Magia do Tempo.

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Três dias depois
- Dulce filha você tem visitas - minha mãe me chamou da porta do quarto
-quem é ? - perguntei curiosa
- é surpresa - eu me levantei quase que correndo da cama na esperança que fosse ele. - espera você vai assim - ela me parou na porta me fazendo perceber que estava de camisola, ri sem graça
- acho melhor me trocar
Fui tomar um banho e me trocar, coloquei uma regata preta e uma calça jeans, penteie os cabelos e acabei demorando muito, mas por unanimidade Boa causa não queria encontrar ele de qualquer jeito, desci a escada indo pra sala quando cheguei ele se levantou sorrido
- que Saudades da minha paciente favorita - senti um balde de água gelada sendo jogada na minha cabeça, forcei um sorriso e fui abraçar o Caio.
- que bom que veio - falei tentando me afastar dele que ainda me abraçava.
- eu falei que vinha, estava louco de saudades - ele me soltou olhando nos meus olhos, tinha certeza que o caio estava sentindo algo por mim, bem aquele Beijo deixou mais que claro, ele era um homem bonito e pelo pouco que eu o conhecia era muito bom, mas não sentia o mesmo, não sentia as mesmas coisas que sentia quando soava com poncho que só de sorrir fazia meu coração bater mais rápido. - e como você se sente
- bem mesmo sem conseguir me lembrar nada ainda.
- você teve alguma dor de cabeça ou algo do tipo - olhei pra ele rindo me sentia numa consulta
- não doutor não tive nenhuma dor - ri dele que ficava vermelho encabulado 
- desculpe e força do habito, eu acho que não consigo me desligar do médico dentro de mim. - ele sorriu largamente
- deve ser fascinante?
- o que? - ele coçou a cabeça me olhando confuso
- ser médico, deve ser fascinante salvar as pessoas - abaixei a cabeça timidamente fugindo do olhar dele que me olhavam com um fascínio incomum.
- sim eu amo cuidar das pessoas, sempre me sinto melhor quando consigo salvar alguém. Acho que nasci para ser médico por que amo o que faço - eu nunca vi alguém falar com tanto amor assim de uma coisa, não podia negar que isso me encantava nele.
Fiquei conversando com o Caio por muito tempo, me divertia ouvindo suas histórias, até que ouvi a campainha
- só um minuto vou atender - me levantei indo até a porta, quando abri a porta um misto de susto e alegria tomou conta de mim. - poncho...

♤Poncho♤


- Poncho...- ela me olhou surpresa antes de abrir um enorme sorriso, que sorriso lindo, tão lindo que morria de vontade de beijar ela.
- ardilla - abracei ela a tirando do chão - estava com saudades - coloquei ela no chão a olhando nos olhos - precisamos conversar sobre....- antes que eu pudesse terminar a falar ele apareceu atrás dela eu me assustei com a presença dele - caio o que faz aqui?
- vim passar férias aqui, aproveitei pra ver a Dulce - ele falava como se eu fosse idiota, claro que veio atrás dela me dando certeza que sim ele estava apaixonado por ela.
- nossa vai visitar todos os seus pacientes nas suas férias – Falei cínico cheio de ciúmes
- não cara mais a Dulce é mais que uma paciente pra mim - eu estava a ponto de explodir, foi quando ela se manifestou
- claro nos somos amigos, não é caio?
- sim somos Dulce - ele me encarava cheio de raiva não mais que eu, que queria quebrar a cara dele. Ela pegou na minha mão me olhando isso me fez me acalmar na hora só de olhar naqueles olhos que tinham o dom de me dominar completamente
- vem entra, não veio aqui pra ficar parado na porta - ela riu largamente me puxando pra dentro, eu me lembrei do presente que havia trazido pra ela
- eu trouxe um presente pra você - ela se virou sorrindo como uma criança
- presente...o que é?  - eu a entreguei a sacola e ela correu para o sofá para abrir o embrulho. Caio me olhava com cara de poucos amigos, e tudo que eu queria era jogar ele pra fora da casa dela. - o que isso ? - ela perguntou com os cadernos nas mãos
- são alguns cadernos seus, antes você escrevia cadernos como uma forma de diário, neles você escrevia sobre seu dia, pensamentos, poemas e músicas. - me sentei ao lado dela - esse estavam em casa, você me deu eles falou que eram mais meus do que seus, porque falavam de mim, falavam da gente. - ela sorriu timidamente me olhando e abriu um dos cadernos em uma página que era marcada por uma foto nossa.
- dia 16 de setembro de 2004, se a magia não existisse, você jamais cruzaria meu caminho, sabe quantas vezes penso em você e sem querer sorrio, sabe quantas vezes eu desisti e ao lembrar de você eu tento, é mais simples, é completo assim sem a gente ter nada, tem tudo... Sem abrir os olhos, te vejo dentro de um sonho eterno... - ela leu lentamente me transportando para outro mundo, esses versos que sei de cor ficavam ainda mais bonitos ao doce som de sua voz, eu completei olhando nos olhos dela.
- e assim é a magia, um sussurro do vento de vida curta como uma tatuagem no tempo... Fica na eternidade de um afago, na luz de um sorriso, e na profundidade de um olhar... Porque você mora em mim como se fosse um fantasma que aparece e desaparece...que vive e morre à vontade... É um mistério. É assim que você é, permanente na minha mente, esta no meu inconsciente, nos meus sonhos e na minha alma. - num momento nada mais me importava estava perdido nela, naqueles olhos que me faziam sonhar acordado, com um futuro só nosso.
- eu escrevi isso.
- sim não só esse vários, são meus versos favoritos. São nossos e nunca deixaram de ser - tinha esquecido que Caio ainda estava lá, jurava que estava sozinho com ela até que ele falou
- me deixa ver - ele se aproximou me encarando e pegou o caderno das mãos dela que ainda me olhava com um brilho lindo nos olhos, será que caio não se tocava que estava sobrando.

