Capítulo 3 - Revisado

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Quando entrei neste castelo, imaginei mil coisas que poderiam acontecer, porém em nenhuma delas eu imaginei que iria encontrar a senhorinha de cabelos brancos a minha frente. Pisco meus olhos sem acreditar. Minha tia estava bem ali a minha frente, ao seu lado estava um homem jovem.

Metade de seu rosto estava escondida pela sombra do caminho mal iluminado, ele provavelmente deve ter de 20 há 27 anos, sua altura... Bem ele era imenso, parecendo ter mais de 1,90 cm.

— Isabella? Está ao menos me escutando – Tia Samantha me pergunta tirando-me do transe ao qual eu me encontrava - O que faz aqui? Com esses trajes?

Com todo os sentimentos confusos espalhados dentro de mim não percebi que tia Samantha estava me encarando com o semblante fechado. Olho  minha roupa tentando achar algo indecente. Já que antes de minha mudança, ela só me encarava assim por este fato.

Mas então, eu notei umas pequenas manchas de sangue.

— Eu... Eh... -– tento formar uma resposta coerente, porém nada conseguia fazer ao sentir um olhar quente sobre mim –  Nao sei muito bem como começar,, aconteceu muitass, acabei caindo em uma armadilha na floresta.

— Uma armadilha? Oh meu Santo Jesus! – rapidamente ela deu uma volta ao redor de meu corpo, meu olhar estava fixo no homem a minha frente, ele pouco se movia, somente se encostou em uma coluna, os braços cruzados e a cabeça baixa — Isabella, está me ouvindo?

— Ah, sim! Claro que eu estou.

— Então faça o que eu lhe pedi. - ela me olhou com um olhar zombateiro. Merda.... Fui pega no flagra – Nunca se esqueça de que não consegue mentir para mim. E outra, pelos seus você está deixando o Allan totalmente sem graça encarando ele como se fosse lhe roubar um pedaço.

Minhas bochechas queimam de vergonha.

Neste momento o homem ao qual o rosto é misterioso soltou uma gargalhada. O som de sua gargalhada é extremamente rouca...

— Bom Isabella...  Aparentemente graças a Deus não sofreu nada de mais. E ai dentro, como está? – entendo que ela se refere a minha crise de ansiedade.

— Foi uma sensação horrivel mas já passou.

Com seus braços gordinhos ela me abraça, um abraço apertado. Um abraço cheio de saudades.

— Bela... – sua voz sai como se sua garganta estivesse com uma lamina cravada – Eu não sei como você veio parar aqui, imagino que o motivo seja eu mas, eu sinto em lhe dizer, que não  podes ficar aqui.

_Mas... Tia... Eu... Eu vim te buscar, sabe eu queria que você fosse lá pra casa ficar um pouco comigo e com o papai.

— Eu não vou embora.

Olho para o lado onde o homem, que provavelmente se chama Allan estava e noto que ele não está mais lá.

— O que? Tia é por causa dele? – aponto para o lado onde ele se encontrava a 1 minuto atrás. – Onde ele foi parar?

— Também. – ela segura minhas mãos —  Bella eu sou feliz aqui, mas você não será. Há muitas coisas que você não tem conhecimento e uma delas é Allan. Eu não vou lhe envolver nisso... Nunca.

— Mas tia...

— Mas nada, eu disse que você vai embora e você vai. Olha só para você agora, está com roxos nas pernas e nos braços... Está com pequenos machucados, você teve uma crise Bella, e eu sei em onde isso vai acabar caso você continue aqui. Portanto, você vai embora. Mas não hoje – a encaro - Amanhã, pois apesar de não apoiar essa ideia maluquinha que você teve, eu estou com saudades. Oh pequenina... Você cresceu tão rápido que escapou por entre meus dedos.

A Bela E A FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora