Capítulo 20

3.7K 388 23
                                    

Segundo Capítulo da maratona

— Beba este chá, você se sentirá bem melhor — diz senhor Gutenberg ao me estender uma xícara de café.

—Onde está Yasmin? — pergunto para ele.

—Está dormindo — Brenda diz assim que chega na sala.

—Não temos como agradecer vocês — digo.

E realmente não tinha,  eles me acolheram quando eu acusei Gastão e o povo se revelou contra mim.  Eles acreditavam em coisas insanas. 

—Eu realmente não sei o que dizer,  somente que tudo que eles falam é mentira. 

—Nós sabemos Bela,  conheço seu pai e conheço você sei que não faria nada do que estão falando.

—Obrigada. Realmente obrigada. — olho para eles sorrindo.

—Então se aventurou na floresta Negra? — Brenda me pergunta eufórica — Me conte, como foi?

—Lá não é tão sombrio quanto parece... — conto para ela algumas coisas que aconteceram ocultando Allan.

—Aí,  me arrependo de não ter ido contigo.  E o caçador misterioso se revelou?  — ela pergunta.

—Não, infelizmente não.  Queria agradecer a ele por ter me salvado — me lembro de Allan e sinto meu coração se apertar de saudade.

—Resolvi o problema — tia Samantha entra rápido na sala de estar do senhor Gutenberg.

—Qual?  — a pergunto,  ela havia feito questão de ficar lá fora com o pessoal do vilarejo.

— Todos,  não faz diferença — ela diz e então olha para senhor Gutenberg — Muito obrigado pela hospedagem porém não poderemos ficar por mais tempo.

—E para onde vão? — ele pergunta.

—Ora, — ela responde — Buscar o pai de minha sobrinha.

—A senhora sabe onde ele está? — me levanto depressa quase derrubando o chá em minha mão.

—Sim,  consegui com que eles abrissem a boca.  — ela diz orgulhosa.

— Por que não esperam a pequena menina acordar?  — Brenda pergunta — Ela estava cansada,  a bonequinha.

—Não quero dar tempo a eles para mandarem Maurice para outro lugar,  pessoas desta índole fazem de tudo.

—Então vou chamá-la. — Eu me levanto e Brenda vem comigo.

—Ela é filha de? — Brenda me pergunta.

— Da ajudante de Tia Samantha porém ela teve que fazer uma viagem e deixou sua filha conosco.

— A mãe deve ser muito linda,  já que está menina é perfeita.

—Na verdade é o pai — falo sem pensar.  Droga.

— Como assim o pai? — ela me pergunta — Você é esta afim dele?

—Não Brenda  — minto — Somente estou dizendo que ela puxou ao pai.  Nunca estudou a e A?

—Já,  mais...

—Eu só estou lhe dizendo que o pai da Yasmin é o DNA predominante.  Não vou dizer que não o acho lindo por que se não estaria mentindo.

—Era isto que eu queria saber,  mas tipo nunca rolou nada?

—Como assim? — eu teria que me segurar afinal ela não podia desconfiar de Allan — Ele está morto.

—O quê? — ela grita e eu tampo sua boca.

—Ele morreu tempos atrás,  só vi ele por fotografia e posso dizer que ele era lindo e que Yasmin o puxou, agora, posso por favor acorda-lá?

Ela acena que sim e eu entro no seu quarto, sorrio ao ver Yasmin dormindo como um anjinho.  Vou até ela e a chamo.

—Meu anjo... — a chamo uma vez e ela acorda.

—Mamãe? Já tá na hora de ir? — ela pergunta e Brenda me olha querendo explicações. Qual é a dela?

—Não meu amor,  não é a mamãe é a tia Bela.  E sim já está na hora de irmos.

—Ah — Yasmin se levanta rápido — Foi um sonho...

—Vamos? — pergunto para ela que acento se levantando e vindo para meu colo.

—Obrigada pela estadia Brenda,  eu nem sei como agradecer. — digo.

—Sabe sim,  procure e ache seu pai.  O seu agradecimento será sendo feliz.

—Obrigada.

                                        ...        
Saímos da casa do senhor Gutenberg a poucos minutos e já estamos na Estrada de chão que dá para o vilarejo próximo.

—Tem certeza que ele está aqui? — pergunto para tia Samantha que me lança um sorriso.

—Absoluta minha sobrinha.

Sorrio para ela,  estava louca para este pesadelo acabar.  Olho Para Yasmin e posso ver uma lágrima escorrer em seu rosto.

—Onde que houve pequenina? — a pergunto.

—Nada não tia Bela,  estou bem.  — ela diz porém estranho ela me chamar de tia.

—Cansou de falar mamãe? — pergunto para ela que me olha como se não entendesse.

—Mas... — a interrompo quando me lembro de ter dito que não era sua mãe.

—Meu anjo, é por conta de alguns minutos atrás? — a pergunto e ela diz que sim. —Me perdoe pequena,  só que — sussurro em seu ouvido — tia Brenda não pode saber do seu papai e lembra de todo o plano de sua vovó?

—Sim.

—Então lá você é filha de uma ajudante então eu não poderia ser sua mamãe.

—Entendi mamãe.  — ela diz e abre um sorriso porém logo ele se fecha — Então eu não vou poder te chamar de mamãe na frente dos outros?

—Vai sim meu amor,  porém você terá que esperar um pouquinho.

—Esperarei o tempo que for,  mamãe.  — ela fala e me dá um beijo na bochecha.

Eu amo vocês e Jesus também...

A Bela E A FeraOnde histórias criam vida. Descubra agora