. "tenho a certeza de que o vi, foi exatamente aqui, ele encarou-me e então foi puxado por um amigo seu." puxei-a ao local onde o vi.

"Você está louca, sério" ela afirmou a revirar os olhos. "aqueles copos realmente te fizeram algum mal, estás bêbada, garota."

Bufo, sendo puxada por ela, para fora de toda aquela multidão no escuro. A verdade é que quem está podre de bêbada é Amber, após o ver, corri literalmente por aquele lugar para certificar-me de que o havia visto mesmo. E então, não o encontrando, voltei outra vez a casa de banho, lavando o rosto, e ingerindo litros e litros de água gelada.

"Noah?" a minha melhor amiga chamou pelo rapaz que mexia-se lentamente conforme a música. Dele eu não posso falar muito, não o vi a beber tanto, como Amber. Talvez seja por ele estar de carro. "Nós vamos embora, Gabriela não está se sentindo muito bem."

Assentiu "eu posso levá-las, estou de carro e amanhã tenho trabalhos." uma pequena careta formou-se em seu rosto.



-x-



O tempo em que passamos no carro de Noah, vez ou outra Amber aumentando, ou desligando o rádio. Pedia mentalmente para que o rapaz ao condutor pedisse para que ela parasse mas ele apenas ria, dizendo não haver problema.

Ao chegarmos em frente ao edifício em que moramos, o mesmo pega na rapariga já agora desacordada à roncar em seu colo, e seguimos para o elevador, chegando em minutos, dentro do nosso apartamento.

"Podes deixá-la no quarto, é a segunda porta a direita. Bom tem mesmo uma placa com seu nome, e um "não perturbe, porra." eu digo-lhe e ele assente soltando risadas.

Não a culpo, em minha porta, eu deixo em palavras visivelmente claras, as palavras "não entre a menos que tenha comida em mãos para me dar."

Aproveito que o mesmo foi deixá-la em seu quarto, e caminho em direção a cozinha, onde procuro num dos armários pelas caixinhas de múltiplos sabores de chá. Por conhecer há anos a garota que convive comigo nesta casa, sei que em pouquíssimas horas, ela irá acordar, pondo tudo para fora, e a fazer um terrível escândalo. Sorriu.

"Bom, uhm, eu vou indo." ele diz, creio eu nervosamente. Ofereço-lhe uma chávena de chá, mas este nega, dizendo não ser muito chegado à chá.

"Bom, nos vemos logo, então." Falei, caminhando com o mesmo ao meu lado. "creio que Amber vá te ligar se desculpando pelo seu terrível mico."

"Foi divertido." ele riu. "vou esperar." falou ele, deixando um rápido beijo na minha bochecha, ao qual eu retribui, e em seguida acompanhei-o até a porta.


Sentei-me no sofá com uma chávena de chá em mãos, e na outra o telemóvel, e suspirei, ao ver que não havia mensagens alguma.

#MENSAGEM ON



Me: Talvez você esteja chateado comigo... mas, bom, fui a um pub hoje com Amber e o entregador gato.


Me: Estive a todo o tempo de vela, e em um certo momento, quando deixava a casa de banho, por Deus, juro ter visto ele, Justin.


Me: Mas Amber não acredita em mim, e está à culpar a bebida, dizendo que as doses de álcool que ingeri, que a propósito não foram tantas, afetou-me, mas eu tenho certeza de o ter visto. Ele até encarou-me por alguns instantes.


Me: Você acredita em mim?

Ao terminar de enviar as mensagens à ele, deixei o aparelho sobre a minha barriga, e terminei de beber todo o chá, deitando-me em seguida.


Quase pega pelo sono, senti o telemóvel vibrar sobre o meu colo, e então, esperançosa, li as seguintes palavras.

Unknown: Eu acredito em você, Gab.

Unknown.Onde histórias criam vida. Descubra agora