Dulce lia os cadernos cheia de curiosidade, parecia que eles a deixavam mais perto de quem era, e me deixava Feliz ver ela tão contente lendo seus pensamento, palavras que descreveram sua alma por tantas vezes. Dona Blanca entrou na sala e sorriu ao me ver
- Poncho filho que surpresa - ela veio me dando um daqueles Abraços tipos dos salviñons que esmagavam seus ossos. - quando chegou?
- hoje mesmo, vim direto pra cá.
- e vai ficar quanto tempo?
- alguns meses, estou de férias finalmente - olhei pra Dulce que sorria, esperava que Feliz por eu passar um tempo aqui.
- que legal filho, Dulce vai ficar muito contente em ter você aqui - olhei pra ela que estava vermelha como um pimentão
- eu também vou ficar muito feliz em ficar aqui perto dela. - falei sincero, estava feliz em estar aqui ainda mais agora que tinha certeza que meu amigo tinha virado um rival.
Sai pela porta acompanhado do Caio que não se tocou e continuou lá sobrando não deixando eu falar o que tinha que falar para Dulce, mas não ia desistir de falar o quanto amo ela. Era doido mais minha vontade era falar pra ela o quanto ainda a amava de um jeito exacerbado.
- você voltou pra ficar - caio me perguntou com um tom de voz meio desafiador.
- sim, vou ficar no México por um bom tempo, estou pensando em voltar a morar aqui e ir para LA só pra gravar - ele me fuzilou com o olhar, sério que eu não entendia o caio, estava com ciúmes da Dulce e nem disfarçava, mesmo sabendo que eu seu amigo a amava e já tinha uma história com ela.
- tudo pra ficar perto dela não é - ele falou exaltado me deixando surpreso.
- sim pra ficar ao lado da Dulce eu a amo e você sabe. Aliás ela precisa de mim.
- ela não precisa de você poncho, ela precisa de paz, e pelas coisas que você me falou sobre seu passado com ela, Dulce precisa de paz e só vai ter isso longe de você - eu olhei pra ele sem acreditar, essa merda só pode estar louco, não acreditava que ele estava falando isso pra mim, é oficial vou matar esse talarico de uma figa.
- olha aqui não se mete, quem é você pra falar o que é o não bom para ela, eu já percebi qual é a sua e já vou te avisando desiste de se aproximar dela, Dulce nunca vai ser sua, ela sempre foi minha e sempre vai ser, não percebeu que nos temos uma história, e isso você e nem ninguém vai apagar.

Gente desculpa a demora trabalhos, provas e Bla, Bla, Bla... Bom vou postar dois hoje e prometo que volto essa semana.
Cap dedicado a DulceHerrera1 - gatona postado.

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